segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Nilva de Wallau Medina: mentora de minha existência.

Amor de mãe

Quase todos os dias, no final da tarde, eu tomava chimarrão com minha mãe, Nilva de Wallau Medina (1935-2020). No meio do mate eu costumava brincar com ela, perguntando: "- Tá bom o mate, mãe?" E ela respondia: " - Tá ótimo". Então eu completava: "- Em tua companhia, melhor ainda". Ela balançava a cabeça e sorria.

Vou sentir muita falta desse mate em boa companhia. Hoje, minha mãe faria 85 anos. Essa festa será no céu, ao lado do meu pai, avós e outros familiares queridos que já partiram, ao lado de outros espíritos de luz.
Estou certo disso porque creio no pós vida espiritual, pois, creio no Deus Pai, no Filho e no Espírito Santo que vivem em meu coração e, almejo que também possam viver nos corações que me leem nesse momento.

No dia do aniversário de minha mãe orei várias vezes pedindo a Deus que ela possa estar em sua Corte Celestial. Sinto em meu coração que ela esta. Em vida não cansei de presenteá-la incontáveis vezes com flores que combinavam com ela: flores do campo, rosas, lírios, violetas, orquídeas. A mãe apreciava muito as flores que ganhava e eu ficava bem feliz com o sorriso dela.

Eram 12 horas e cinquenta minutos do dia de hoje. Eu estava em casa, deitado em minha cama, de olhos fechados. Senti um toque delicado em minha cabeça. Levei a mão e toquei a cabeça de minha mãe. Era ela, sem a menor dúvida. Imediatamente agradeci a Deus o presente daquela visita inesperada. Atinei perguntar como estava e ela disse que estava bem. Confortou-me muito sua resposta. Falei que tinha feito a barba para ela, mais cedo. Minha mãe gostava de me ver e sentir bem barbeado. Costumava encostar meu rosto no dela para mostrar que estava sem barba. Também lhe disse que poderia ficar bem onde estava, sem preocupações e que eu a amava muito. Minha mãe partiu. Abri os olhos e convulsionei em choro profundo.
A partida de minha mãe impôs uma responsabilidade maior na minha existência. Honrei ela em vida e, vou honrar sua memória tornando-me um ser humano ainda melhor, expressando mais amor ao próximo, como Jesus ensinou. O Brasil precisa de mais amor, tolerância e união de todos brasileiros.
Felicito minha mãe e todas as mães, as que vivem nesse plano e as que já partiram. Deus derrame sobre elas toda luz e benção que merecem pela dádiva de serem mães e, legarem ao mundo, o que de mais útil pode haver nessa existência terrena: filhos criados com amor, honestidade, educados e orientados para o trabalho e servir ao próximo, com humildade no coração.

Aroldo Medina

Nilva de Wallau Medina, santo cristense (1935-2020)


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O falecimento de minha mãe Nilva Medina.


 

Minha mãe, Nilva de Wallau Medina, 84 anos, viúva, natural de Santo Cristo (RS), muito amada e querida, faleceu ontem, dia 25 de novembro de 2020, às 14 horas e 11 minutos, no Hospital Universitário de Canoas, vítima de insuficiência renal aguda, após uma infecção urinária grave. Estava baixada no HU há uma semana.

Fizemos seu velório em duas etapas, a primeira no Cemitério Memorial da Colina, no Distrito Industrial de Cachoeirinha, da meia noite até as 14 horas. Depois, em comboio de veículos que acompanharam o carro fúnebre escoltado por uma viatura da Brigada Militar, transferimos o corpo para o Cemitério Parque São Vicente, em Canoas, onde foi velada das 14:30 às 16:30 horas, sendo sepultada após os atos ecumênicos, conduzidos, a pedido da família, pelo padre católico Alexandre Chaves, capelão da Brigada Militar. Minha mãe era cristã.

Tivemos que dividir o velório em duas etapas porque a Prefeitura de Canoas editou decreto restringindo velórios a duas horas no município, como medida protetiva contra o COVID 19, independentemente da pessoa ter morrido em função do coronavírus ou não, caso da mãe. A cidade de Cachoeirinha não limitou horário de velórios para pessoas que não faleceram em função da pandemia.

As 24 horas de velório era desejo expresso de minha mãe, em vida, seguindo tradição cultural da sua geração. Outra vontade manifesta por ela foi meu comparecimento fardado em sua despedida final, desejo deferido, prontamente, pelo Comandante Geral da Brigada Militar, coronel Rodrigo Mohr.

Os serviços funerários foram prestados pela Funerária Angelus de Porto Alegre, com excelente padrão de atendimento e profissionalismo exemplar.

Eu e meus irmãos, Adriana, 52 anos e Adroaldo Medina, 51 anos, ao lado de minha filha Natália, 24 anos, recebemos familiares e amigos que foram se despedir da mãe, presencialmente e, recebemos centenas de condolências bem vindas, através das redes sociais. 

Além da coroa de flores de nossa família, onde gravamos nosso desejo de que Jesus Cristo acolhesse o espírito de minha mãe, em sua nova morada celestial, recebemos coroas de flores da Família Sparta, da turma de soldados alistados em 1988 no V COMAR (turma do meu irmão) e da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, gestos que nos comoveram muito.

Agradecemos a todas essas manifestações de apoio e solidariedade que trouxeram mais conforto para esta perda irreparável no plano físico, porém reforçadora de nossa crença no pós vida espiritual.

Registro, igualmente, agradecimento aos soldados do 26 BPM que guardaram o portão da entrada principal do Memorial da Colina, durante a madrugada, numa deferência especial a família brigadiana.

Rogamos a Deus e ao mestre Jesus sua benção sobre todos, de muita saúde e paz, almejando sua luz em nossa caminhada terrena, confortada e expandida no amor ao próximo.

Aroldo Medina - Filho mais velho de minha mãe, 56 anos de idade.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Brigada Militar completa 183 anos.

Semana Farroupilha. Porto Alegre, 20 de setembro de 1999.

Brigada Militar: 183 anos. Faço parte desta história. Cumprimento a todos irmãos e irmãs de caserna de todas as gerações que combatem o bom combate, na defesa da Sociedade Brasileira e de nossa Constituição Federal.

Parabenizo, igualmente, os familiares de todos brigadianos, nosso esteio numa carreira digna de bons policiais e do respeito do povo gaúcho.
E, presto minha continência fraterna aos nossos antepassados que honraram a farda que vestiram com idealismo e destemor.
Deus esteja sempre entre nós, iluminando nosso caminho e, nos fazendo melhores policiais, a cada novo amanhecer. Força e Honra!

Aroldo Medina

Feira do Livro de Porto Alegre. 1997.

Corpo de Oficiais. Batalhão de Polícia de Choque da BM.
Porto Alegre, 1997.




terça-feira, 17 de novembro de 2020

Coronel Sérgio Sparta morre aos 76 anos.

Coronel Sparta (E) e major Medina (D). Acampamento Farroupilha.
Porto Alegre, Parque Harmonia, setembro de 2010.

O coronel Sergio Fett Sparta de Souza, 76 anos de idade, oficial do Exército Brasileiro, faleceu de parada cardiorrespiratória, nesta segunda-feira, dia 16 de novembro de 2020, na praia de Xangrilá (RS), enquanto andava de bicicleta.

Aspirante da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras) de 1967, exerceu todas as funções inerentes a um oficial de carreira do Exército. Também se destacou como penta atleta de sua corporação, batendo records no atletismo e natação das Forças Armadas Brasileiras. Natural de Santo Ângelo (RS), onde nasceu em 1944, era formado em Administração de Empresas, Direito e Educação Física.

Em 2006 e 2010 concorreu a deputado federal pelo Rio Grande do Sul e, a vereador em 2008, na cidade de Porto Alegre. Idealista e abnegado, por natureza, tinha como grande virtude, sua honestidade. Um cavalheiro por excelência, era admirado por todos no seu círculo de familiares e amigos. Perdemos um grande líder e, lamento que não tenhamos conseguido elegê-lo, nas oportunidades em que concorreu. Certamente, seria um representante a altura de nossas expectativas por uma política de melhor qualidade.

Casado, deixa viúva, Neca Sparta, com quem teve quatro filhos: duas filhas e dois filhos e netos. Um dos filhos é oficial do Exército que representa o pai, não só na fisionomia idêntica, mas igualmente, no caráter exemplar de um Comandante respeitado por seus valores morais e profissionais.

Em nome da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, prestamos nossa fraterna continência ao coronel Sparta, externando nossa solidariedade a família do prócer Comandante e, ao próprio Exército Brasileiro, augurando que a passagem de nosso amigo e irmão para a próxima dimensão de vida, seja conduzida pelos espíritos de luz, com a benção de Deus.

Aroldo Medina

Capela A Memorial Martim Lutero. Porto Alegre, 17/11/2020. 14 horas.
Memorial Martim Lutero, capela A. 
Porto Alegre, 17 de novembro de 2020. 14 horas.




terça-feira, 20 de outubro de 2020

Gestão do prefeito Busato se destaca na segurança pública.


Recebi, hoje pela manhã, em minha casa, a visita do prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, junto com o vereador Betinho do Cartório. Naturalmente, falamos sobre a campanha e sua gestão. Convergimos que a área de saúde precisa melhorar. Na segurança pública da cidade, o prefeito merece nosso reconhecimento. Canoas na administração de Busato é o município que mais investiu nesta área, em todo Estado do RS. Creio que somos sábios, justos e inteligentes em conceder a Busato, candidato a reeleição, mais quatro anos, para dar continuidade ao seu trabalho.

Aroldo Medina


sábado, 5 de setembro de 2020

Paredão nos ladrões de carro

Matagal próximo do CTG Lomba Grande

24 horas após ter o veículo furtado por ladrões em Canoas fui informado que o meu carro estava abandonado em Novo Hamburgo, quinta-feira dia 03 de setembro de 2020. Minha belina Ford Del Rey Ghia 1990, placa IEP1I47, cor cinza, impecável dia 02 de setembro, estava agora "depenada", num mato, próximo do CTG Lomba Grande.

Os ladrões levaram suas rodas originais de fábrica, aros e pneus, bateria Moura nova e rádio, reviraram todo interior do veículo, danificaram a ignição e o painel interno, rasgaram o forro do teto, arrancaram o couro em volta do câmbio de marchas, possivelmente a procura de dispositivo corta corrente e rastreador. Ainda danificaram a tampa e a fechadura do porta malas. Veio o guincho e puxou o carro sem rodas. O para-lamas dianteiro direito abriu e ficou com um "pegão" na lataria, o capô dianteiro desalinhou. O óleo do motor desapareceu.

Em manutenção, na Central das Surdinas, em Canoas. Julho de 2020.
Em manutenção na Central de Surdinas. Canoas, julho 2020.

A "ex-B linda" (na foto acima), nas minhas mãos, agora "B feia" depois de passar pelas mãos dos ladrões, foi localizada neste matagal de Novo Hamburgo, a partir dos compartilhamentos de uma postagem que fiz no facebook, reportando o furto. A postagem foi parar no whats de um grupo de proprietários de carros antigos do Vale do Rio dos Sinos. Um dos membros deste grupo compartilhou a postagem com seu irmão que é caminhoneiro e que resolveu dar uma volta nas bandas onde a belina foi encontrada, por ser um local de "desova". A Brigada Militar foi avisada e compareceu no local, providenciando o recolhimento do veículo.

Um amigo do face, Marcelo Fauro, de quem eu comprei a belina, mandou uma mensagem me cumprimentando pela recuperação do automóvel. Respondi que não sabia de nada. O Marcelo então me passou o telefone do Volnei, participante daquele grupo de proprietários de carros antigos, responsável pela localização da belina.

Brasão da BM


Meu carro tinha dois adesivos com o brasão da BM, um no para-brisa dianteiro e outro no traseiro. Esta marca não intimidou os ladrões e, nem tão pouco fez os brigadianos que compareceram no local em que foi abandonada, suspeitar que o carro pertencia a alguém ligado a Corporação. A belina foi recolhida por volta do meio dia e só fui saber da sua recuperação as quatro da tarde, através do Volnei que tentava me localizar desde as onze horas da manhã. 

Sabendo que o carro tinha sido localizado fui para Novo Hamburgo, chegando por volta de seis horas da tarde. O depósito de veículos para onde foi recolhida já estava fechado. Aproveitei para fazer contato com um dileto amigo, Pedro Lione Joras, mestre de obras e, pedir emprestado as quatro rodas da sua belina, para guinchar a minha, no dia seguinte, sem arrastar sua barriga no chão.

Sexta-feira, dia 04 de setembro, nove horas da manhã cheguei na 2 Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, junto com meu irmão Pedro, a fim de pegar a liberação do veículo. Saímos da DP e fomos para o depósito. O Pedro e o Douglas, seu ajudante, equipados com três macacos, colocaram as rodas.

Repondo rodas emprestadas para guinchar sem arrastar.

 Enquanto esperava o guincho, creio que fui intuído a fazer uma busca na OLX, a fim de comprar 4 rodas e devolver as emprestadas. No primeiro anúncio visualizado, encontrei as rodas furtadas de minha belina, avaliadas em R$ 4.000,00 (quatro mil reais), anunciadas por R$ 1.000,00 (hum mil reais). Não tive a menor dúvida de que eram as minhas rodas, pois, examinando as fotos do anúncio, encontrei um dos aros arranhado. Certa ocasião, ao estacionar a belina, raspei a roda no meio fio da calçada. 

O coração disparou. Mostrei o anúncio para meu irmão Pedro Lione, também conhecido como Dione que ficou estupefato. Saímos do depósito, imediatamente, rumando para a borracharia que anunciava as rodas, localizada na avenida Sete de Setembro, 369, em Novo Hamburgo.

Borracharia PK Pneukar: receptadores de peças furtadas.

No caminho, liguei para o investigador Lopes, agente da 2 DP de NH, pedindo o seu apoio. Prontamente, o policial civil aquiesceu com anuência da sua chefia, delegado Ivair Matos Santos, deslocar com outros agentes, em minha diligência. Aguardei próximo da borracharia, a chegada da Polícia Civil. Associados, eu, o Dione e os policiais civis combinamos a estratégia de chegada, no receptador das rodas furtadas.

Eu e o Dione fomos na frente, para confirmar a disponibilidade das rodas anunciadas por André. Em conversa com o anunciante fui informado que as rodas já tinham sido vendidas. Convenci ele a ligar para o comprador, pedindo que retornasse, informando que as rodas tinham sido vendidas equivocadamente, porque pertenciam a outra pessoa. O comprador relutou em voltar. Orientei o André a dizer que pagaria o dobro pelas rodas, o que motivou o retorno do comprador.

Neste contexto dei o sinal convencionado aos investigadores da Polícia Civil. Chegaram com tudo, como a gente costuma ver nos filmes de ação. Abordagem padrão, com reconhecida autoridade. A casa caiu para os receptadores, principais motores do comércio de peças furtadas. 



Prisão em flagrante para Matheus Schroeder, filho do dono da borracharia, o receptador, responsável pela compra das rodas furtadas, adquiridas de um "amigo", por R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais), envolvido com quadrilha organizada no roubo e furto de veículos, baseada no Vale do Rio dos Sinos.

No momento da prisão feita pela Polícia Civil Gaúcha, honrada pelos investigadores Lopes, Cunha, Alexandre e Azul, membros do efetivo da 2 DP de Novo Hamburgo, fiquei emocionado e feliz, sentindo orgulho da atuação dos policiais civis. Homens de nível superior e linha de frente, seguros de si, em sua ação legal embasada em todos elementos necessários para efetuar uma prisão em flagrante. 

Menos um criminoso na rua. E, através do receptador preso, nossa valiosa Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, há de desbaratar mais uma quadrilha que ataca o povo gaúcho, roubando e furtando veículos de trabalhadores cansados de ver o crime compensar.


Avante Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Perfilo-me diante de vossos agentes e lhes presto minha mais garbosa e sincera continência, em sinal de respeito e elevada consideração. E, ainda, oro, de todo coração para que o mestre Jesus, ao lado de Deus, sempre interceda em vossa proteção, ao lado dos melhores brigadianos que, igualmente, concito a se unirem neste reconhecimento, pelo bem maior de juntos, darmos sempre o melhor de nós, na proteção do grande povo gaúcho e brasileiro.

Aroldo Medina - Oficial Superior da reserva da Brigada Militar. 

Aspirante de 1988 na Academia de Polícia Militar - RS.


Nota: para os investigadores da Polícia Civil, policiais experientes no combate ao crime, a impunidade, combinada com a receptação funcionam como os principais motores de impulso do comércio de objetos roubados ou furtados, em qualquer parte do Brasil.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Ladrões de carros antigos atacam em Canoas

 



Fui atacado por ladrões de carro, em Canoas, nesta terça-feira, dia 02/09/2020, em plena luz do dia. Levaram minha relíquia, uma Ford Del Rey Belina Ghia, ano 1990, de cor cinza, placa IEP1I47 (Chassi 9BFZZZ55ZLB048348).

Saí de casa, três horas da tarde para comprar cimento. Fui numa loja da Quero Quero próxima de minha residência. Estacionei o veículo na frente da loja, na rua Araguaia, número 140, bairro Igara, em Canoas. Entrei, encomendei o cimento e 15 minutos depois, ao sair, constatei o furto. Foi o segundo furto de veículo no local, em menos de 24 horas.

O primeiro sentimento é de incredulidade, seguida de impotência e raiva dos bandidos. Liguei 190 para Brigada. Em seguida fui numa Delegacia da Polícia Civil e registrei o furto do veículo. Na sequência procurei a DPPA de Canoas, visitando os policiais civis da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas). Depois fui para rua procurar em vão, os bandidos.

Nas andanças de hoje, constatei: a polícia civil e militar gaúchas, junto com as guardas municipais faz tudo ao seu alcance para combater os bandidos que nos atormentam e lesam, diariamente, em todo país. E, mesmo sendo vítima observei que Canoas se destaca pelo aparato policial disponibilizado pelo Estado do RS, combinado com expressivos investimentos que a Prefeitura Municipal de Canoas tem feito na área de Segurança Pública.

Chamou muito minha atenção, as novas instalações da Primeira Delegacia de Policia Civil de Canoas que saiu de um prédio velho, caindo aos pedaços, para ser reinstalada, num prédio todo reformado onde funcionou, por muitos anos, o SESI Canoas (rua Regente Feijó, 175, bairro Centro). Razão pela qual parabenizo, com total independência política, a gestão do atual prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, responsável pela reforma total do referido imóvel.

Essa infraestrutura física, combinada com um efetivo policial valorizado e bem treinado é nossa melhor defesa e resposta contra essa bandidagem que a polícia deve combater rigorosamente, com total apoio governamental e toda Sociedade Gaúcha.

Oxalá eu possa em breve, noticiar a recuperação de minha velha belina que não escapou a sina dos bandidos.

Aroldo Medina

Minha belina esta com insufilme nos vidros e tem um adesivo da BM, no vidro trazeiro e dianteiro.


 

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Black Mirror: ficção ou realidade.


Estou frequentando o Curso de Jornalismo da UniRitter, em Porto Alegre. As aulas estão sendo realizadas através de video conferência. A universidade tem excelentes professores e uma infraestrutura muito boa. Estou satisfeito.

Um dos meus professores, Cid Martins, repórter da Rádio Gaúcha e do Jornal Zero Hora, grande mestre que nos ministra a cadeira de Práticas em Jornalismo: Revista; orienta a turma, na produção de uma revista que terá uma versão digital e outra impressa, onde cada aluno foi encarregado de elaborar uma reportagem com pauta livre ligada a redes sociais. O alvo de minha análise foi um episódio da série Black Mirror, veiculada pela Netflix.

Compartilho com os leitores que tiverem a disponibilidade de cinco minutos, a primeira versão do texto produzido, antes da publicação final da revista.

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Ou não é?!

Grande abraço a todos.

 
Vidrada pelas notas. Ilustração: Butcher Billy.
Viver a espera de likes em cada postagem nas redes sociais, sai das telas do cinema e, entra no cotidiano de milhares de pessoas, transformando ficção científica em realidade líquida presente.

O smartphone tornou-se uma extensão do corpo humano no século XXI. Estar conectado na Internet tem equivalência a uma necessidade primária dos seres humanos nascidos nesse século, incluindo gerações do século XX. Séries de Ficção Científica tem antecipado comportamentos humanos que a psicologia contemporânea já identifica como reais, em nosso cotidiano.
É tão imprescindível viver conectado no século XXI que isso passa a ser uma rotina das pessoas tão comum como comer e dormir. E, a principal tecnologia digital utilizada para conexão com a Internet é o smartphone. Esse comportamento estimula produtores de filmes a anteciparem possíveis cenários futuros, onde os seres humanos tornam-se inseparáveis do seu aparelho de telefone celular e vivem conectados na Internet.


Charlie Brooker

Exemplo dessa conjuntura colhemos em Nosedive (Queda Livre), primeiro episódio da terceira temporada da série de ficção científica Black Mirror, produzida em 2011 pela televisão britânica, criada por Charlie Brooker e veiculada na Netflix, em 2016. Neste episódio, Lacie Pound (Bryce Dallas Howard) vive num mundo onde as pessoas tem o costume de se avaliar o tempo todo, através de um aplicativo no telefone celular, dando uma nota de uma a cinco estrelas, gerando uma pontuação individual. O sistema de avaliação mostrado no filme é semelhante ao que utilizamos hoje, depois de uma viagem de Uber.
Lacie é obcecada por ser bem recebida. Inicia o episódio com nota 4.2. O contrato de locação do imóvel onde mora está terminando e Lacie está ansiosa em mudar-se para um condomínio luxuoso. Porém, só poderá fazer sua mudança de endereço se pagar uma quantia exorbitante que ela não tem ou ganhar um desconto, caso possua avaliação de 4.5 ou acima.

O próprio Brooker diz que embora seja uma série de ficção científica, muitos temas nela inseridos representam um presente alternativo ou um futuro próximo e, em certos casos, retratam a forma como já estamos vivendo agora.
Pensamento análogo ao criador da série tem a psicanalista e escritora paulistana Sílvia Marques, doutora em Comunicação e Semiótica: “- Muitas pessoas acham que Black Mirror é uma série de ficção científica, uma série futurista. Não é. É sobre o nosso mais banal presente. E, esse episódio Nosedive (onde uma jovem se torna impopular na mídia social) retrata muito bem a nossa época. Vaidade, ostentação, narcisismo. E, a ostentação fica mais intensa com as novas tecnologias combinadas com a Internet. Tudo fica potencializado e mais intenso nas redes sociais. Passamos a viver na sociedade do espetáculo”, complementa Silvia Marques citando o escritor francês Guy Debord, autor do livro e do filme A Sociedade do Espetáculo, lançados, respectivamente, em 1967 e 1973.
Guy Debord
O professor universitário Leandro Vieira, do Canal ProEnem da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), concorda com a doutora Sílvia: “- Você se identifica com a série, em muitos momentos e, pensa: puxa eu faço isso”. E, também cita Guy Debord: “- Vivemos sentindo necessidade de aparentar coisas não tão reais, apresentadas como um espetáculo. Por exemplo: você posta uma foto no facebook querendo que as pessoas gostem também, vivendo um espetáculo constante em suas relações”.
De Nosedine, extraímos uma cena que corrobora visão técnica, onde a personagem central Lacie vive obcecada em ser bem avaliada através de um aplicativo em seu smartphone. Ela vai tomar um café. Antes de beber o café, tira uma foto da xícara e, posta na rede social dela. Quando prova o café, não gosta do seu sabor e faz cara feia. Ao afastar a xícara percebe que as pessoas estão curtindo a foto postada e, passa então a curtir o momento virtual, esquecendo da realidade do café ruim.


Zygmunt Bauman

Sílvia Marques e Leandro Vieira na sua avaliação do lugar onde os personagens vivem por likes cinco estrelas, ainda mencionam conceito de vida líquida, ou seja, vida de caráter efêmero, proposto pelo filósofo polonês Zygmunt Bauman (1925 -2017), publicados no livro de sua autoria, Modernidade Líquida. Thais Lima que mantém um canal no You Tuber, com 24 mil inscritos, também cita Bauman e explica que modernidade líquida é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante, com uma sucessão de reinícios.
O professor Leandro Vieira fala da vida líquida de Lacie em Black Mirror, dizendo que a personagem vive despreocupada com relacionamentos verdadeiros. Seu interesse é ligado a relacionamentos virtuais que podem gerar uma boa avaliação. Por isso ela vai ao casamento de uma “amiga”, somente em busca de boa nota e, não porque realmente gosta da pessoa com quem vai se encontrar.
A psicanalista Silvia Marques chama atenção na sua análise de Nosedive que Black Mirror é sobre o pior do ser humano, falando das crueldades que podemos cometer por meio da tecnologia associada as redes sociais. Sílvia lembra que a vida de Lacie é obter likes, alertando que a personagem não se importa de verdade com o que as pessoas pensam sobre ela e, traça um paralelo com comportamentos humanos artificiais, presenciados por todos nós, diariamente, em redes como o facebook, onde você posta uma foto só para ganhar curtidas, como destaca Leandro Vieira.
Gabriel Galão, 13 anos, estudante da oitava série do ensino fundamental na Escola Municipal Castelo Branco, em Canoas, depois de assistir Nosedive, afirmou: “- A Internet domina a maioria das pessoas hoje, principalmente os jovens. Tudo o que fazemos no mundo virtual é avaliado por alguém no mundo real. E, as pessoas são julgadas pelas notas que possuem, deixando de ser elas mesmas, em razão do que os outros vão achar delas. Nossa vida hoje é muito Brack Mirror, mesmo”.

Já o professor James Zortea, do Curso de Jornalismo da Unissinos em São Leopoldo (RS), observa que também podemos ver na série Black Mirror um espelho da sociedade que valoriza a velocidade e a técnica. “- As tecnologias costumam avançar rapidamente. Então é imperativo criar regras, pensando em estruturas capazes de lidar com as consequências dos avanços tecnológicos, dando conta dos acidentes gerados”. Zortea ilustra sua visão, citando o filósofo Paul Virilio, pesquisador e autor de vários livros sobre as tecnologias da comunicação, induzindo uma reflexão sobre o quanto vivemos buscando aparelhos e respostas cada vez mais velozes, criando um mundo acelerado, especialmente no plano virtual.


Paul Virilio


Aroldo Medina

terça-feira, 31 de março de 2020

Melhor presente: amor.

Não é novidade, para meus amigos: sou fã da minha mãe, Nilva de Wallau Medina, 84 anos. No dia em que completo 56 anos, compartilho a felicidade de ter ela ao meu lado, firme. Agradeço a Deus por esta benção.
Sem festa de aniversário. Precisamos levar a sério a pandemia do coronavírus. evitar aglomerações, seguir todas as orientações das autoridades médicas, lavar muito as mãos e, ficar em casa, mesmo.
Rogo ao mestre Jesus que abençoe a todos, concedendo lucidez e serenidade, neste momento tão desafiador da natureza humana. Que os espíritos de luz estejam ao nosso lado, erguendo proteções magnéticas, ao redor do nosso corpo físico.
Força e honra, meus irmãos, com fraterno abraço.
Aroldo

Natália Medina e a proteção dos animais.

  Natália Medina, presidente do Grêmio Estudantil La Salle Canoas Soube hoje, às 21:00 horas, que minha filha Natália Medina foi denunciada,...