quinta-feira, 13 de março de 2014

Tudo por dinheiro.

Embarquei num táxi, hoje à tarde, no centro de Porto Alegre. No meio da corrida puxei conversa com o motorista. "- Vamos votar em quem para governador?" Foi como puxar o gatilho de uma metralhadora. Botou os políticos abaixo do rabo do cachorro. Escutei tudo em silêncio.

O trânsito estava congestionado. Após uma longa pausa, talvez para recuperar o fôlego, o motorista retomou a palavra: "- E o senhor, vai votar em quem?" "- Estou pensando". Respondi. Sem cerimônia o motorista deu uma guinada... De direção, no pensamento dele que me desconsertou. "- Olha! Eu tenho muito voto ai nas vilas para buscar. Mas é claro que tem que ter dinheiro para eu trabalhar. Não vou trabalhar de graça para ninguém. Se o senhor tiver algum candidato e quiser o meu apoio é só me procurar. Não esquece do dinheiro!" Sentenciou.

Encontrei o André Machado no Shopping Tottal, hoje, no final da tarde, por acaso. Parei para conversar. Gosto dele. Além de ser uma pessoa muito simples e acessível, como jornalista do Grupo RBS, sempre me tratou com muito respeito e consideração, nas duas vezes em que concorri ao governo do RS.

Entre um assunto e outro, relatei para o André, a conversa com o taxista. Depois de refletir um instante ele falou: "- Major. Dia destes um líder comunitário me procurou e disse que poderia me ajudar com 3.000 votos, desde que eu pagasse a ele R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por mês, durante a campanha. Eu agradeci sua oferta e disse que se ele tinha tantos votos cativos assim, ele mesmo deveria ser candidato. Depois saí ao passo". 


O André é pré-candidato a deputado federal pelo PC do B, na próxima eleição. Pelo seu caráter e qualificação profissional será um excelente candidato.

Aroldo Medina

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