A atual Defesa Civil é uma instituição destinada a agir na prevenção de desastres ou imediatamente após a sua ocorrência, para socorrer as pessoas atingidas. Sua origem remonta há mais de 50 anos. Apesar da sua idade e importância, a estrutura que dispõe no Brasil é pequena ao ser confrontada com o tamanho da sua missão e responsabilidade. Clama mais atenção e socorro das autoridades governamentais constituídas.
A natureza do seu trabalho está na capacidade dos seus gestores em estarem preparados para enfrentar qualquer adversidade global que atinja um grande número de pessoas, colocando a vida da população em risco. O preparo impõe ao gestor conhecer o problema valendo-se de um estudo científico. Este estudo precisa de uma base sólida de informações normalmente coletadas em fontes confiáveis que tenham estabilidade.
Em 2003, a equipe de gestores da Defesa Civil do Estado do RS, em parceria com a equipe de governo eletrônico da PROCERGS (Companhia de Processamento de Dados) desenvolveu um banco de dados online que registrava os principais dados relacionados aos desastres naturais ocorridos no RS, disponibilizando as informações, em um site criado na Internet (defesacivil.rs.gov.br). Qualquer pessoa podia consultar, por exemplo, quais os municípios atingidos por granizo ou qualquer outro fenômeno meteorológico, no período especificado. Os órgãos de imprensa se valiam muito deste canal de informação.
Dispensável discorrer sobre a importância de manutenção deste histórico e dos dados estatísticos, para a realização de qualquer planejamento sério de resposta a desastres.
Ao longo de 4 anos (2003/2006) esta página da Defesa Civil do RS esteve em contínuo processo de evolução e aperfeiçoamento, ao ponto de provocar, em 2006, a visita ao Palácio Piratini (sede da Defesa Civil Estadual) de um grupo de cientistas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) , interessados em adotá-la como modelo nacional. No período de (2007/2010) a página foi mantida e atualizada.
A nova página da Defesa Civil do RS, recentemente lançada, abandona um sistema de TI (Tecnologia de Informação) com 8 anos de práxis, colocando no ar um novo site que se limita a divulgação de notícias a partir de 01 de janeiro de 2011, dispensando um rol de informações variadas que o banco disponibilizava para consulta de qualquer pessoa, desde 2003. Uma importante memória preservada em fotos e notícias foi completamente removida, além de outros dados que também foram por água abaixo.
Precisamos amadurecer politicamente e entender que certas informações produzidas num governo, não são propriedade do Governo e sim, pela sua natureza, como é o caso da Defesa Civil, são informações de Estado. Portanto, sendo do interesse de toda população que não deve ser exposta a processos de disputas partidárias, teimosos em apagar memórias.
Felizmente, todos os dados armazenados na PROCERGS, órgão 100% confiável para guardar informações de Estado, em qualquer período, podem ser totalmente recuperados e, democraticamente, disponibilizados a todos. Basta apenas boa vontade política que o governador Tarso Genro pode determinar.
Aroldo Medina
Artigo transcrito do jornal ZERO HORA, publicado hoje, na página 17, com reportagem na página 34.
Nossa base se fundamenta na educação. A força vem do caráter. Trabalhamos com independência e liberdade. Postamos aqui algumas de nossas idéias, pensamentos e ações, construindo um diário público para que as pessoas nos conheçam. Identifiquem nossos ideais e sintam-se a vontade para caminharmos juntos, na realização de nossos sonhos coletivos. Deus ilumine nosso caminho.
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Em complemento ao que li aqui quero acrescentar que na virada do ano 2002/2003, assumi serviço de plantão no Centro de Operações da Defesa Civil do RS, início do Governo Germano Rigotto. A sede do CODEC fica no 3° andar do Palácio Piratini, em Porto Alegre.
ResponderExcluirPassou-me o serviço, um colega, sargento da BM, como eu, na ocasião. Durante o ato, entregou-me um CD, gravado com dados da DC. Afirmou que recebeu ordens para deletar aquele banco de dados, na transição de governo, porém disse que deixou de fazê-lo, em respeito ao povo gaúcho.
Tânia Maria Sausen foi a geógrafa que junto com outros colegas seus do INPE visitaram o Palácio Piratini, em dezembro de 2006, para conhecer o processo de desenvolvimento do banco de dados que sumiu do atual site da Defesa Civil Estadual.
A pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, na ocasião, se referiu ao nosso site como: “- O mais completo e organizado banco de dados online sobre desastres naturais do Brasil”.
Portanto, não cola a desculpa de que o site foi retirado do ar, por ser obsoleto.
Outro ponto que carece retificação é que estando o banco de dados armazenado na PROCERGS, bastava o gestor de Defesa Civil do Governo Tarso Genro, cadastrar uma nova senha de administrador do site, na Companhia de Processamento de Dados do ESTADO do RS e, dar continuidade ao trabalho, sem ranços políticos partidários.
Marco Ariel Nunes Gonçalves
Tenente da Brigada Militar