
Sou defensor incondicional de que o Brasil tem conserto pela educação. A violência urbana e rural, ao lado da corrupção política contumaz em nosso país, são fatos diários que roubam nossa paz e qualidade de vida.
Já escrevi neste mesmo espaço que a educação no Brasil deverá ter um dia nosso maior orçamento público no município, no Estado e na União.
Um aspecto digno de nota nesse cenário é o preço abusivo dos livros didáticos adotados pelas escolas particulares que os pais são obrigados a adquirir no início de cada ano letivo.
Quase tive um infarto quando fui comprar os livros da minha filha, neste final de semana que passou. A Natália cursa a oitava série, numa escola particular, em Canoas. Apenas sete livros eram vendidos pelo preço de R$ 562,00 (quinhentos e sessenta e dois reais). Uma média de R$ 80,00 (oitenta reais) por livro.
O internauta sabe que bons livros para leitura saem por muito menos. Com tiragens elevadas, os livros didáticos em pauta, por mais elaborada, ilustrada e colorida que seja a produção editorial e gráfica, não custa mais do que R$ 20,00 (vinte reais). Por que então toda essa ganância, na cadeia de comércio dos livros didáticos brasileiros? Só vejo uma resposta: ga-nân-cia!
Lamento que num país como o nosso, ainda haja tanto atraso na compreensão de que livros, cadernos, material escolar em geral, sejam objeto de tanta exploração comercial. Pobre Brasil que obriga os pais a tantos sacrifícios para dar aos seus filhos, educação e estudo, bens tão ricos, em condições tão adversas.
Aroldo Medina.
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