Nossa base se fundamenta na educação. A força vem do caráter. Trabalhamos com independência e liberdade. Postamos aqui algumas de nossas idéias, pensamentos e ações, construindo um diário público para que as pessoas nos conheçam. Identifiquem nossos ideais e sintam-se a vontade para caminharmos juntos, na realização de nossos sonhos coletivos. Deus ilumine nosso caminho.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Luna
Há dez dias atrás, dois mascotes aqui de casa, a Luna e o Toby, uma golden retriever de 3 anos e um RND (raça não definida), popular vira-latas de 11 anos, extraviaram-se. Fugiram de casa. "Alguém" esqueceu o portão aberto e os pulguentos se foram. A tristeza bateu geral. Diligências foram imediatamente desencadeadas. Motorizados, saímos a procura dos caninos. Horas de busca, nada.
Terça-feira passada, após três dias desaparecido, o Toby surgiu no portão de casa. A Janaína, nossa ajudante de ordens doméstica, deu o alarme. A alegria pegou todos que estavam em casa. A volta do "filho perdido" foi comemorada.
Hoje, aconteceu o inesperado. Minha irmã recebeu uma ligação telefônica, à cobrar. Resultado de uns cartazes que ela espalhou pela vizinhança divulgando que havíamos perdido nossa cachorra. No cartaz colocou seu telefone celular. -"Encontraram a Luna", disse após encerrar a chamada, no popular aparelho.
O rapaz que ligou, Uilliam Guilherme Rodrigues, deu o endereço para onde levara a cadela que encontrara na frente do supermercado onde trabalha, o Todo Dia, localizado ao lado da Estação Mathias Velho do Trensurb. Explicou que viu a cachorra e umas pessoas ao redor dela especulando seu valor. Constatavam que estava perdida. Determinado, o Uilliam ligou para sua irmã e perguntou se ela queria uma cachorra. Com a resposta afirmativa que recebeu, entrou no meio da roda e resgatou a Luna levando-a para a casa da irmã que lhe deu o nome de Luci.
Os dias passaram e um amigo do Uilliam ligou para ele e disse: -"Uilliam o nome dela não é Luci é Luna"!
Paramos em frente da casa da irmã do Uilliam, a Joise, na rua Guaporé, em Canoas e, minha irmã, eufórica, tentando abrir a porta antes mesmo do veículo parar, gritou: "-É a Luna".
Depois das apresentações e dos afagos, perguntei ao Uilliam quanto lhe devia. O funcionário do Todo Dia, respondeu: -"Não deve nada. Se tirarem uma cria dela, aceito um filhote". Prevendo que sua resposta poderia ser esta, por tudo que acontecera até aquele momento, levei um arranjo de vinhos numa sacola de couro, um Reservado e um Emiliana, dois vinhos chilenos de boa qualidade e presenteei os salvadores da Luna. Gostei de ver que apreciaram o gesto.
Voltamos com a Luna no porta malas da velha camioneta. Olhei para a Adriana, emocionada, e disse que tirava o chapéu para ela. Jamais poderia imaginar que uma dúzia dos seus cartazes, preto e branco, a cadela é cor caramelo, espalhados pela redondeza, pudesse surtir efeito. Também exclamei a seqüência de acontecimentos que trouxeram a Luna de volta para casa. A Adriana disse, peremptória, que não era só uma "seqüência de acontecimentos ao acaso". Questionei-lhe a respeito e ela sentenciou: "- Fiz uma promessa para Nossa Senhora Aparecida, no dia que o Toby voltou para casa".
Deus seja louvado! Sempre, ao lado de toda sua corte celestial, comandada em nosso planeta pelos grandes profetas Jesus e Maomé. Deus ilumine o caminho do Uilliam e de toda sua família, gente de índole elevada, brasileiros de alto quilate moral e espiritual.
O Toby e a Luna estão em casa. Ganharam coleiras novas, com identificação. Andam bem faceiros, ao lado da Ísis, filha da Luna, abanando o rabo até para a Xispa, a gata que é a sombra da minha mãe.
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Quando eu cheguei em casa hoje, de volta do colégio, minha avó eufórica me disse que meu pai estava extremamente chateado comigo. Mandou eu ir na peça onde ele se encontrava. Prontamente fui até o local. Mas a pergunta que não queria calar era: - "O que será que eu tinha feito de errado!?"...
ResponderExcluirAbri a porta da peça e tive a melhor surpresa de todas que eu poderia ter. Lá estava a Luna, nossa fiel companheira. Fiquei muito emocionada com o reecontro. Eu já tinha perdido a esperança de reencontrá-la. Mas como diz aquele antigo ditado: - "A esperança é a última que morre".
E graças a minha tia que, voluntariamente, pelo seu amor que ela tem pela nossa cachorra, espalhou alguns cartazes pelo bairro, em busca da nossa querida amiga. E, para nossa surpresa reencontramos a Luna, graças a um jovem de bom coração que nos devolveu ela, em perfeito estado.
É homens como o Uilliam que a sociedade precisa. Com caráter, honestidade e personalidade. Infelizmente a sociedade esta carente de pessoas assim.
Algumas perguntas ainda ficaram no ar. Entre elas: - Será coincidência como tudo aconteceu? Houve ajuda do Mundo Espiritual? Ou foi somente uma atitude do bom rapaz? Ou terá sido uma sucessão de atitudes? Acho que tudo ao mesmo tempo pode ter acontecido. Mas o fato principal é que a Luna voltou para sua casa e esta novamente aqui conosco, sã e salva.