A correria das pessoas em compras de final de ano, mostradas pela TV e a popularidade do Papai Noel, em dezembro, me levaram a uma reflexão sobre o significado do Natal e a imaginar uma eleição para Presidente do Planeta Terra, no Ocidente, entre Jesus e o bom velhinho.
Naturalmente teríamos uma disputa polêmica, em função do perfil e do histórico dos candidatos. Duas bandeiras distintas: espiritualidade versus consumismo. De um lado a cigarra. A asa que quer o céu. Do outro, a formiga. A pata que se aferra ao chão.
Depois do início de uma campanha morna, com os candidatos trocando amabilidade, um distribuindo santinhos, o outro presentes, a coisa ia esquentar. Os comerciantes, interessados nas vendas, por mais cristãos que fossem não iriam permitir o crescimento de Jesus nas pesquisas eleitorais, vendo católicos e evangélicos unidos, pedindo votos para o Salvador. Correriam até o Comitê do Papai Noel carregando para ele, sacos de dinheiro, reunindo ainda equipes de vendas em suas lojas, dobrando as comissões.
Os cabos eleitorais de Jesus observando toda essa movimentação não perderiam tempo e o dízimo aumentaria 70 vezes sete. Padres e pastores assumiriam a coordenação de campanha, certificando-se de que realmente se tratava de Jesus, lhe pedindo alguns milagres. Ai de que não os fizesse e, mesmo fazendo, não faltará quem no Comitê de Jesus, não lhe chame de impostor, gerando uma crise de campanha, fazendo o diabo rir da situação.
Os povos do oriente vendo toda essa movimentação do ocidente, não deixariam por menos e lá também providenciariam numa eleição similar do seu representante. Provavelmente, lançariam Maomé e Buda. Os comunistas, liderados pela China, com apoio da Rússia, lançariam um candidato independente, para fazer oposição a toda essa corrente espiritualista, a fim de defender seus interesses econômicos.
De fato, o cenário imaginado é irônico e irreverente. Da mesma forma como parece hoje ser uma sátira, a perda do sentido e do espírito do Natal, na vida das pessoas. Elas são vistas, frenéticas e em transe coletivo, se acotovelando na 25 de Março, em São Paulo ou nas avenidas de Nova York nos EUA, comprando, comprando, comprando e, em filas nos shoppings das américas e no Brasil, preenchendo mecanicamente, cupons para ganhar prêmios. Ofendem-se no trânsito caótico de nosso país, sempre com pressa para chegar em qualquer lugar. Com pacotes se esbarram e seguem caminhando, sem pronunciar uma palavra de desculpas. Passado o frenesi, se arrependem com a chegada da primeira prestação, começando o ano novo, endividadas e mau humoradas.
Onde está o verdadeiro espírito de Natal? Será que foi soterrado pelo consumismo desenfreado? Ou se perdeu em nosso individualismo cego e sem limites. Urge pararmos para ouvir a voz da nossa própria consciência, despertando a memória de valores cultivados por nossos antepassados, longe de aparelhos celulares e computadores, muito úteis em nossas vidas, mas que podem nos desconcentrar e escravizar.
Nas noites de Natal, antes de abrir os presentes, devemos dar as mãos em família unida, brindar à saúde sorrindo e agradecendo tudo de bom que já ocorreu em nossas vidas, lembrando que a data é mais do que simplesmente consumir. O Natal é confraternizar, amar ao próximo, perdoar aqueles que nos tem ofendido e uma grande oportunidade de fazer renascer em nossos corações, valores cristãos, igualmente defendidos em outras religiões, para o bem e a paz de toda humanidade.
Aroldo Medina
Nossa base se fundamenta na educação. A força vem do caráter. Trabalhamos com independência e liberdade. Postamos aqui algumas de nossas idéias, pensamentos e ações, construindo um diário público para que as pessoas nos conheçam. Identifiquem nossos ideais e sintam-se a vontade para caminharmos juntos, na realização de nossos sonhos coletivos. Deus ilumine nosso caminho.
sábado, 31 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Pesquisa rápida: Papai Noel ou Jesus Cristo?
Se as eleições para Presidente do Planeta Terra, no Ocidente, fossem hoje, em quem você votaria?
Responda no rodapé deste blog a pesquisa disponível para votação até o dia 31 de dezembro de 2011.
Depois do resultado, comento o que me levou a esta reflexão no dia de hoje.
Aroldo Medina
Responda no rodapé deste blog a pesquisa disponível para votação até o dia 31 de dezembro de 2011.
Depois do resultado, comento o que me levou a esta reflexão no dia de hoje.
Aroldo Medina
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Memória por água abaixo.
A atual Defesa Civil é uma instituição destinada a agir na prevenção de desastres ou imediatamente após a sua ocorrência, para socorrer as pessoas atingidas. Sua origem remonta há mais de 50 anos. Apesar da sua idade e importância, a estrutura que dispõe no Brasil é pequena ao ser confrontada com o tamanho da sua missão e responsabilidade. Clama mais atenção e socorro das autoridades governamentais constituídas.
A natureza do seu trabalho está na capacidade dos seus gestores em estarem preparados para enfrentar qualquer adversidade global que atinja um grande número de pessoas, colocando a vida da população em risco. O preparo impõe ao gestor conhecer o problema valendo-se de um estudo científico. Este estudo precisa de uma base sólida de informações normalmente coletadas em fontes confiáveis que tenham estabilidade.
Em 2003, a equipe de gestores da Defesa Civil do Estado do RS, em parceria com a equipe de governo eletrônico da PROCERGS (Companhia de Processamento de Dados) desenvolveu um banco de dados online que registrava os principais dados relacionados aos desastres naturais ocorridos no RS, disponibilizando as informações, em um site criado na Internet (defesacivil.rs.gov.br). Qualquer pessoa podia consultar, por exemplo, quais os municípios atingidos por granizo ou qualquer outro fenômeno meteorológico, no período especificado. Os órgãos de imprensa se valiam muito deste canal de informação.
Dispensável discorrer sobre a importância de manutenção deste histórico e dos dados estatísticos, para a realização de qualquer planejamento sério de resposta a desastres.
Ao longo de 4 anos (2003/2006) esta página da Defesa Civil do RS esteve em contínuo processo de evolução e aperfeiçoamento, ao ponto de provocar, em 2006, a visita ao Palácio Piratini (sede da Defesa Civil Estadual) de um grupo de cientistas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) , interessados em adotá-la como modelo nacional. No período de (2007/2010) a página foi mantida e atualizada.
A nova página da Defesa Civil do RS, recentemente lançada, abandona um sistema de TI (Tecnologia de Informação) com 8 anos de práxis, colocando no ar um novo site que se limita a divulgação de notícias a partir de 01 de janeiro de 2011, dispensando um rol de informações variadas que o banco disponibilizava para consulta de qualquer pessoa, desde 2003. Uma importante memória preservada em fotos e notícias foi completamente removida, além de outros dados que também foram por água abaixo.
Precisamos amadurecer politicamente e entender que certas informações produzidas num governo, não são propriedade do Governo e sim, pela sua natureza, como é o caso da Defesa Civil, são informações de Estado. Portanto, sendo do interesse de toda população que não deve ser exposta a processos de disputas partidárias, teimosos em apagar memórias.
Felizmente, todos os dados armazenados na PROCERGS, órgão 100% confiável para guardar informações de Estado, em qualquer período, podem ser totalmente recuperados e, democraticamente, disponibilizados a todos. Basta apenas boa vontade política que o governador Tarso Genro pode determinar.
Aroldo Medina
Artigo transcrito do jornal ZERO HORA, publicado hoje, na página 17, com reportagem na página 34.
A natureza do seu trabalho está na capacidade dos seus gestores em estarem preparados para enfrentar qualquer adversidade global que atinja um grande número de pessoas, colocando a vida da população em risco. O preparo impõe ao gestor conhecer o problema valendo-se de um estudo científico. Este estudo precisa de uma base sólida de informações normalmente coletadas em fontes confiáveis que tenham estabilidade.
Em 2003, a equipe de gestores da Defesa Civil do Estado do RS, em parceria com a equipe de governo eletrônico da PROCERGS (Companhia de Processamento de Dados) desenvolveu um banco de dados online que registrava os principais dados relacionados aos desastres naturais ocorridos no RS, disponibilizando as informações, em um site criado na Internet (defesacivil.rs.gov.br). Qualquer pessoa podia consultar, por exemplo, quais os municípios atingidos por granizo ou qualquer outro fenômeno meteorológico, no período especificado. Os órgãos de imprensa se valiam muito deste canal de informação.
Dispensável discorrer sobre a importância de manutenção deste histórico e dos dados estatísticos, para a realização de qualquer planejamento sério de resposta a desastres.
Ao longo de 4 anos (2003/2006) esta página da Defesa Civil do RS esteve em contínuo processo de evolução e aperfeiçoamento, ao ponto de provocar, em 2006, a visita ao Palácio Piratini (sede da Defesa Civil Estadual) de um grupo de cientistas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) , interessados em adotá-la como modelo nacional. No período de (2007/2010) a página foi mantida e atualizada.
A nova página da Defesa Civil do RS, recentemente lançada, abandona um sistema de TI (Tecnologia de Informação) com 8 anos de práxis, colocando no ar um novo site que se limita a divulgação de notícias a partir de 01 de janeiro de 2011, dispensando um rol de informações variadas que o banco disponibilizava para consulta de qualquer pessoa, desde 2003. Uma importante memória preservada em fotos e notícias foi completamente removida, além de outros dados que também foram por água abaixo.
Precisamos amadurecer politicamente e entender que certas informações produzidas num governo, não são propriedade do Governo e sim, pela sua natureza, como é o caso da Defesa Civil, são informações de Estado. Portanto, sendo do interesse de toda população que não deve ser exposta a processos de disputas partidárias, teimosos em apagar memórias.
Felizmente, todos os dados armazenados na PROCERGS, órgão 100% confiável para guardar informações de Estado, em qualquer período, podem ser totalmente recuperados e, democraticamente, disponibilizados a todos. Basta apenas boa vontade política que o governador Tarso Genro pode determinar.
Aroldo Medina
Artigo transcrito do jornal ZERO HORA, publicado hoje, na página 17, com reportagem na página 34.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Defesa Civil do RS retrocede.
O noticiário de TV e as reportagens de jornais sobre os desastres naturais ocorridos nos últimos dias no Brasil e no próprio RS, levaram-me, ontem, a consultar a página da Defesa Civil Estadual gaúcha. Fiquei muito surpreso e lamentei, profundamente, verificar que retrocedemos num aspecto fundamental da estrutura de organização básica da Defesa Civil do RS: descartamos sua memória.
Em 01 de janeiro de 2003, assumi chefia na Defesa Civil do Estado, a convite de Germano Rigotto. Recebi carta branca do governador para desenvolver o trabalho. Formei uma equipe constituída pelo capitão Ilson Idalécio Marques Krigger, sargento Gilnei Bueno, sargento Marco Ariel Nunes Gonçalves e soldado Alexandre dos Santos Willand, este último, tecnólogo autodidata no processamento de dados e analista de sistemas.
O primeiro passo no Piratini foi fazer uma avaliação dos meios próprios que dispunhamos para trabalhar. Precários. Também constatei que não tínhamos memória virtual dos desastres no RS, nem tão pouco um banco de dados sobre eles. Existe uma prática nefasta na administração pública que ocorre, normalmente, com raríssimas exceções, no momento de transição dos governos: a memória dos computadores é deletada.
Imediatamente, determinei a minha equipe que iniciássemos a construção de um banco de dados sobre desastres no RS, com o desenvolvimento de um banco de dados "on line", disponível para consulta de todos, numa página de Internet. Passo seguinte, reuni com a equipe de governo eletrônico da PROCERGS (Companhia de Processamento de Dados do Estado do RS).
O resultado apareceu seis meses depois, com a ativação de uma página de Internet, armazenada na PROCERGS, onde passamos a lançar os dados e fotos de desastres, a partir dos relatórios (NOPRED e AVADAN)recebidos das prefeituras que decretavam situação de emergência, assim como fizemos um link com a Comunicação Social do Palácio, onde tínhamos uma jornalista designada, Edith Auler e, um fotógrafo, Alfonso Abrahan, para fazer a cobertura exclusiva de matérias relacionadas a Defesa Civil, lançando as notícias diretamente nesta página que mantivemos em contínuo processo de evolução.
Lembro como se fosse hoje, uma discussão que tive com o chefe do setor de informática do Palácio Piratini, Jair Dadaldi, quando ele soube que eu havia armazenado os dados na PROCERGS. Ele me questionou sobre esse procedimento, com censura, defendendo a tese de que os dados que gerávamos eram de governo e, portanto, deveriam ficar armazenados no Palácio. Discordei e disse que os dados de Defesa Civil não eram do Governo, mas sim do Estado e convidei-o para irmos conversar com o governador. Minha tese venceu e os dados permaneceram na PROCERGS, onde não se perdem mais, depois de serem salvos nos seus computadores.
Assim, formamos um importantíssimo banco de dados sobre desastres naturais, com informações relevantes, para a própria compreensão e planejamento de ações preventivas e prestação de socorro, baseadas no registro histórico destas ocorrências. O banco permitia, por exemplo, a consulta, por qualquer pessoa, de estatísticas sobre os diferentes tipos de desastres ocorridos no RS e, com seleção de período. Dispunha de dados sobre prejuízos econômicos e sociais, além de notícias e uma galeria de fotos. A imprensa gaúcha se valia com regularidade do site atualizado diariamente.
A página de Internet que construímos chegou a um nível de desenvolvimento e consistência de dados que chamou atenção de gestores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Uma equipe de cientistas visitou o Palácio Piratini, em dezembro de 2006, especialmente para conhecer o processo de desenvolvimento do banco de dados em questão, interessados em adotar o modelo, nacionalmente, pois, consideraram, naquela ocasião, nossa página, como a mais organizada e completa do Brasil, no registro de desastres regionais.
Todo esse cuidado, transparência e trabalho de constituição deste banco de dados científico, do interesse de toda sociedade, não está mais disponível para a consulta de qualquer pessoa, na atual página da Defesa Civil do Estado do RS. O fato é lamentável sob todos os aspectos que possamos imaginar.
Basta navegar pela atual página e se verifica que a memória da Defesa Civil do RS foi reiniciada em 01 de janeiro de 2011 e vem até a presente data. No dia de hoje registra 102 notícias. O que aconteceu antes e estava lá, centenas de notícias, fotos e outras informações relevantes, sumiram daquele espaço.
Digno de nota, assinalar que o gestor da Defesa Civil da Casa Militar da governadora Yeda Crusius, manteve inalterado o espaço, ao longo de seus quatro anos de governo, manteve a página atualizada, até mesmo com o mesmo layout, tratando as informações lá lançadas, como dados de Estado e não de Governo.
Creio que o governador Tarso Genro, não tem conhecimento desta iniciativa de integrantes de sua Casa Militar, pois, felizmente o autor da modificação assina sua obra, como se pode ler no final da página da atual da Defesa Civil do RS: "Desenvolvido por ATI/Casa Militar.
Urge, governador Tarso Genro, uma reavaliação deste cenário. O senhor é um homem de idéias e um gestor público de respeito.
Aroldo Medina
Em 01 de janeiro de 2003, assumi chefia na Defesa Civil do Estado, a convite de Germano Rigotto. Recebi carta branca do governador para desenvolver o trabalho. Formei uma equipe constituída pelo capitão Ilson Idalécio Marques Krigger, sargento Gilnei Bueno, sargento Marco Ariel Nunes Gonçalves e soldado Alexandre dos Santos Willand, este último, tecnólogo autodidata no processamento de dados e analista de sistemas.
O primeiro passo no Piratini foi fazer uma avaliação dos meios próprios que dispunhamos para trabalhar. Precários. Também constatei que não tínhamos memória virtual dos desastres no RS, nem tão pouco um banco de dados sobre eles. Existe uma prática nefasta na administração pública que ocorre, normalmente, com raríssimas exceções, no momento de transição dos governos: a memória dos computadores é deletada.
Imediatamente, determinei a minha equipe que iniciássemos a construção de um banco de dados sobre desastres no RS, com o desenvolvimento de um banco de dados "on line", disponível para consulta de todos, numa página de Internet. Passo seguinte, reuni com a equipe de governo eletrônico da PROCERGS (Companhia de Processamento de Dados do Estado do RS).
O resultado apareceu seis meses depois, com a ativação de uma página de Internet, armazenada na PROCERGS, onde passamos a lançar os dados e fotos de desastres, a partir dos relatórios (NOPRED e AVADAN)recebidos das prefeituras que decretavam situação de emergência, assim como fizemos um link com a Comunicação Social do Palácio, onde tínhamos uma jornalista designada, Edith Auler e, um fotógrafo, Alfonso Abrahan, para fazer a cobertura exclusiva de matérias relacionadas a Defesa Civil, lançando as notícias diretamente nesta página que mantivemos em contínuo processo de evolução.
Lembro como se fosse hoje, uma discussão que tive com o chefe do setor de informática do Palácio Piratini, Jair Dadaldi, quando ele soube que eu havia armazenado os dados na PROCERGS. Ele me questionou sobre esse procedimento, com censura, defendendo a tese de que os dados que gerávamos eram de governo e, portanto, deveriam ficar armazenados no Palácio. Discordei e disse que os dados de Defesa Civil não eram do Governo, mas sim do Estado e convidei-o para irmos conversar com o governador. Minha tese venceu e os dados permaneceram na PROCERGS, onde não se perdem mais, depois de serem salvos nos seus computadores.
Assim, formamos um importantíssimo banco de dados sobre desastres naturais, com informações relevantes, para a própria compreensão e planejamento de ações preventivas e prestação de socorro, baseadas no registro histórico destas ocorrências. O banco permitia, por exemplo, a consulta, por qualquer pessoa, de estatísticas sobre os diferentes tipos de desastres ocorridos no RS e, com seleção de período. Dispunha de dados sobre prejuízos econômicos e sociais, além de notícias e uma galeria de fotos. A imprensa gaúcha se valia com regularidade do site atualizado diariamente.
A página de Internet que construímos chegou a um nível de desenvolvimento e consistência de dados que chamou atenção de gestores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Uma equipe de cientistas visitou o Palácio Piratini, em dezembro de 2006, especialmente para conhecer o processo de desenvolvimento do banco de dados em questão, interessados em adotar o modelo, nacionalmente, pois, consideraram, naquela ocasião, nossa página, como a mais organizada e completa do Brasil, no registro de desastres regionais.
Todo esse cuidado, transparência e trabalho de constituição deste banco de dados científico, do interesse de toda sociedade, não está mais disponível para a consulta de qualquer pessoa, na atual página da Defesa Civil do Estado do RS. O fato é lamentável sob todos os aspectos que possamos imaginar.
Basta navegar pela atual página e se verifica que a memória da Defesa Civil do RS foi reiniciada em 01 de janeiro de 2011 e vem até a presente data. No dia de hoje registra 102 notícias. O que aconteceu antes e estava lá, centenas de notícias, fotos e outras informações relevantes, sumiram daquele espaço.
Digno de nota, assinalar que o gestor da Defesa Civil da Casa Militar da governadora Yeda Crusius, manteve inalterado o espaço, ao longo de seus quatro anos de governo, manteve a página atualizada, até mesmo com o mesmo layout, tratando as informações lá lançadas, como dados de Estado e não de Governo.
Creio que o governador Tarso Genro, não tem conhecimento desta iniciativa de integrantes de sua Casa Militar, pois, felizmente o autor da modificação assina sua obra, como se pode ler no final da página da atual da Defesa Civil do RS: "Desenvolvido por ATI/Casa Militar.
Urge, governador Tarso Genro, uma reavaliação deste cenário. O senhor é um homem de idéias e um gestor público de respeito.
Aroldo Medina
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Despachando no HBM.
Recebi na tarde desta sexta-feira, a agradável visita do sargento Humberto e do soldado Teixeira. Os militares trabalham no Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos.
O sargento Humberto é escrivão de um Inquérito Policial do qual sou encarregado. Liguei ontem para o prócer graduado e lhe pedi que me trouxesse o IPM, a fim de que pudesse finalizá-lo.
Por mais que a gente tente, não consegue desligar de obrigações funcionais pendentes, especialmente aquelas que tem prazo para conclusão, como é o caso dos processos disciplinares. O Humberto advertiu-me, educadamente, que a saúde deveria ficar em primeiro lugar. Expliquei que por mais que tentasse concentrar-me no tratamento, é praticamente impossível ficar em paz com a própria consciência, havendo justo um inquérito para ser concluído.
Finalizando o relatório pendente do IPM, neste final de semana, fico liberto para prosseguir o tratamento, em paz.
Major Medina
Doutor capitão Rafael Boer Nascente.
Rafael Boer Nascente é médico cardiologista da Brigada Militar. Ingressou na corporação em 2005. Esta lotado na Casa Militar do gabinete do Governador Tarso Genro, onde trabalha regularmente, sem deixar de cuidar dos seus pacientes no Hospital da BM.
O capitão Nascente é um jovem carismático, bem quisto por todos. Goza de prestígio junto aos seus pares e superiores, além de ser reconhecido também por seus subordinados. A equipe de enfermagem que trabalha no HBM, alia-se neste testemunho.
Encarregado do meu tratamento no hospital, não sossegou até encontrar o problema de saúde que levou-me a internação. Agora quer descobrir o que causou a trombose.
O Nascente honra a classe médica brasileira. Desejo-lhe muito sucesso e sinto-me honrado em sua companhia como oficial da BM.
Major Aroldo Medina
O serviço de enfermagem do HBM de Porto Alegre.
Gentileza é uma palavra que define bem o atendimento dos profissionais que trabalham no Hospital da BM, tanto o quadro militar como o civil.
Entre as empresas terceirizadas que atuam no HBM esta a Air Medic. Seus funcionários são bastante atenciosos e cuidadosos com os pacientes baixados.
Depois de 10 dias internado é natural fazer amizade com a enfermagem. Os moços e as moças são muito simpáticos. Normalmente entram no quarto sorrindo. Quem esta em tratamento no hospital colhe carinho e atenção, sentido-se quase em casa.
Entre as enfermeiras está a porto-alegrense Lisiane Doutrelepont, 10 anos de profissão, também conhecida como francesa, em função do seu sobrenome de origem européia. Em sua equipe de técnicos atua a mineira de Três Pontas (MG), Rosemere Aparecida Lopes, 23 anos, 2 anos de profissão, que adotou o Rio Grande do Sul como seu novo lar. Ambas são sinônimo de profissionalismo, simpatia e credibilidade da sua empresa, contratada pelo Hospital da BM.
Aroldo Medina
Novos exames médicos.
Hoje pela manhã, depois de jejum de 12 horas, fui levado pela equipe de enfermagem do andar onde estou baixado no HBM, para fazer novos exames médicos. Os exames requisitados pelo doutor Nascente foram uma ecografia do pescoço e outra abdominal. Depois fiz uma tomografia computadorizada do tórax e do abdômen. Os exames investigam a origem da trombose que sofri na veia sub-clave esquerda.
A aparelhagem do Laboratório de Imagens da Irradial, instalado no Hospital da Brigada Militar é bem moderna, conferindo grande confiabilidade no resultado dos exames. A equipe de funcionários da Irradial é bem atenciosa e profissional.
A experiência de passar pela tomografia computadorizada, com injeção de "constraste" na veia, exige disciplina emocional do paciente que é preparado, antecipadamente, com medicação antialérgica (prednisona).
Depois de ter afixado na veia do braço uma mangueirinha para receber o contraste, o paciente é conectado numa máquina que fará a injeção automaticamente.
Deitado numa esteira da máquina, o paciente é manuseado por uma técnica, com bastante gentileza, através de um protocolo de cuidados passo a passo. É feito um teste, injetando uma pequena quantidade do "contraste" na veia do paciente.
Não havendo reação alérgica e dor, o exame prossegue com a injeção automática, com grande pressão, de uma quantidade maior do líquido formado a base de iodo. Neste momento começa o teste emocional. Uma "quentura" percorre o braço e, em seguida o sujeito sente sua garganta e peito esquentarem bastante. Dá uma certa agonia, mas com um pouco de paciência a pessoa vai se acostumando com a sensação de aquecimento que arrefece após alguns minutos. O teste prossegue com o corpo sendo "escaneado" pela máquina.
Num outro ambiente, fica um tecnólogo na área de radiologia de imagens, operando um painel de instrumentos que controlam a máquina onde esta deitado o paciente.
A equipe da Irradial está de parabéns, pois, demonstram muito profissionalismo e aptidão no exercício do seu trabalho de apoio médico, associados ao fato visível de utilizarem aparelhos de tecnologia avançada.
A administração do Hospital da BM acertou 100% em fazer este tipo de parceria, com empresa do porte e credibilidade da Irradial, alcançando plenamente com esta ação, a meta de atender com qualidade e rapidez os membros da BM, atingidos por problemas de saúde.
Aroldo Medina
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Boletim Médico.
Recebi ontem, no final da tarde, a visita do doutor Rafael Nascente, capitão médico da Brigada Militar, responsável pelo meu tratamento no Hospital da BM. O dedicado doutor trouxe-me a notícia tão esperada. O último exame feito na Irradial, apontou por que acordei no final de semana retrasado, com meu braço esquerdo inchado, rígido e roxo.
O laudo da ressonância magnética feita com equipamento de última geração, transmitido pelo iPhone do doutor Nascente para meu e-mail durante sua visita, indicou uma trombose na veia "sub-clávia" que passa em baixo da clavícula do ombro do lado esquerdo. O doutor tranquilizou-me indicando o tratamento que costuma surtir efeito e afirmando a necessidade de realização de novos exames para diagnosticar agora, o que causou a trombose.
O resultado foi ainda confirmado, hoje, através da realização de um novo exame, uma ecografia com dopler, cuja imagem do equipamento e da própria veia obstruída, ilustra esta matéria.
A tecnologia eletrônica que dispomos hoje é impressionante, tanto para fazer os exames necessários, com confiabilidade e rapidez, assim como para fotografar com o celular, naturalmente, os procedimentos e, compartilhar aqui com os leitores do blog, essa caminhada pela saúde, presente na vida de todos.
Fraterno abraço,
Aroldo Medina
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Quarto 105 do Hospital da BM em Porto Alegre.
É onde estou alojado nestes últimos dias e onde permanecerei nos próximos. As instalações são adequadas, com boa infra-estrutura. O quarto é privativo.
O plano de saúde do IPE (Instituto de Previdência do Estado), combinado com a opção de pagamento voluntário do PAMES (Plano de Assistência Complementar), permite que a pessoa internada, tenha mais privacidade e conforto.
A equipe técnica de enfermagem é bem atenciosa e interessada na saúde do paciente que é atendido por quadro de trabalhadores da Brigada e de empresas terceirizadas que prestam serviços para o hospital.
Normalmente estou no quarto, exceto quando sou levado para fazer exames, dentro ou fora do HBM. O horário de visita é livre das 08:00 às 22:00 horas. O telefone do quarto é (51) 3288 3613.
Aroldo Medina
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Ressonância magnética: nova experiência.
Hoje fiz nova ressonância magnética. O exame é power! Alta tecnologia. Foi no Laboratório da Irradial, instalado junto ao Hospital Beneficência Portuguesa, no Centro Histórico de Porto Alegre. No local há também o Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul.
Novo passeio de ambulância. O transporte especializado é norma para quem está baixado. O Hospital da BM tem duas. Uma baixada e a outra, em funcionamento, sem ar condicionado. Podia ganhar uma nova. Melhor duas, uma para Porto Alegre e outra para o Hospital da BM, em Santa Maria.
O exame que fiz na Irradial, comparando com o anterior, feito na Radicom, pareceu-me mais completo e complexo. O protocolo de manuseio do paciente foi mais cuidadoso. Exemplifico. Respondi entrevista e preenchi formulário por escrito, inclusive, assinalando ciência de que o exame oferece certo grau de risco, em função da injeção de contraste na veia. Vesti roupa, calçado e touca descartáveis, fornecidos pelo laboratório. O equipamento também era mais moderno. Permaneci mais tempo sendo examinado.
Dentro da máquina a sensação não foi diferente da primeira experiência. De viagem fantástica. Campo fechado. Ar frio soprando. Zumbidos, zunidos, buzinas, estalos fazem os tímpanos protegidos por protetores auriculares, vibrarem de emoção. O som alternado dentro do cilindro, em dados momentos lembra muito o som de um compressor de ar ligado.
A melhor maneira de enfrentar o desafio, ratifico, é manter a calma e usar a criatividade para CURTIR o momento, quem sabe até tentando tirar um cochilo, em meio ao bombardeio de sons de raios semelhantes aqueles que ouvimos na trilha sonora de filmes de ficção científica.
Enquanto aguardava na recepção, antes de ser atendido, ouvi a recepcionista atender o telefone e perguntar para os clientes que ligavam: "- A senhora tem alguma fobia? Claustrofobia?" Informando ainda que o exame podia ser feito com sedação que custava R$ 300,00, desde que o médico solicitasse. O que levou-me a pensar: o "Bicho Papão" anda mesmo a solta por aí!
domingo, 11 de dezembro de 2011
Ressonância Magnética não é o "Bicho Papão".
Quinta-feira passada, dia 09/12, estava deitado na minha cama elétrica, no quarto 105 do Hospital da BM quando um homem de branco entrou e anunciou: "- Seu Medina! Vou levá-lo para fazer um exame fora do hospital. Vamos de ambulância."
Cheguei na RADICOM, da Érico Veríssimo, duas da tarde. A escolta brigadiana me entregou, junto com uma planilha, com capa de madeira, recheada de papéis, para duas moças da clínica. Sentei e esperei o atendimento. Enquanto aguardava, conversei com minha filha pelo celular.
Fui chamado. Levantei e segui minha guia, a técnica em radiologia Talita, atenciosa e muito gentil, até a sala onde faria o exame.
Logo ao entrar, uma geringonça de designe futurista apareceu, imponente, em minha retina. A máquina de ressonância magnética era uma novidade para o gaúcho de Santana do Livramento.
A técnica acomodou-me na língua do monstro que me sugou para dentro. A boca do Papão é desdentada como a minha. Seu hálito é fresquinho. Tem formato cilíndrico. O espaço é restrito. O show começa quando o monstro começa a roncar. Aí, literalmente, o bicho pega. O Gepeto baixa e quer logo que apareça um Pinóquio para coçar a barriga do monstro e ele te cuspir. Se o capitão Nascimento chega nessa hora, ele vai gritar: "- Pede pra sairrr!!!" E, a maioria vai pedir.
O exame exige disciplina do paciente. Auto controle. O ambiente fechado, o som alto que se alterna lá dentro e a percepção de um rotor funcionando como a hélice de um helicóptero, forma no cilindro, um ambiente tenso para um expressivo número de pessoas. Muitas terminam entrando em pânico durante o exame, de acordo com o testemunho de profissionais que atuam nos controles da máquina. Este fenômeno é ainda ampliado porque vários pacientes já chegam amedrontados pelo relato de outras pessoas que são submetidas ao aparelho.
Tamanho é o pavor que se instala em muitas pessoas que só conseguem fazer o exame, sedadas. Crianças, dificilmente, encaram o desafio sem sedativo.
O segredo está em manter a calma durante o período em que a eficiente máquina está escaneando nosso corpo a procura dos males que importunam nossa saúde. Esqueça o ambiente, mantenha os olhos abertos e se concentre nas imagens que o som desperta em sua mente, procurando analisá-las e compreendê-las. Depois conte, com bom humor, a peripécia aos parentes e amigos.
Por exemplo, enquanto eu estava lá dentro, o ambiente pareceu-me um caixão de luxo, forrado com fino tecido. Enterrado vivo pensei que um telefone celular poderia ser útil para me comunicar com o "Mundo dos Vivos", lá fora. Cruzes!
Depois lembrei da trilha sonora de filmes de ficção científica e da hora em que as naves disparavam seu raio laser.
Terminei imaginando um conjunto de rock metal tocando na porta do cilindro que me engolia e que os DJs devem adorar o exame, pois, o ritmo da ressonante máquina deve lhes inspirar boas trilhas.
Enquanto viajava nos pensamentos o exame terminou e o monstro, irreverente, meteu a língua para fora da sua boca, onde encontrei a gentil Talita me esperando.
Aroldo Medina
sábado, 10 de dezembro de 2011
Acidente Vascular
Final de semana passado, acordei com o braço esquerdo bastante rígido, inchado e com uma coloração roxa. Parecia mais pesado e quente, um pouco dormente e estava dolorido. Pensei que pudesse ter dormido sobre ele e amassado seu tecido. Esperei algumas horas antes de procurar atendimento médico.
Domingo, dia 04/12, no final da tarde, fui até o HPS de Porto Alegre. A fila de espera era grande. Fui alertado que poderia levar de 4 a 5 horas para o médico me atender, em função da quantidade de pessoas na minha frente. Resolvi então ir até o Hospital da Brigada Militar, onde fui prontamente atendido.
Examinado pelo médico, ele levantou a hipótese de trombose e requereu uma tomografia computadorizada que não pode ser realizada porque eu havia tomado um medicamento (cloridrato de metformina) para diabetes que impedia a realização do exame com a injeção de contraste. Diante desse quadro, outro médico que estava assumindo o plantão, optou por me baixar no hospital, onde permaneço até a presente data, por enquanto, sem previsão de alta.
Durante esta semana que passou fiz vários exames, mas ainda não foi possível determinar o que causou o enrijecimento do meu braço esquerdo e uma espécie de edema no tórax, do lado esquerdo.
A medicação recebida, injeções de enoxaparina sódica(um anti-coagulante) e de insulina, estão surtindo efeito, pois, estou me sentindo melhor. O braço e o toráx quase não doem mais e o movimento do braço está quase 100% recuperado.
O médico que conduz meu tratamento no hospital é o zeloso capitão Rafael Nascente, um jovem cardiologista, de promissora carreira. Um profissional de elevado gabarito que honra a classe médica brasileira e a própria Brigada Militar.
Um fato curioso nesta minha passagem pelo HBM-POA são as injeções na barriga. Até o presente momento já foram 40 (22 de enoxaparina e 18 de insulina). Um recorde para mim. É a primeira vez que tomo ambos medicamentos.
Agradeço, comovido, a todos meus familiares, amigos e colegas de caserna pelas visitas e manifestações de apoio moral e espiritual que rebeci durante esta semana.
Retribuo a todos, com as mesmas energias positivas e votos de saúde, junto com todo reconhecimento devido a equipe de médicos, enfermeiros e funcionários do Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre que cumpre, com muito profissionalismo e dedicação, sua grande missão de cuidar da saúde da família brigadiana. Que Deus os ilumine e guarde, ao lado de Jesus e de toda corte celestial que zela pelo nosso planeta.
Um grande e fraterno abraço a todos!
Aroldo Medina
Nota: saindo para fazer um exame (ressonância magnética), na quinta-feira passada (08/12/11), encontrei dentro da ambulância, o tenente-coronel RR, Gastão Juarez Viegas, ao lado do filho. Um encontro muito agradável, apesar das circunstâncias. Eu e o TC Gastão servimos juntos no Museu da BM. Um grande Chefe! Amigo e humanitário.
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