Trabalhei na
Brigada Militar durante 30 anos consecutivos, 100% ficha limpa. Comecei minha
carreira na BM, em 1986, depois de ser aprovado no vestibular, concorridíssimo,
da PUC-RS, em 1985. Vencida a etapa da seleção intelectual, para o CFO (Curso
de Formação de Oficiais), seguiram-se os exames médico, um rigoroso físico e o
famoso psicotécnico.
Optei pela
carreira militar, sentindo-me vocacionado. Exerci todas as funções inerentes à
carreira de um oficial de Polícia Militar, servindo na área operacional e
administrativa. Também fiz na APM-RS (Academia de Polícia Militar) todos os
cursos internos, habilitando-me para promoção de capitão a major, concluindo o
CAAPM (Curso Avançado de Administração Policial Militar), em 2001 e de tenente-coronel
a coronel, fazendo o CEPGSP (Curso de Especialização em Políticas e Gestão de
Segurança Pública), em 2015.
Em minha passagem para a reserva remunerada da Brigada fui agraciado com a Estrela de Reconhecimento da Corporação, grau prata, através do decreto estadual 52.445 de 30 de junho de 2015, por proposta do Comando Geral da BM, assinada pelo insigne coronel Alfeu Freitas Moreira. A finalidade desta síntese é ser avaliado como fonte, sobre o que vou escrever logo adiante.
Em minha passagem para a reserva remunerada da Brigada fui agraciado com a Estrela de Reconhecimento da Corporação, grau prata, através do decreto estadual 52.445 de 30 de junho de 2015, por proposta do Comando Geral da BM, assinada pelo insigne coronel Alfeu Freitas Moreira. A finalidade desta síntese é ser avaliado como fonte, sobre o que vou escrever logo adiante.
Hoje, recebi
no meu aparelho de telefone celular, através do aplicativo whatssap, uma
propaganda do atual governo do Estado do RS, mandando eu me ligar, quando, na verdade, eu penso que quem deveria
se ligar ou se flagrar era o próprio governo ou nosso governador piadista.
A propaganda começa gritando. “TE LIGA: Estado recompõe quadro de servidores da segurança para combate a criminalidade. Durante o governo Sartori, esta havendo a maior recomposição dos quadros da Segurança Pública dos últimos anos. Até o final de 2017, teremos 4.262 novos servidores na carreira. Brigada Militar: 1.649 soldados e 24 oficiais, sendo 494 em fase de formação; Corpo de Bombeiros Militar: 475 servidores; Polícia Civil: 561 inspetores e escrivães e 1 delegado; Instituto Geral de Perícias: 106 servidores, em fase de concurso; Susepe: 726 ingressaram e 720 estão em fase de concurso. O somatório de medidas do governo começa a superar a defasagem histórica do quadro de servidores da Segurança. (Grifo do Governo). Leia mais no Não me Trova: https://goo.gl/42ahjc”
A propaganda começa gritando. “TE LIGA: Estado recompõe quadro de servidores da segurança para combate a criminalidade. Durante o governo Sartori, esta havendo a maior recomposição dos quadros da Segurança Pública dos últimos anos. Até o final de 2017, teremos 4.262 novos servidores na carreira. Brigada Militar: 1.649 soldados e 24 oficiais, sendo 494 em fase de formação; Corpo de Bombeiros Militar: 475 servidores; Polícia Civil: 561 inspetores e escrivães e 1 delegado; Instituto Geral de Perícias: 106 servidores, em fase de concurso; Susepe: 726 ingressaram e 720 estão em fase de concurso. O somatório de medidas do governo começa a superar a defasagem histórica do quadro de servidores da Segurança. (Grifo do Governo). Leia mais no Não me Trova: https://goo.gl/42ahjc”
Não me trova é realmente um excelente título para escrever sobre a matéria do governo que recebi no meu telefone
celular.
Quem conhece
os bastidores da política brasileira, deve doer o olho quando lê e, deveria
doer ainda mais a consciência do governo quando escreve e negrita: “O somatório de medidas do governo começa a
superar a defasagem histórica do quadro de servidores da Segurança”. A
propósito: quem disse que os governos tem consciência? Especialmente os
governos no Brasil.
O governo do
Estado do RS esta longe de começar a superar a defasagem histórica do quadro de
servidores da segurança pública dos gaúchos. A lei estadual nº 10.993 de
18/08/1997, alterada pela lei 13.970/12 fixa o efetivo da BM em 37.050 (trinta
e sete mil e cinquenta), militares estaduais, entre oficiais e praças. Nos 30
anos que servi na BM, nunca vi o seu efetivo tão baixo, como na atualidade. Em
números redondos, no ano de 2017, podemos estimar o efetivo da Brigada Militar,
em 12.000 militares, no quadro de policia ostensiva, acrescidos de 2.500
militares do novo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do RS.
Assim, podemos falar que só na BM existem hoje 25 mil vagas a serem preenchidas. E, observe que estas vagas são na Brigada. Não estamos computando as vagas existentes no CBM (Corpo de Bombeiros Militar), hoje, separado da BM, mais as vagas abertas na Polícia Civil, na SUSEPE (Superintendência dos Serviços Penitenciários) e no IGP (Instituto Geral de Perícias).
Essa
propaganda do governo que esta usando e abusando dos seus CCs (Cargos de
Confiança) para disseminá-las nas redes sociais, não esta correta. É um
subterfúgio político querendo alicerçar em
areia movediça, a reeleição do governador Sartori, com rejeição e
reprovação do seu governo, bem acentuadas em pesquisas feitas por institutos mais
tradicionais e independentes.
Em apenas
dois anos e meio, o governo Sartori é responsável pela saída de quase seis mil
brigadianos (eu sou um deles) que pediram sua aposentadoria, por insegurança
jurídica gerada pela ausência de uma política de governo de esclarecimento de
reformas no Estatuto da Brigada Militar, pretendidas e propagadas,
atabalhoadamente, pelo próprio Governo do Estado.
Tem aquele
ditado: “O homem livre é senhor da sua vontade, mas escravo da sua
consciência”. Votei e fiz campanha para o governador José Ivo Sartori.
Acreditei tanto que convenci muitos amigos e familiares, até minha mãe (muitos aqui
a conhecem), com 80 anos de idade (dispensada de votar) e cadeirante, a ir
junto comigo, “votar no gringo”. Se arrependimento matasse, eu e ela estaríamos
mortos agora.
O governador Sartori nos trovou bonito.
Aroldo Medina
Falou tudo coronel!!!
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