quarta-feira, 8 de março de 2023

Muliebris

 


Em latim, relativo a mulher ou fêmea. Já a etimologia da palavra mulher é mais complexa e, de acordo com alguns pesquisadores, indeterminada. Não vou me atrever a tentar explicar a origem da palavra mulher, porém, seu significado é fácil de enunciar através da história das mulheres, na luta pelos seus direitos.

Por exemplo, a vereadora porto-alegrense Mônica Leal, trouxe a nossa memória, na edição do Jornal do Comércio (Porto Alegre - RS) de 01.03.2023, pág. 4, legado da primeira ministra Margaret Thatcher, do Reino Unido, como um ícone, incontestável, de significação feminina. E, tão nobre quanto a lembrança do valor da “Dama de Ferro” é a memória de Emily Davidson, atropelada mortalmente pelo cavalo do rei da Inglaterra Jorge V, em 04.06.1913, no Derby Epson Downs, quando tentava colocar no animal, um broche do movimento sufragista inglês.

Nesta historiografia de valorização feminina devemos lembrar que o Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela ONU (Organização das Nações Unidas), somente em 1977, porém a luta das mulheres por direitos é mais antiga. Há dois marcos históricos de grande relevância social que marcam esta data.

Nova York, 25 de março de 1911, um incêndio irrompe na fábrica de roupas Triangle Shirtwaist. As costureiras que trabalham no nono andar do prédio não conseguem sair porque uma porta esta trancada, para impedir que saiam durante o seu turno de serviço. 129 mulheres e 23 homens morrem na tragédia que ganha manchete nos jornais e desencadeia um movimento de luta contra uma jornada de trabalho de 14 horas diárias, seis dias por semana, por 8 dólares semanais, em média.

São Petersburgo, 08 de março de 1917, encorajadas por protestos e greves de operários, uma multidão de mulheres russas ocupa as ruas para pedir pão e melhores condições de vida. E, clamam para a Rússia sair da Primeira Guerra Mundial. A marcha das mulheres pedindo pão e paz, marcou o início da Revolução Russa de 1917.

Essa história de luta das mulheres, me faz imaginar russas e ucranianas saindo nas ruas das suas nações, em marcha, para se encontrarem, desarmadas, no front de batalha, pedindo o fim da guerra, abraçando-se. Coragem não deve faltar nestas guerreiras que perdem entes queridos aos milhares, em um ano de guerra fratricida.

Heroínas, reconhecidas e anônimas, mais anônimas e tão importantes quanto as celebridades, dentro dos lares e dentro das empresas, educando seus filhos e trabalhando pelo bem comum. É o ideal das mães e dos pais que educam sua prole valorizando a vida, ensinando respeito a dignidade de todas etnias indígenas, negras e brancas. No Dia Internacional da Mulher desejo pão e paz para todos.

 

Aroldo Medina


Ilustração da matéria colhida em: História do Dia Internacional da Mulher

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