quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Diário de Classe


Tenho solicitado aos alunos soldados do 9º BPM que façam uma redação, ao final de quase todas as aulas. Alguns jovens reclamam em tem que escrever tanto. Explico que é para o bem da própria turma. A redação estimula o raciocínio dos alunos. Permite que conheçam sua própria capacidade de escrever, óbvio.

Alerto que depois de formados serão chamados para atender ocorrências policiais onde terão que escrever boletins, contando histórias do que aconteceu, baseado no testemunho das pessoas. Fora da sala de aula, não raras vezes, escreverão suas narrativas em condições adversas, sob calor intenso ou mesmo frio, sol e chuva, sob tensão, onde exercitarão o auto controle que lhes foi ensinado através de instrução militar.

A redação, explico, também serve para conhecer a letra do aluno. A caligrafia parece que está sendo abandonada. A letra de forma, escrita a mão, é coisa rara. As moças costumam ter letras melhores, mais caprichadas. Devem passar esses cuidados com a forma, aos meninos.

As redações também serviram para conhecer um pouco da história de vida de cada aluno. Sugeri que escrevessem suas histórias pessoais. Na correção lingüistica dos trabalhos fui surpreendido e presenteado com belíssimas histórias de vida. Exemplo de bons brasileiros, muitos passaram por uma maratona de sacrifícios pessoais e familiares até chegarem nesse estágio de seu desenvolvimento pessoal e profissional. Essas histórias dão um livro de peso. Aliás tenho dormido com essa idéia na cabeça. Peço a Deus que me abençoe nesse objetivo. Editar a vida desses alunos e oferecer esta obra para o povo brasileiro.

Alea jacta est!

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