sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Germano, o amigo dos cães de rua.


Zoreia: o orelhudo fiel.

Ao entrar e sair do interior da agência do Banrisul, na rua 15 de Janeiro, 221, no Centro de Canoas, hoje a tarde, conheci o Germano. Germano Plates de Castro Júnior, 31 anos, natural de Porto Alegre (RS), garçom desempregado, morador de rua há cinco anos.

O Germano, desempregado, adotou cinco cães de rua: o "Piloto", o "Toby", o "Boy", o "Zoreia" e a "Lady". Conta com a ajuda de outro morador de rua, para cuidar dos mascotes. Germano garante que dorme mais tranquilo na rua, na companhia dos caninos.

Perguntei ao Germano, como ele foi parar na rua. Triste respondeu que a mulher de sua vida o traiu, levando-o a uma depressão profunda. Abandonou o emprego de caseiro, numa chácara, onde cuidava de 47 cães, citando o proprietário do imóvel, como uma pessoa muito amiga dos animais.

Resignado, afirma que a rua lhe ensinou muito, especialmente ser solidário com aqueles que mais precisam, os abandonados. Sobrevive vendendo balas de goma e, com a caridade de pessoas que ainda enxergam o Germano como ser humano, digno de todo nosso respeito e consideração.

Aroldo Medina

Germano apresenta seus amigos.



quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Coronel Ikeda deixa o Comando da Brigada Militar.

A notícia da reserva requerida pelo coronel Mario Yukio Ikeda, Comandante Geral da BM, publicada hoje no jornal Zero Hora, deixa um vazio no coração dos brigadianos que tiveram o privilégio de conviver e trabalhar com ele, ao longo de sua profícua carreira.
Profissional do mais elevado quilate moral, justo e 100% dedicado a defesa da comunidade gaúcha, em 34 anos de serviço policial militar. Conheci o Comandante Ikeda, como aluno no Curso de Formação de Oficiais da BM, em 1986. Fomos cadetes juntos.
Minha sincera continência a este oficial que merece toda nossa consideração e respeito. Sentiremos sua falta, na ativa da Brigada Militar. Certamente deixa o cargo com a certeza do bem realizado e do dever cumprido. Força e Honra!

Aroldo Medina

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Ruas de Canoas tem asfalto renovado.

A rua onde moro há 40 anos em Canoas, passou por melhorias nos últimos três dias. A Prefeitura de Canoas contratou a RGS Engenharia para tirar o asfalto velho de ruas com maior fluxo de veículos e, trocar por um novo.
A empresa contratada fez um ótimo serviço. Parabenizo o prefeito Luiz Carlos Busato pela condução do processo de benfeitorias pela cidade.

Aroldo Medina
Eficiência: asfalto velho é removido pela RGS Engenharia, em um dia.
Eficácia: asfalto novo é colocado em menos de 24 horas.






quinta-feira, 30 de maio de 2019

Amigos dos animais devem processar matador de cão em Gravataí.


Creio que todos bons amigos dos animais não podem se calar diante da barbárie ocorrida ontem, dia 29 de maio, na rua Brasília, no Parque dos Anjos, em Gravataí (RS), quando o motorista do micro-ônibus escolar 49 passou por cima e esmagou, um pobre cão deitado no caminho.
Ironicamente, o bairro onde o cão foi morto, se chama Parque dos Anjos. Pois, ali ingressou um demônio dirigindo, justo, uma van escolar, onde no seu interior eram transportadas crianças inocentes. Como pai, se meu filho fosse um dos passageiros nesta van, não permitiria mais que viajasse sob os cuidados de uma pessoa tão diabólica.
Maldade é uma palavra pequena para definir a atitude desse motorista perverso. Vai alegar agora que não viu o cão. Mentiroso! Afirmando isso, deve ter sua licença de motorista de transporte escolar, cancelada. Quem transporta crianças deve ter cuidados na direção, muito maiores do que qualquer outro motorista. Basta ver o flagrante do atropelamento filmado, para desmascarar o matador do pobre animal.
O Ministério Público de Gravataí, independente do inquérito policial e das providenciais ações judiciais que tomarão respeitáveis entidades de proteção animal, deve assumir seu indefectível papel constitucional em denunciar a barbárie cometida pelo o criminoso que dirigia a van escolar.

Aroldo Medina
Tenente-coronel da reserva da Brigada Militar
31 anos de serviço público militar na ativa da FAB e BM.


segunda-feira, 27 de maio de 2019

Zoológico de Sapucaia do Sul


Estou trabalhando na produção de um audiovisual sobre o Zoológico de Sapucaia do Sul. A pauta foi sugerida durante aula na disciplina de Produção Audiovisual, ministrada pelo professor James Zortéa, no Curso de Jornalismo da ULBRA Canoas.

O parque zoológico, historicamente subordinado a Fundação Zoobotânica, esta ligado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado do RS. Na próxima quarta-feira, dia 28 de maio, o governo do Estado do RS, pretende receber propostas de interessados em assumir a gestão privada do parque.

Aroldo Medina - Acadêmico do Curso de Jornalismo da ULBRA Canoas
Produtor e diretor do documentário zoológico, em gestação.


quinta-feira, 4 de abril de 2019

Indefectíveis acidentes de trânsito.

Sou brigadiano com orgulho. Honrei a farda que vesti durante 30 anos, na ativa da Brigada Militar, defendendo a vida e o patrimônio do valoroso povo gaúcho e brasileiro.
Engana-se quem acha que nos aposentamos quando pedimos nossa reserva. Hoje, vivi um caso em que fui compulsado a intervir. Estava no centro de Viamão (RS), nove horas da manhã. Dirigia meu prisma pela rua Bento Gonçalves. Um ônibus ia na minha frente, devagar. Seu motorista ligou o pisca, indicando que faria conversão à direita, "abrindo" para o lado esquerdo, fazendo a manobra tradicional que veículos mais compridos realizam antes de converter a direita. Parei o carro e, naturalmente, os outros motoristas que vinham atrás de mim, pararam também. O ônibus, lentamente, iniciou sua manobra para entrar na garagem da Empresa de Transporte Coletivo de Viamão.
Veio um "apressadinho" aproveitando a pista livre no lado direito e, não deu outra, abalroou o ônibus, na minha frente. O motorista da pick up Fiat que bateu no coletivo, desceu pela janela da sua porta, trancada na colisão e passou a gritar com o motorista do ônibus, acompanhado por mais dois tripulantes do seu carro e, passaram juntos, a vociferar contra o motorista do ônibus. Enquanto isso, em pouquíssimos minutos, o congestionamento na rua crescia até a frente da Escola Setembrina.
Desci do meu carro e, me dirigi ao motorista alterado. Identifiquei-me como policial militar, solicitando que desobstruísse a via, considerando que não haviam lesões corporais, em nenhum dos tripulantes dos veículos envolvidos no acidente. Ignorou-me. Fiz nova solicitação de desobstrução da via, para liberar a rua, nesta hora já congestionada até a RS 118. Novamente fui ignorado. Pensando nos motoristas trancados pela imprudência e intempestividade do causador do acidente, entrei no seu carro para dar marcha à ré e estacioná-lo junto ao meio fio. O cidadão mais indignado ainda com minha atitude, sacou o seu celular e começou a me filmar, narrando sua visão distorcida dos fatos em andamento. Terminei de estacionar o veículo, desci e lhe entreguei a chave, solicitando sua documentação, depois de acalmá-lo, vendo que o trânsito voltava a fluir.
Naturalmente pedi socorro aos meus irmãos da ativa da BM, do 18 BPM, em Viamão, ligando para o 190. Uma guarnição chefiada pelo sargento Fraga chegou rápido no local. Relatei os fatos aqui descritos e passei as mãos seguras do atencioso graduado, a documentação de ambos os condutores dos veículos envolvidos no acidente. Mesmo na reserva não nos aposentamos.
Forte e fraterno abraço a todos amigos, neste nobre espaço.
Aroldo Medina

sábado, 30 de março de 2019

Nascimento

Meu aniversário, Pelotas (RS), 1966.
Madrugada de 31 de março de 1964, minha vó Natália, mãe de minha mãe, desce a escadaria do sobrado, onde meus pais moravam, em busca de socorro. A rua que separa Santana do Livramento, no Brasil, de Rivera, no Uruguai, estava deserta. Minha vó bate na porta dos vizinhos, ninguém responde. Medo pairava no ar, porém, não no coração de minha vó. Ela estava determinada. Sai pela rua. Ao longe, vê o vulto de um homem que caminha na rua, serenamente. Vai resoluta, na direção dele. O contorno do homem é desenhado por uma luz.

Minha vó alcança o homem. Seu coração acelerado descansa quando seus olhos reconhecem que se trata de um soldado da Brigada Militar. Ela fala com ele. Em poucos minutos, os passos de ambos, ganham velocidade. Sobem a escadaria do sobrado, juntos. Abrem a porta e encontram minha mãe se contorcendo de dor.

Um jipe ganha velocidade na saída de São Gabriel. O carona sua frio. O motorista está compenetrado na estrada. O motor do utilitário ronca alto. A escuridão é rompida pelo farol que varre o asfalto. O som da lona batida pelo vento não incomoda os tripulantes. O silêncio só é interrompido quando os pneus cantam numa freada brusca. Olhos esbugalhados perscrutam dos dois lados, dentro do jipe e fora dele, na barreira que tranca a estrada, na ponte, antes de Rosário.

O soldado e minha vó erguem minha mãe e descem com ela, amparada em braços fortes. O soldado da Brigada pede a minha mãe e avó que aguardem um instante. Vai para o meio da rua e aguarda um par de luzes que avançam rápido pelo paralelepípedo. Com a mão espalmada e braço erguido para o alto, apita forte e determina que o carro pare. O condutor assustado titubeia por um instante, antes de entender que seu carro estava sendo requisitado para prestar socorro a uma mulher em trabalho de parto.

Meu pai, parado na barreira do Exército que bloqueia a estrada, ouve incrédulo, o sargento explicar que ele deverá retornar a São Gabriel, para trocar de carro. Jipe não passa por ali. É carro de combate. Meu pai explica que minha mãe esta prestes a dar a luz. Ouve do sargento, um respeitoso pedido de desculpas, com a justificativa de que esta ele ali, cumprindo as ordens recebidas. Meu pai, um autentico homem da campanha, reconhece a autoridade do militar que esta a sua frente. Da meia volta, retornando a “Terra dos Marechais”, de onde é natural do distrito do Batovi.

A porta da Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento abre depressa. Minha mãe, minha vó e o soldado da Brigada Militar entram sem barreiras. A equipe é rápida no socorro. Não demora, um médico e sua valorosa equipe estão na volta de mamãe.


Meu pai de saudosa memória arruma carona numa Kombi e chega, finalmente, em Santana do Livramento (RS). O relógio marca 17 horas da tarde de 31 de março de 1964. Papai me encontra nos braços de minha mãe que sorri e, me entrega para ele, ouvindo, emocionado, a história do soldado da Brigada que escoltou minha chegada neste mundo, com segurança primordial.

Aroldo Medina

Papai e mamãe, Porto Alegre (RS), 1963.

Natália Medina e a proteção dos animais.

  Natália Medina, presidente do Grêmio Estudantil La Salle Canoas Soube hoje, às 21:00 horas, que minha filha Natália Medina foi denunciada,...