Nossa base se fundamenta na educação. A força vem do caráter. Trabalhamos com independência e liberdade. Postamos aqui algumas de nossas idéias, pensamentos e ações, construindo um diário público para que as pessoas nos conheçam. Identifiquem nossos ideais e sintam-se a vontade para caminharmos juntos, na realização de nossos sonhos coletivos. Deus ilumine nosso caminho.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O dia seguinte
Acordei cedo para comprar os jornais do dia seguinte ao novo "abalo sísmico" político ocorrido no RS.
Cheguei na banca de revistas da Estação Mathias Velho do Trensurb, em Canoas e pedi a Zero Hora. Eram 8 da manhã.
O dono da banca respondeu: - "A Zero Hora já acabou". Como já acabou? Perguntei. - "Acabou". Foi a resposta direta do proprietário da antiga banca. Puxa! O pessoal está mesmo interessado no escândalo político. Sentenciei. - "Não. Acabou por causa do futebol". Como? Por causa do futebol. Perguntei. Incrédulo, com a resposta. - "Quando o Grêmio ou o Inter se saem bem, nos campeonatos que disputam, o jornal acaba cedo".
Só não me belisquei porque tinha certeza de que estava bem acordado e tinha meus ouvidos bem limpos. Comprei o Correio do Povo e o Sul que ainda restavam. Saí pensativo.
Fui para a próxima banca. Na praça Pio X, duas quadras adiante de onde eu estava. Ainda restavam duas Zero Hora. Peguei logo, indelicado, antes mesmo de cumprimentar o Fúlvio, dono da banca que me estendia a mão. Enquanto o cumprimentava, meus olhos encontraram o Diário de Canoas. A manchete cravou em minha mente. Comprei também um exemplar.
Paguei o Fúlvio com uma nota de 5 reais, enquanto ele falava da "barbaridade" na política gaúcha. Outro leitor chega. Funcionário da OCV Ferragem que fica quase na frente da banca. - "E aí Medina. Tudo bem? O que tá achando disso tudo que tá aí no jornal"? Pergunta o rapaz já pedindo mais dois jornais ao Fúlvio. Respondo que provavelmente esteja sentindo o que ele está sentindo também com relação a tudo que estamos lendo nos jornais... Concluo dizendo que passo depois ali, na ferragem, para um dedo de proza com o Oriovaldo, dono do estabelecimento.
Atravesso a rua. Entro na ferragem quase vazia naquela hora, entre oito e nove horas e o Oriovaldo, hospitaleiro e sorridente, como de hábito, me estende a mão, já oferecendo um chimarrão. Aperto firme a sua mão e já me grudo a cuia. Uma delícia de mate, apesar da bomba não estar bem assentada. O gaúcho tem que sugar o amargo com mais força. Tempo nublado e frio. A água quente desce bem na garganta. Converso animado com o Oriovaldo, tranquilo, ainda tenho uns dias de férias, em gozo na BM. Como é bom estar de férias, principalmente nessas horas. Dá para se dedicar ao estudo da matéria.
De volta em casa, aciono o portão que se abre e a cachorrada já vem balançando o rabo. A Isis, filhote de dois meses, filha da Luna, vem bem faceirinha pulando em mim. Entro na cozinha. Meu cunhado, passa um café que perfuma o ar. Termina de sintonizar a Bandnews, no programa do Diego e do Felipe e, me estende a mão. - "Bom dia! Compadre". Bom dia! Miguel.
O Diego Casagrande está falando com o Felipe Vieira sobre os últimos "causos" de Brasília. Sarney, Renan Calheiros, Tasso Jereissati e companhia limitada. Depois dão uma palhinha sobre o RS. Defendem os âncoras da Band que o segredo de justiça na ação pública dos promotores do MPF contra os denunciados no processo em tela, deve ser quebrado. O Diego anuncia que vai consultar os torpedos. Em seguida, se surpreende (eu também, de novo) quando diz: - "Felipe. A maioria dos torpedos aqui é sobre futebol." Então vamos falar do futebol, Diego. Diz o Felipe descontraidamente.
Leio os jornais. Gosto do cheiro do papel. Palavras da Rosane de Oliveira, sob o título Assim é fácil assinar CPI (transcrevo da página 14 de ZH de hoje) me chamaram a atenção:
"Os deputados que subscreveram o requerimento de criação da CPI agora, depois de obtidas as 19 assinaturas necessárias à instalação, agiram mais por instinto de sobrevivência do que por convicção. Para efeito de discurso, querem a verdade. Na prática, pegaram carona, em um fato consumado".
Ao meio dia, ouço e vejo o Lasier Martins, no Jornal do Almoço defendendo, com veemência, a quebra do segredo de justiça no processo das 1.238 páginas pela juíza de Santa Maria, Simone Fortes. O Lasier questiona: - "Por que a ilustre juíza insiste em guardar segredo"? Teme o grande jornalista que o processo se arraste por anos, sem que a sociedade gaúcha conheça o teor das acusações que pesam sobre aqueles que foram denunciados.
Alinho-me com o Diego, o Felipe, o Lasier, o presidente da OAB, Claudio Lamachia e tantos outros gaúchos e gaúchas, para que a juiza Simone Fortes, da 3ª Vara da Justiça Federal, em Santa Maria, quebre o segredo de justiça nos autos do processo da Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa movida pelo MPF contra os agentes públicos do RS mencionados pelos promotores, embora tenha um pressentimento de que a doutora Simone, poderá não abrir mão do sigilo neste processo, a despeito de todo o clamor público para sua abertura. Espero estar enganado.
Clique aqui para notícia: OAB pede quebra de SIGILO
Apreciei ouvir o advogado Claudio Lamachia esclarecer, em entrevista na RBS TV, que o segredo de justiça se aplica para preservar a identidade das pessoas envolvidas em determinados casos e, para não prejudicar a coleta de provas, o que em tese não se aplica mais no caso em questão. Concordo!
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Com as pessoas que tenho conversado, sem exceção, se mostram incrédulas com as denúncias de corrupção no governo do Estado do RS. Muitas com vergonha de afirmar que votaram no atual governo. Eu respondo com a maior tranquilidade que nós merecemos isto que esta acontecendo, porque fomos nós que elegemos esse governo. Por isso, recomendo aos meus amigos que tenham muita atenção na hora de votar. É preciso conhecer mais a vida do candidato e, principalmente o seu caráter. Olho vivo na propaganda. Ela, às vezes, pode nos enganar, em se tratando de política.
ResponderExcluirConceço o major Medina há muitos anos e desde que lhe conheço, continua sendo a mesma pessoa. É um homem que nos faz sonhar acordado e bastam poucos minutos de conversa para que tenhamos a certeza de que ainda existem alternativas para resolver tantos problemas sociais. O major é um homem que honra a palavra e nos dá exemplo no dia a dia.
Ariel
Ariel, obrigado pelas palavras. São generosas. Aumentam minha responsabilidade política. Concordo contigo quando dizes que devemos nos interessar mais em conhecer a vida dos candidatos. Não podemos deixar isto para última hora e votar por impulso, baseados em propaganda ou escolher pela pesquisa o candidato que está na frente, só porque ele está cotado para ganhar. Eu sempre escolho meus candidatos pelo caráter que demonstram. Sua integridade e qualificação intelectual. Um abraço cordial, Aroldo Medina.
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