sábado, 28 de setembro de 2013

Hospital Independência de Porto Alegre. Aniversário.

Imagine um hospital 100% SUS no Brasil. A primeira imagem que surgiria em nossa cabeça, provavelmente, seria de um quadro caótico. Emergência lotada, macas pelos corredores, pessoas aguardando atendimento, familiares desesperados, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem sobrecarregados. Cena comum de ver nos noticiários de TV.

Este hospital existe e contraria todo o quadro acima descrito. E, pasmem, fica no RS, em Porto Alegre. Seu nome: Hospital Independência.

Depois de falir e fechar foi totalmente reformado, sem alarde, pela Prefeitura de Porto Alegre. As irmãs da Rede de Saúde Divina Providência atenderam a um chamado público e assumiram o hospital. Colocaram regras e sua filosofia de trabalho em prática que pode ser resumida em poucas palavras: amor ao próximo e respeito as pessoas, com 100% de honestidade na realização de todas as suas tarefas diárias.

O hospital comemorou hoje, discretamente, um ano de sua reabertura. As irmãs não são dadas a propaganda de sua obra. Preferem trabalhar. Reuniram uma equipe de saúde exemplar. Ali médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e funcionários do quadro geral formam um time focado em salvar vidas.

Quem entra no hospital fica impressionado com a limpeza de tudo e a tecnologia de equipamentos novos servindo a sociedade brasileira. Todos os quartos são equipados com camas eletrônicas, ar condicionado, TV digital e outros confortos para o paciente. Os banheiros são impecáveis. Além de muito limpos, sempre tem papel toalha e sabão líquido para lavar as mãos.

O Independência inovou no conceito de atendimento de emergência aberta. Não tem. Sua emergência é indireta. Atua como um hospital de retaguarda da rede SUS, em apoio aos outros hospitais, principalmente, prestando suporte ao HPS de Porto Alegre. 

Em outras palavras, a pessoa busca atendimento num hospital da rede SUS, onde baixa e, em função da gravidade do seu estado de saúde, o hospital pode solicitar sua transferência para o Hospital Independência que dispondo do leito, acolhe este paciente inscrito na central de leitos do SUS. Este modelo de atendimento é pioneiro no Brasil.

Quem não conhece, na prática, o seu funcionamento, poderia até tecer alguma crítica a inovação de não ter uma emergência aberta, mas esta crítica desaparece quando se observa a qualidade do atendimento médico prestado a população e as incontáveis vidas salvas neste sistema.

Penso até que este modelo pode ser multiplicado por todo o Brasil. Milhares de vidas serão salvas nestes hospitais 100% SUS, com padrão de atendimento particular dos melhores hospitais que conhecemos, sem dispensar um milímetro da filosofia de trabalho das irmãs da Sociedade Sulina Divina Providência e, não esquecer que os gestores públicos do município têm um papel determinante no sucesso deste modelo, provendo a estrutura do hospital.

Aroldo Medina
Major da Brigada Militar




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