
"- Tudo pronto! Pode seguir". Disse o paramédico confiante no seu trabalho, ao motorista do veículo de emergência que iniciou o seu deslocamento. Sentado no banco da frente, no lugar do carona, meu coração disparou quando a sirene da ambulância foi acionada. Mais uma vez recorri a Deus, a Jesus e sua Corte Celestial pedindo que nos abençoassem com um caminho aberto, livre de obstáculos.
O motorista era experiente, conduzia a ambulância com segurança e consciente das manobras desviando de outros veículos que lhe davam passagem, ao ouvir a sirene berrando. Os motoristas respeitam as ambulâncias. Em todo trajeto presenciei solidariedade. Num transito caótico, mortífero em acidentes, senti orgulho de ver tantos motoristas abrindo passagem. Já os pedestres precisam de mais educação.
No trajeto, não foram poucos os pedestres que prejudicaram o avanço prioritário da ambulância. Na avenida Assis Brasil, por exemplo, o sinal estava verde para as pessoas que atravessavam na faixa de segurança. A pista da esquerda livre, o motorista da ambulância, pressentindo que não teria a gentileza dos passantes, foi diminuindo a marcha até parar. Uma mulher, com uma criança no colo, pareceu diminuir o passo e encarar o motorista da ambulância, esquadrinhando-o com um olhar de quem insinua que a faixa é dela. O motorista, muito disciplinado, chegou a balbuciar um "- Que barbaridade!"
Chegamos sãos e salvos no Hospital Independência! Agradeci a Deus por termos chegado em segurança e minha mãe com vida.
Aroldo Medina
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