Nossa base se fundamenta na educação. A força vem do caráter. Trabalhamos com independência e liberdade. Postamos aqui algumas de nossas idéias, pensamentos e ações, construindo um diário público para que as pessoas nos conheçam. Identifiquem nossos ideais e sintam-se a vontade para caminharmos juntos, na realização de nossos sonhos coletivos. Deus ilumine nosso caminho.
sábado, 30 de janeiro de 2010
A fazenda do 3º RPMon.
Compareci hoje pela manhã, na cidade de Passo Fundo, para fazer uma vistoria na fazenda do 3º Regimento de Polícia Montada da BM. O trabalho decorre do término do convênio entre a Brigada Militar e a Fundação BM que administrava o imóvel desde 2004.
A primeira pessoa que encontrei na cidade foi o major Jair Euclésio, nativo da região. Embora estando de férias, gentilmente me atendeu com a hospitalidade que lhe é peculiar. Aproveitei para iniciar o resgate das memórias da fazenda do 3º RPMon.
Os trabalhos pelo Departamento de Logística e Patrimônio da BM prossseguem amanhã durante o dia, quando iremos continuar conhecendo a propriedade rural que fica as margens da BR 285, bem próxima da zona urbana da cidade.
Acompanham-me o sargento Marco Ariel Nunes Gonçalves e o sargento José Carlos Barros.
Relatoria: major Medina.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Medalha do Tribunal Militar do RS
Recebi hoje, no salão nobre do TJM-RS, em Porto Alegre, a Medalha e o Diploma de Reconhecimento do Tribunal de Justiça Militar "Grau Distinção", das mãos do seu presidente coronel Sérgio Antônio Berni de Brum, na presença de membros da egrégia corte militar.
O coronel Brum, em nome de seus pares, agradeceu-me a defesa que faço, incondicional, da manutenção da Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul.
Tramita proposta para sua extinção que se por acaso ocorrer, sob a sombra da sua queda, também sepultaremos a própria disciplina castrense, para o bem de policiais que viram bandidos.
Senti-me honrado com a lembrança e a distinção. Aumenta minha responsabilidade moral com a sociedade, a Brigada e a Justiça Militar.
Senti falta da minha filha Natália, 13 anos, na singela cerimônia. Um desencontro de última hora impediu seu comparecimento.
Foto: sargento Marco Ariel Nunes Gonçalves.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Que Defesa Civil o RS necessita
A reportagem de Itamar Melo e Marcelo Gonzatto publicada hoje em Zero Hora é muito precisa.
Trabalhei quatro anos na Defesa Civil do Estado do RS, no período de 2003 à 2006, à convite do governador Germano Rigotto.
Foi uma experiência ímpar. Conheci dezenas de municípios na hora mais difícil quando eram atingidos por desastres naturais. Éramos 31 policiais militares designados para essa missão. Podíamos ser 50 e, ainda assim, teríamos muito trabalho a fazer.
O papel da Defesa Civil do Estado é socorrer as populações atingidas por desastres naturais ou causados pelo próprio homem. É ela que deve coordenar o trabalho de socorro as vítimas e mobilizar todos os meios necessários para que este socorro seja pronto e rápido.
A Defesa Civil do Estado deve atuar em parceria com a Defesa Civil do município, se ela existir e a própria Defesa Civil Nacional. Outros atores que são indispensáveis no teatro de operações de socorro as vitimas de desastres são as prefeituras e os corpos de bombeiros locais.
As memórias que tenho desse período são inúmeras. O assunto é amplo e complexo. Melhor seria escrever um livro. Mas vou abordar neste momento, o que acho mais útil para colaborar com essa pauta de ZH.
O Fundo Estadual de Defesa Civil já deveria existir há muito tempo no RS. Na gestão da qual participei, tentamos criá-lo mais de uma vez. O último processo para constituí-lo ainda deve estar aberto. Fomos vencidos. Não conseguimos fazê-lo. Gestões anteriores também tentaram, ao que sabemos, mas também falharam. A atual gestão, provavelmente, também não mudará esta triste história.
Como se pode deduzir então, fazer Defesa Civil sem orçamento é uma fábula. O lead da matéria escrita por Itamar Melo e Marcelo Gonzatto é uma realidade bem concreta: "Falta de dinheiro para ações preventivas, equipamentos precários e amadorismo expõe o país a prejuízos e mortes frente a inundações, deslizamentos e vendavais".
A criação de novas regionais da Defesa Civil, no interior do RS, é outra história antiga, assim como a idéia de criar o Centro de Estudos e Pesquisa de Desastres, em nosso Estado. Como o Fundo Estadual de Defesa Civil, só devem sair do papel quando tivermos um astronauta, em Marte.
Gostaria de estar errado nesse prognóstico. Mas o histórico dessas iniciativas, atesta constantes protelações, escrevendo uma história de dúvidas, incertezas e ironias.
Certa ocasião, convenci o chefe da Casa Militar, coronel Reuvaldo Vasconcelos de me deixar ir a Brasília para tentar uma emenda de bancada, objetivando destinar recursos para estruturarmos melhor a Defesa Civil do RS. Arrojado, o coronel Vasconcelos me autorizou.
Em Brasília, no Congresso Nacional, em 2005, fui de porta em porta. Percorri gabinete por gabinete de nossa bancada gaúcha, com 31 deputados federais. Falei com 30 deles, mais nossos três senadores, Simon, Paim e Zambiazi. Só não fui recebido pela deputada Maria do Rosário, embora tenha sido super bem recebido pelo pessoal do seu gabinete.
Cézar Schirmer (PMDB), Onyx Lorenzoni (PFL), Orlando Desconsi (PT), Beto Albuquerque (PSB), Wilson Signatti (PMDB), Júlio Redecker (PSDB), Luciana Genro (PSOL), Adão Pretto (PT), Luis Carlos Heinze (PP), Pompeo de Matos (PDT), são alguns de nossos deputados que empenharam-se com destaque para referendar uma emenda de bancada destinando recursos a nossa Defesa Civil Estadual, inclusive, num ano que sofremos muito com uma estiagem prolongada.
A emenda ao orçamento da União foi aprovada pela nossa bancada, por maioria absoluta, embora, na ocasião, o deputado Darcísio Perondi (PMDB) se empenhasse para barrá-la. Chegamos até mesmo a bater boca numa reunião de deputados, eu defendendo a emenda e ele, propondo sua retirada. O deputado Beto que coordenava a reunião da bancada nesta ocasião, entrou em campo, dividiu a bola e, aprovou a emenda, para o bem dos gaúchos.
Esta emenda chegou a R$ 40 milhões de reais, na comissão mista do orçamento da União. O dinheiro seria investido na compra de camionetas especiais, tipo pick up, equipadas, inclusive com estações meteorológicas portáteis, para a Defesa Civil do Estado do RS, caminhões pipa, rádios transmissores de alta potência, radares e estações agro-metereológicas automáticas, com funcionamento via-sattélite e obras de combate a seca.
Mas o deputado Perondi, enfiou-se na comissão mista, representando a bancada gaúcha e soterrou este projeto. Estaríamos hoje, num outro patamar de estrutura de Defesa Civil no RS, não fosse mais esse final infeliz.
Uma obra da qual me orgulho é ter constituído a atual página da Defesa Civil de nosso Estado e ter colocado sua memória sob a proteção da PROCERGS, para não ser deletada, como praxis, no final de governos. Até assumirmos a Defesa Civil no Governo Rigotto, a Defesa Civil não tinha memória. Havia se perdido.
Avalisado pelo governador, levei para trabalhar comigo na Defesa Civil, Alexandre dos Santos Willand, soldado da BM, desenvolvimentista de software, Marco Ariel Nunes Gonçalves, cabo da BM, Gilnei Bueno, sargento da BM e, o capitão Ilson Krigger, qualificadíssimos policiais militares. Em parceria com a PROCERGS, através da sua equipe de governo eletrônico, desenvolvemos um banco de dados "on line" sobre desastres naturais no RS e uma página de Internet, cuja organização chamou atenção do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Cinco cientistas do INPE vieram a Porto Alegre para conhecer nosso trabalho, no final de 2006, a fim de desenvolver um Sistema Nacional de Controle de Desastres. Mas o governo Rigotto já estava no fim, a governadora Yeda assume e, como de fato não participamos de sua campanha, fomos todos exonerados. Assim, nossa participação no projeto de desenvolvimento desse sistema que começávamos embalar, em parceria com o INPE, foi também enterrado.
Essas, são apenas algumas memórias de nosso trabalho na Defesa Civil do Estado do RS, entre muitas outras em que atuamos, como por exemplo: a criação por decreto estadual, de um uniforme regional de Defesa Civil, em setembro de 2003; o ciclone Catarina que atingiu Torres, em 2004; o enfrentamento de tremores de terra em Nova Prata e Caxias do Sul, em 2005; vistoria in loco de mais de mil propriedades rurais atingidas por desastres, localizadas em mais de 300 municípios, sempre acompanhados pelos aguerridos e qualificadíssimos técnicos da EMATER (2004/2005); escorregamento de Morro, em Arroio do Padre, município de Itati; constituição de uma força tarefa para administrar as consequências do desastre ambiental ocorrido no rio dos Sinos, em outubro de 2006, etc.
Sonho com o dia de uma Defesa Civil mais equipada, qualificada, com orçamento, pessoal qualificado e treinado constantemente, como lemos na reportagem sobre a Protezione Civile Nazionale, exemplar organização italiana. O povo brasileiro merece e tem esse direito.
Major Aroldo Medina.
Uniforme de Defesa Civil, referencial teórico.
Defesa Civil em Xeque, no Brasil.
Reportagem de Zero Hora deste domingo alerta sobre a deficiência da estrutura da Defesa Civil no Brasil. A organização no Rio Grande do Sul não foge ao contexto nacional.
A matéria publicada em ZH
sábado, 23 de janeiro de 2010
O novo Esquadrão Avatar da BM
Além de cobrir com destaque especial, o comparecimento dos alunos do 9º BPM para ver o filme Avatar, ontem no Cinesystem do Shopping Total, em Porto Alegre, os editores desta matéria de Zero Hora, publicada no dia de hoje, com chamadas ontem pela TV, destaque de capa e uma página inteira no interior do jornal, criaram uma forte identidade dos alunos entre si com o filme e, destes alunos com a sociedade.
O fotógrafo Fernando Gomes de Zero Hora foi brilhante, demonstrando uma sensibilidade extraordinária.
A mão dele está para sua máquina como o pincel para Michelangelo. Tirou uma fotografia com personalidade na'vi. Imantou os alunos com a aura azul do filme de James Cameron. Elevou, semioticamente, os alunos soldados a condição de uma espécie de heróis alados, como os visualizados no filme.
O trabalho do fotógrafo, a edição do texto e o destaque da matéria criaram uma responsabilidade social maior e um emblema histórico para estes alunos. Eles formam agora o novo Esquadrão Avatar da Brigada Militar.
Texto: Aroldo Medina
BM no cinema repercute em ZH e DG
Zero Hora e o Diário Gaúcho de hoje, veículos populares do Grupo RBS, registraram a ida dos alunos do 9º BPM ao cinema, no dia de ontem.
Em reportagens diretas, destacaram o objetivo da inédita atividade cultural: despertar a consciência dos alunos para a vida em equilibrio com a natureza, mediação de conflitos pela palavra entre as pessoas e o fortalecimento da idéia de serem vistos como soldados do meio ambiente, da paz e da democracia.
Texto:
Aroldo Medina.
Reportagem de Zero Hora
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
AVATAR
Hoje levei os alunos soldados do 9º Batalhão de Polícia Militar para assistir o filme AVATAR, no Cinesystem do Shopping Total, em Porto Alegre. Fomos muito bem recebidos neste importante centro de comércio da capital pelo senhor João Gabriel Pretto, diretor operacional do shopping e pela sua assistente de comunicação social, Fernanda Fogliati.
Os 120 alunos logo na chegada, chamaram a atenção da comunidade que os olhava com curiosidade. Por onde passava, o contingente brigadiano atraia o olhar das pessoas.
Os funcionários da pipocaria do Cinesystem suaram a camiseta para dar conta da longa fila de recrutas que se formou rapidamente no rol de entrada do cinema. Enquanto compravam a pipoca e o refrigerante, os fotógrafos Fernando Gomes, de Zero Hora e Alfonso Abrahan (Espanhol), independente, apontavam seus canhões digitais para os alvos fardados, clicando os alunos.
Abraçados nas guloseimas apetitosas, como diria o coronel Hélio Moro Mariante, de saudosa memória, os jovens futuros policiais dirigiram-se para a sala de projeção. O moço instalado na porta do cinema, procurava braços para alcançar os óculos para o trem humano que se materializou em instantes na sua frente.
Na sala, a conversa era animada. Devagarinho a sala foi ficando na penumbra e a tela clariando com o trailer de simpáticos desenhos animados. Risonhos, os alunos divertiam-se com as trapalhadas dos personagens de Toy Story 3.
Avatar brilha na tela e o sargento disciplina da turma interrompe o cochicho dos estudantes. Um atenção o corpo de alunos é suficiente para silenciar a todos que mergulham, naquele instante, na tela do cinema.
Texto: Aroldo Medina
Foto: Fernando Gomes, Zero Hora.
A obra em vídeo
Comecei fotografando as obras na rua Mato Grosso, iniciadas ontem, na quadra onde moro e, terminei fazendo uma filmagem que posto aqui. Aroldo Medina.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Rua Mato Grosso em novas obras
Acordamos hoje com nossa rua em obras. A CORSAN está instalando na cidade, uma nova rede de coleta de esgoto cloacal.
A obra é bem vinda porque não podemos continuar poluindo nossos rios, lagoas e mar com tantos rejeitos domésticos. Não podemos continuar sujando a água que vamos beber.
A conta de água deve subir por conta do novo serviço. Embora o salário continue o mesmo, devemos ter consciência de que a nova despesa é para um bem muito maior, nossa própria saúde.
Enquanto os operários trabalhavam, tirei algumas fotos e fiz uma pequena filmagem. O documentário digital suscitou preocupação entre os obreiros. Perguntaram-me porque eu fazia o registro. Expliquei que tinha o hábito de registrar a memória do local onde moro há pelo menos uns 35 anos. Tenho fotos da rua desde quando não era pavimentada. Uma obra do tamanho da instalação de uma nova rede de esgoto que esta mechendo com toda cidade, merece o devido registro, portanto.
Também esclareci que documentava o antes e o depois da obra em minha rua, para poder cobrar da CORSAN e da própria empreiteira, no caso a SULTEPA, uma obra de qualidade, depois de concluída.
Ainda, comentei ter observado na cidade, algumas ruas depois desta obra ficarem com remendos muito mal feitos. Disse que não queria esse tipo de serviço na rua em que moro há tantos anos. Imagino que todo cidadão tem esse direito, de fiscalizar as obras públicas e não deixar essa tarefa somente na mão dos gestores públicos.
Os funcionários da empresa foram educados, bem acessíveis e compreensíveis no diálogo que estabelecemos.
A obra é bem vinda porque não podemos continuar poluindo nossos rios, lagoas e mar com tantos rejeitos domésticos. Não podemos continuar sujando a água que vamos beber.
A conta de água deve subir por conta do novo serviço. Embora o salário continue o mesmo, devemos ter consciência de que a nova despesa é para um bem muito maior, nossa própria saúde.
Enquanto os operários trabalhavam, tirei algumas fotos e fiz uma pequena filmagem. O documentário digital suscitou preocupação entre os obreiros. Perguntaram-me porque eu fazia o registro. Expliquei que tinha o hábito de registrar a memória do local onde moro há pelo menos uns 35 anos. Tenho fotos da rua desde quando não era pavimentada. Uma obra do tamanho da instalação de uma nova rede de esgoto que esta mechendo com toda cidade, merece o devido registro, portanto.
Também esclareci que documentava o antes e o depois da obra em minha rua, para poder cobrar da CORSAN e da própria empreiteira, no caso a SULTEPA, uma obra de qualidade, depois de concluída.
Ainda, comentei ter observado na cidade, algumas ruas depois desta obra ficarem com remendos muito mal feitos. Disse que não queria esse tipo de serviço na rua em que moro há tantos anos. Imagino que todo cidadão tem esse direito, de fiscalizar as obras públicas e não deixar essa tarefa somente na mão dos gestores públicos.
Os funcionários da empresa foram educados, bem acessíveis e compreensíveis no diálogo que estabelecemos.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
O livro Soldados da Brigada
Tenho o privilégio de dar aulas de História da Brigada Militar para 117 alunos soldados no 9º Batalhão de Polícia Militar.
Adotei como método de ensino fazer uma redação ao final de quase todas as aulas. Entre os temas escolhidos para as redações pedi que os alunos me contassem suas vidas. Tive um grande surpresa ao ler essas redações. Em muitas me emocionei. Em todas, aprendi.
Lendo essas histórias, tive uma vontade enorme de publicá-las. São histórias dignas de um livro. São histórias carregadas de vida, esforço pessoal, determinação, luta, espiritualidade, sofrimento, amor, superação, exemplo, dignidade, alegria, agradecimento, tristeza, força, coragem, fé, caráter, energia, originalidade.
Publico aqui uma, entre muitas histórias que recebi e que vamos publicar em nosso livro "Soldados da Brigada", da aluna Juliana Boll, filha de Santa Catarina que veio ingressar nas fileiras da BM, como outros jovens colegas que estão ao seu lado, nas salas de aula do 9º Batalhão de Polícia Militar, para defender a vida e o patrimônio dos gaúchos que sentem muito orgulho de serem brasileiros.
Estas histórias precisam ser tranformadas num livro, porque os jovens que são seus protagonistas são brasileiros vencedores. Precisam virar livro para inspirar outros jovens brasileiros que lutam e vivem por seus ideais.
O jovem que ler este livro, não desistirá dos seus sonhos. Não abandonará sua luta. Não ficará a beira de nenhuma estrada por maior que seja a pedra no seu caminho.
Lendo as histórias de vida desses jovens brasileiros, lembrei do filme do presidente: "Lula, filho do Brasil". Enxerguei entre eles, trabalhadores do Brasil, construtores de uma grande obra ainda inacabada, o Brasil de nossos sonhos. Encheram, todos, meu coração de entusiasmo e esperança, de um futuro melhor. Quero caminhar ao lado deles nesta obra e contar essa história para todos brasileiros.
Alea jacta est! Mãos a obra. Nosso livro já esta em gestação. Aroldo Medina.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
A Esquerda em Armas
Brilhante, o artigo do escritor Percival Puggina, publicado em ZH Dominical, edição do dia 17 de janeiro de 2010, na página de artigos escritos por leitores do jornal. Claro, conciso e preciso, nos leva a uma reflexão muito responsável sobre questões governamentais históricas dos últimos 45 anos no Brasil, coincidentemente, minha idade atual.
Acompanho o relator da matéria. Cautela nas análises e na compreensão dos "interésses", como diria o tio Briza, dos arautos interessados em "descobrir a verdade" dos Anos de Chumbo.
Penso que esta matéria já transitou julgada. Respeito os partidos de esquerda em nosso país, como um militar da ativa que luta pernamentemente pela democracia, incondicionalmente. A pluralidade partidária da esquerda à direita, confere equilíbrio no processo de disputa política e alternância saudável no Poder.
Ainda, alinho-me com todos que combatem a corrupção em todas as esferas de Poder no Brasil. Esta, a maior chaga de nossa sociedade, que anda de mãos dadas com a fome de milhares de brasileiros.
Assim como o Exército Brasileiro tem seu grito de guerra: BRASIL ACIMA DE TUDO! Também tenho um: "EDUCAÇÃO ACIMA DE TUDO".
Em vez de virar a terra com "Comissões da Verdade". Qual a verdade? Da direita ou da Esquerda. Do rico ou do pobre, do assalariado ou daquele que o paga? Etc.
Vão se preocupar em educar esse nosso povo que todos ganhamos muito mais. (AM).
Wall E
A leitura do artigo do jornalista Irineu Guarnier Filho, "Fashion era minha avó", publicado no jornal Zero Hora, edição de domingo, dia 17 de janeiro de 2010, à página 15, além de dar gosto de ler pela sua originalidade, me fez lembrar do "Wall E".
"Wall E" é aquele robô faxineiro super simpático da Pixar, criado pelo diretor Andrew Stanton. O robô inteligente se auto consertava e vivia na Terra do futuro. Nosso planeta neste filme virou um grande "latão de lixo", inabitável para os seres humanos. O desenho animado é de 2008 e sua mensagem alerta contra o consumismo desenfreado e acelerado que vivemos, cada vez com mais intensidade, após a Revolução Industrial.
Comprar! Comprar! Comprar! Passou a estar sempre na moda. O descartável foi concebido para "facilitar" a vida das pessoas. E tome lixo na cabeça da natureza. Lindo!
O Irineu também fez eu lembrar da minha infância. Eu juntava lixo. Garrafa de vidro e ferro velho, principalmente. Minha mãe não aprovava muito eu chegar com um "lixinho" em casa, quando voltava do colégio, à pé. Eu amontoava ele no fundo do pátio, esperando o "Ferro Velho". Lá pelas tantas vinha um carroceiro gritando rua afora: "- Comprador de osso e vidro quebrado; garrafa vazia e ferro velho". Dizia essa frase, o cavaleiro cantando, carregando nas vogais e espichando as silabas para chamar a meninada na rua, como fazia o Flautista de Hamelin.
A gurizada fazia fila para vender a "coleta" da semana. O homem do "ferro velho" pesava a quinquilharia, numa balança aérea que eu sempre ficava desconfiado que não funcionava direito, pois, o peso nunca correspondia as minhas espectativas na quantidade das moedas que o comprador distribuia aos meninos de mãos postas no ar.
O lixo virava moedas que viravam bolinhas de gude, peões, ioiôs, soldadinhos, além de chiclés, balas e chocolates. Isto é que eu chamo de resultado eficiente de campanha de preservação da natureza: transforme seu lixo e o lixo dos outros em balas e brinquedos. Bons tempos aqueles! Aroldo Medina.
TRENSURB 25 ANOS
O TRENSURB este ano faz 25 anos. É difícil imaginar a vida de milhares de pessoas transportadas diariamente sem o trem. Antes do trem, os ônibus no eixo Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo, andavam super lotados, nos horários em que os trabalhadores iam ou vinham do serviço. Viajavamos como gado.
25 anos depois da sua instalação, os trens da TRENSURB, estão bem conservados. Foram fabricados no Japão. Percebe-se que os japoneses fizeram esses trens para durar muito tempo.
A administração e os funcionários do TRENSURB também estão de parabéns. Mantêm os trens, a linha e as estações muito bem cuidadas e conservadas. A limpeza é boa e o povo é relativamente educado. O "relativamente" é por conta da sujeira que expressivo número de usuários do sistema lançam junto das estações. Raramente se vê depredações. Quando ocorrem a administração trata logo de consertar. Esta pronta iniciativa evita novas depredações.
O que pouca gente deve lembrar é quem mandou construir nosso TRENSURB. Lembram? Foi o general João Batista de Oliveira Figueiredo, presidente da República Federativa do Brasil. Para mim, o general Figueiredo era uma pessoa muito boa. Eu era adolescente na época. Simpatizava com ele. Não o julguei quando deixou o cargo e pediu para as pessoas o esquecerem. Como esquecer de uma pessoa que nos deixou uma obra de tão boa qualidade e utilidade como o TRENSURB?
Outra idéia que me assalta quando penso no TRENSURB é que em vez de falar em "trem bala" no Rio Grande do Sul, no eixo Porto Alegre, litoral norte do Estado (RS), eu construiria algo mais simples e barato (comparado a um trem bala). Construiria uma linha 3 do TRENSURB de Porto Alegre até Torres, com estações em Osório, Tramandaí, Capão da Canoa e Torres. Tenho certeza de que seria uma viagem de 50 minutos daqui até Osório, bem tranquila e com uma paisagem super legal.
Parabéns TRENSURB e a todos os seus funcionários! Vida longa. Que possas estar sempre cada vez melhor entre nós.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
A medalha
Ontem no final da tarde, o Rosa (Marcelo Lopes Rosa), me ligou. -"Medina, passa aqui amanhã que tenho um assunto para tratar contigo". Concluiu a ligação fazendo mistério.
Curioso fui hoje fazer a visita combinada. Como de praxe fui bem recebido no Tribunal de Justiça Militar do Estado do RS. Sorridentes e hospitaleiros, o Rosa e o Botelho (José Henrique Gomes Botelho), ilustres majores da BM, me recepcionaram emanando energias positivas. Depois das amenidades, com direito a uma reunião informal, recebi gentilmente das mãos do tenente-coronel Rocha, chefe de gabinete do coronel Sérgio Antonio Berni de Brum, presidente do TJM, uma carta de outorga.
Carta de outorga!? Sim. Feliz da vida recebi a notícia que o protocolo anunciava-me que havia sido agraciado, através de votação unânime dos juízes, com a "Medalha de Reconhecimento do Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul".
Senti-me profundamente honrado com a distinção. Tenho combatido, ao lado de todos os próceres membros da Justiça Militar Gaúcha e tantos outros, pela defesa de nosso Tribunal e da própria Justiça Militar, ameaçada de extinção. Extinta a JM, a Sociedade gaúcha padecerá, no médio e longo prazo, com uma BM menos saudável na luta contra o desvio de conduta de seus membos.
A outorga da medalha que recebo hoje é a mais importante em minha carreira, sob o ponto de vista do reconhecimento espontâneo do mérito do combatente, em missão voluntária. Minha primeira medalha, "Tempo de Serviço", dos 10 anos, tive que reivindicá-la, pois, durante anos, "esqueceram" que fazia juz a ela e só a reivindiquei porque perdia pontos, na promoção por merecimento. O mesmo ocorreu com a medalha dos 20 anos. Depois fui agraciado com a medalha da Defesa Civil do Estado do RS, concedida a todos os integrantes da Defesa Civil do Estado, em 2004. Em 2006, recebi a medalha "Governador Ernesto Dornelles", concedida a todos os integrantes da Casa Militar.
Assim, o leitor desse espaço pode concluir comigo, o sentimento de gratidão e elevação do moral do soldado, ao receber a honrosa distinção unânime e espontânea da quase centenária Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul.
O taxista
Andar de taxi em Porto Alegre está acessível. Embarquei em umas três corridas hoje e não gastei R$ 20,00 (vinte reais). Reflexos do real estável e valorizado e, embora paguemos, em média, R$ 2,58 o litro da gasolina, sendo que metade desse valor é imposto, o preço é razoável, na atual conjuntura.
Há rumores de que estaria para aumentar, em função da diminuição do percentual de adição de álcool na gasolina. A dosagem cairia de 25 para 20 por cento, por causa de queda na produção da cana de açucar. Não vejo justificativa para isso ocorrer, porque o Governo Federal alardeou que estamos auto suficientes na produção de petróleo para o mercado interno brasileiro e, muito menos ouvi falar em aumento do preço do barril de petróleo, hoje cotado na ordem de $ 67,00 (sessenta e sete dólares).
No final da última corrida, por volta do meio dia, parei na frente do DLP (Departamento de Logística e Patrimônio) da BM. Paguei o que o taxímetro marcava e o taxista puxou conversa: - "O senhor viu que a Polícia Federal apreendeu cópias piratas do filme do Lula"? Afirmei que sim e ele continuou: - " Pois é, eles tinham que continuar esse tipo de operação com tudo que é filme pirata e não só com o filme do Lula". Falei que a Brigada também fazia esse tipo de operação. Em 2008, lembro que o então comandante do 9º BPM, tenente-coronel BONDAN, apreendeu mais de 600 mil cópias piratas.
O taxista disse que sabia que a BM fazia (de vez em quando) esse tipo de trabalho também. Porém, me sugeriu que eu ligasse para o 190, na primeira oportunidade em que me deparasse com a venda irregular de DVDs na capital, para chamar a Brigada dizendo que tinha um sujeito vendendo DVDs piratas no meio da rua, para ver a resposta. Passou por minha cabeça, um receio relâmpago de fazer o teste proposto pelo astuto motorista.
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