Sou brigadiano com orgulho. Honrei a farda que vesti durante 30 anos, na ativa da Brigada Militar, defendendo a vida e o patrimônio do valoroso povo gaúcho e brasileiro.
Engana-se quem acha que nos aposentamos quando pedimos nossa reserva. Hoje, vivi um caso em que fui compulsado a intervir. Estava no centro de Viamão (RS), nove horas da manhã. Dirigia meu prisma pela rua Bento Gonçalves. Um ônibus ia na minha frente, devagar. Seu motorista ligou o pisca, indicando que faria conversão à direita, "abrindo" para o lado esquerdo, fazendo a manobra tradicional que veículos mais compridos realizam antes de converter a direita. Parei o carro e, naturalmente, os outros motoristas que vinham atrás de mim, pararam também. O ônibus, lentamente, iniciou sua manobra para entrar na garagem da Empresa de Transporte Coletivo de Viamão.
Veio um "apressadinho" aproveitando a pista livre no lado direito e, não deu outra, abalroou o ônibus, na minha frente. O motorista da pick up Fiat que bateu no coletivo, desceu pela janela da sua porta, trancada na colisão e passou a gritar com o motorista do ônibus, acompanhado por mais dois tripulantes do seu carro e, passaram juntos, a vociferar contra o motorista do ônibus. Enquanto isso, em pouquíssimos minutos, o congestionamento na rua crescia até a frente da Escola Setembrina.
Desci do meu carro e, me dirigi ao motorista alterado. Identifiquei-me como policial militar, solicitando que desobstruísse a via, considerando que não haviam lesões corporais, em nenhum dos tripulantes dos veículos envolvidos no acidente. Ignorou-me. Fiz nova solicitação de desobstrução da via, para liberar a rua, nesta hora já congestionada até a RS 118. Novamente fui ignorado. Pensando nos motoristas trancados pela imprudência e intempestividade do causador do acidente, entrei no seu carro para dar marcha à ré e estacioná-lo junto ao meio fio. O cidadão mais indignado ainda com minha atitude, sacou o seu celular e começou a me filmar, narrando sua visão distorcida dos fatos em andamento. Terminei de estacionar o veículo, desci e lhe entreguei a chave, solicitando sua documentação, depois de acalmá-lo, vendo que o trânsito voltava a fluir.
Naturalmente pedi socorro aos meus irmãos da ativa da BM, do 18 BPM, em Viamão, ligando para o 190. Uma guarnição chefiada pelo sargento Fraga chegou rápido no local. Relatei os fatos aqui descritos e passei as mãos seguras do atencioso graduado, a documentação de ambos os condutores dos veículos envolvidos no acidente. Mesmo na reserva não nos aposentamos.
Forte e fraterno abraço a todos amigos, neste nobre espaço.
Aroldo Medina
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