Em latim, relativo
a mulher ou fêmea. Já a etimologia da palavra mulher é mais complexa e, de
acordo com alguns pesquisadores, indeterminada. Não vou me atrever a tentar explicar
a origem da palavra mulher, porém, seu significado é fácil de enunciar através
da história das mulheres, na luta pelos seus direitos.
Por exemplo,
a vereadora porto-alegrense Mônica Leal, trouxe a nossa memória, na edição do
Jornal do Comércio (Porto Alegre - RS) de 01.03.2023, pág. 4, legado da primeira ministra Margaret Thatcher, do
Reino Unido, como um ícone, incontestável, de significação feminina. E, tão
nobre quanto a lembrança do valor da “Dama de Ferro” é a memória de Emily
Davidson, atropelada mortalmente pelo cavalo do rei da Inglaterra Jorge V, em
04.06.1913, no Derby Epson Downs, quando tentava colocar no animal, um broche
do movimento sufragista inglês.
Nesta
historiografia de valorização feminina devemos lembrar que o Dia Internacional
da Mulher foi oficializado pela ONU (Organização das Nações Unidas), somente em
1977, porém a luta das mulheres por direitos é mais antiga. Há dois marcos
históricos de grande relevância social que marcam esta data.
Nova York, 25
de março de 1911, um incêndio irrompe na fábrica de roupas Triangle Shirtwaist.
As costureiras que trabalham no nono andar do prédio não conseguem sair porque uma
porta esta trancada, para impedir que saiam durante o seu turno de serviço. 129
mulheres e 23 homens morrem na tragédia que ganha manchete nos jornais e desencadeia
um movimento de luta contra uma jornada de trabalho de 14 horas diárias, seis
dias por semana, por 8 dólares semanais, em média.
São
Petersburgo, 08 de março de 1917, encorajadas por protestos e greves de
operários, uma multidão de mulheres russas ocupa as ruas para pedir pão e melhores
condições de vida. E, clamam para a Rússia sair da Primeira Guerra Mundial. A
marcha das mulheres pedindo pão e paz, marcou o início da Revolução Russa de
1917.
Essa
história de luta das mulheres, me faz imaginar russas e ucranianas saindo nas
ruas das suas nações, em marcha, para se encontrarem, desarmadas, no front de
batalha, pedindo o fim da guerra, abraçando-se. Coragem não deve faltar nestas
guerreiras que perdem entes queridos aos milhares, em um ano de guerra
fratricida.
Heroínas, reconhecidas
e anônimas, mais anônimas e tão importantes quanto as celebridades, dentro dos
lares e dentro das empresas, educando seus filhos e trabalhando pelo bem comum.
É o ideal das mães e dos pais que educam sua prole valorizando a vida, ensinando
respeito a dignidade de todas etnias indígenas, negras e brancas. No Dia
Internacional da Mulher desejo pão e paz para todos.
Aroldo Medina
Ilustração da matéria colhida em: História do Dia Internacional da Mulher
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