Hoje de manhã, estacionei o carro próximo da banca do meu amigo José dos Santos Nardes, o Kojak. Cheguei e me abanquei. O tendeiro estranhou. Em cinco anos que sou cliente dele foi a primeira vez que entrei no seu rancho e sentei. Fizeram-me sala, ele e a esposa Mobel. Fui direto. Perguntei o que estava acontecendo e disse que só sairia dali, depois de saber o motivo da sua preocupação.
Como se a Prefeitura de Novo Hamburgo não tivesse coisa mais importante para se preocupar, resolveu encrencar com os tendeiros instalados próximos do CTC Terra Nativa. Parece que a prefeita Fátima Daudt, esta incomodada com os tendeiros, porque ocupam uma área verde do município. Deduzo então que a prefeita já deve ter um projeto bem definido para ocupar de imediato, a faixa de domínio da rua Sapiranga, numa extensão de 500 metros de mato, em frente ao referido CTG, para mandar sua gente atormentar os tendeiros que estão ali há mais ou menos, vinte anos.
Dias atrás, li uma notícia no jornal NH que a prefeita tinha botado o pé na água, depois de uma enxurrada que lavou a cidade. Grande feito! Vai botar agora, o pé na jaca, mandando "tirar por tirar", os tendeiros da rua Sapiranga. O Kojak, o Careca e o Barbudo são trabalhadores bem humildes, tendeiros que nada mais fazem do que trabalhar de sol a sol, vendendo, principalmente, lenha e carvão para o churrasco de centenas de famílias que frequentam o local, em busca de produtos típicos da beira de estrada.
O primeiro estupro que ocorrer no matão da rua Sapiranga, pode botar na conta da atual administração da Prefeitura de Novo Hamburgo, pois, é o que vai acontecer depois da retirada dos tendeiros que povoam o local. É só uma questão de tempo, para esse prognóstico abominável acontecer, de mulheres indefesas serem atacadas por ali, porque o mato desabitado, numa larga extensão, voltará a ser um lugar ermo, propício ao crime, inclusive para a pratica de assaltos, com frequência bem maior do que ocorre hoje.
Outra consequência previsível: a paisagem das hospitaleiras bancas de hoje, será substituída por lixo jogado na beira desta via urbana. Antes do Kojak, do Careca e do Barbudo se instalarem ali como tendeiros, o mato era cheio de lixo.
Tendeiro Kojak: hospitalidade como marca registrada. |
Aroldo Medina
P.S. Vou continuar acompanhando o caso, mantendo meus leitores informados sobre as cenas dos próximos capítulos.
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