quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BM 172 anos



Na vida dos gaúchos há 172 anos, a Brigada Militar está presente em todas as cidades do RS. São pouco mais vinte mil homens e mulheres na ativa, para guardar pela segurança pública de mais de 10 milhões de pessoas que habitam e visitam nosso Estado. Não incluí nesta conta, os recém incorporados novos alunos soldados, porque precisam estar devidamente formados para serem contabilizados, como escudo de defesa de nossa sociedade.

Do soldado ao coronel, todos exercem um papel determinante na manutenção da ordem pública, fator imprescindível para o desenvolvimento social e econômico do RS. No dizer do professor Voltaire Schilling, exerce a BM uma força magnética social, pouco observada, de manutenção da unidade de nosso território, desde que foi criada. Precisa ser melhor estudada. O livro mais conhecido que relata sua história data de 1972, “Crônica da Brigada Militar”, de Hélio Moro Mariante. O trabalho policial é um manancial de conhecimento ainda pouco explorado. Nossas universidades podem se constituir em laboratórios com excelentes credenciais para fomentar esses estudos.

Historicamente é uma força pública disciplinada para o bem do Rio Grande. Foi criada ainda no Império, em 18 de novembro de 1837, pelo presidente da Província de São Pedro, Antônio Elzeário de Miranda. Atuou em praticamente todos os conflitos internos ocorridos no Brasil desde então, até a presente data. Não combateu os Farrapos. Lutou na Guerra do Paraguai, contra Solano Lopez. Na sangrenta Revolução Federalista estava presente. Não se ausentou nas refregas intestinas da década de 20, nem tão pouco nas agitações do Estado Novo, em 1930. Em 1961, evidenciou-se nacionalmente pela Legalidade, sob a liderança do governador Leonel Brizola. Na Revolução de 64 cumpriu o que a Constituição lhe reservava: a manutenção da ordem pública, não lhe sendo imputada a tortura de nenhum preso político. Finda sua fase bélica e de transição, entra na sua fase policial, no início da década de 70.

Dos anos 70 até a presente data, bate-se na condição de polícia, ao lado de instituições co-irmãs, contra os inimigos da sociedade: os bandidos que não respeitam o patrimônio e a vida dos gaúchos e, tão pouco a vida dos policiais. O sangue brigadiano continua sendo derramado, pela preservação dos ideais inscritos em nossa bandeira: liberdade, igualdade e a buscada fraternidade entre os homens. Sua força e Justiça Militar, ao lado do Poder constituído de outras instituições civis é garantia do Estado Democrático de Direito.

A Brigada percorreu um longo caminho até aqui, cometendo erros e acertos nessa jornada. A honra dos seus homens e mulheres de outrora e de hoje é um patrimônio histórico e cultural que não pode ser alienado. É a base da confiança que os gaúchos nela depositam. Entre seus grandes desafios estão: a defesa incondicional da sociedade; a valorização profissional e salarial permanente dos seus efetivos, do soldado mais moderno ao coronel mais antigo; seu desenvolvimento tecnológico; o combate a corrupção e a violência policial, onde quer que ocorram.

Como presente de aniversário, seus componentes poderiam dar a si mesmos, uma fatia generosa de união e solidariedade. Deus ilumine a Brigada Militar.

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