Memórias na Brigada e de um passado mais distante: vistoria em Passo Fundo (2010). Visitando uma pedreira "abandonada", encontrei uma gurizada tomando banho no lago formado dentro dela, onde a profundidade chega a 70 metros.
Chamei os guris para uma conversa, bem hospitaleiros explicaram que o lugar era "muito calmo" e estavam acostumados a brincar ali e que os pais tinham conhecimento e, aliás, também eram bons nadadores, a água era limpa e no verão, refrescante.
Quando eu era menino meu pai me deu uma arma, de verdade. Eu tinha uns 12 anos (1976). Era uma espingarda calibre 22, com capacidade para uma "bala". Papai explicou como funcionava o mecanismo. Deu uns tiros junto comigo e me entregou ela carregada. Quando eu ia sair para a minha primeira aventura armado, no campo da estância de minha vó Ilda, em São Gabriel, meu pai me chamou: "Aroldo. Nunca atire na direção de nenhuma casa e se certifique sempre que não há nenhuma pessoa na trajetória para onde apontares essa arma". Em toda minha vida, honrei a responsabilidade que papai depositou em minhas mãos.
Aroldo Medina
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