Nossa base se fundamenta na educação. A força vem do caráter. Trabalhamos com independência e liberdade. Postamos aqui algumas de nossas idéias, pensamentos e ações, construindo um diário público para que as pessoas nos conheçam. Identifiquem nossos ideais e sintam-se a vontade para caminharmos juntos, na realização de nossos sonhos coletivos. Deus ilumine nosso caminho.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Rui Barbosa
Em meio ao caos político que estamos vivendo no RS e no Senado da República é sempre bom lembrar de alguns brasileiros que servem de modelo a vida nacional. Rui Barbosa é um deles. Sua biografia, a seguir resumida é uma progressão geométrica inversa a grandeza do seu caráter, produção intelectual e política.
O Brasil precisa destinar, urgentemente, seu maior orçamento à educação. Os professores precisam ser resgatados dos baixos salários que recebem, para figurar entre os trabalhadores mais bem pagos entre as classes trabalhadoras.
Rui Barbosa de Oliveira, político e jurisconsulto, nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de novembro de 1849. Bacharelou-se em 1870 pela Faculdade de Direito de São Paulo. No início da carreira na Bahia, engajou-se numa campanha em defesa das eleições diretas e da abolição da escravatura.
Foi político relevante na República Velha, ganhando projeção internacional durante a Conferência da Paz em Haia (1907), defendendo com brilho a teoria brasileira de igualdade entre as nações. Eleito deputado provincial e, adiante geral, atuou na elaboração da reforma eleitoral, na reforma do ensino, emancipação dos escravos, no apoio ao federalismo e na nova Constituição.
Por divergências políticas, seu programa de reformas eleitorais que elaborou, mal pode ser iniciado, em 1891. Em 1916, designado pelo então presidente Venceslau Brás, representou o Brasil no centenário de independência da Argentina, discursando na Faculdade de Direito de Buenos Aires sobre o conceito jurídico de neutralidade. O discurso causaria a ruptura definitiva das relações do Brasil com a Alemanha. Apesar disso, recusaria, três anos depois, o convite para chefiar a delegação brasileira à Conferência de Paz em Versalhes.
Com seu enorme prestígio, Rui Barbosa candidatou-se duas vezes ao cargo de Presidente da República, nas eleições de 1910, contra Hermes da Fonseca e 1919, contra Epitácio Pessoa. Foi derrotado em ambas.
Como jornalista escreveu para diversos jornais, principalmente para A Imprensa, Jornal do Brasil e o Diário de Notícias, jornal o qual presidia. Sua extensa bibliografia recolhida em mais de 100 volumes, reúne artigos, discursos, conferências e questões políticas de toda uma vida.
Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras sucedeu a Machado de Assis na presidência da casa. Sua vasta biblioteca, com mais de 50.000 títulos pertence à Fundação Casa de Rui Barbosa, localizada em sua própria antiga residência no Rio de Janeiro. Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1923.
Transcrevo um pequeno extrato de seus discursos:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa, Senado Federal, RJ, 1914.
- "Dilatai a fraternidade cristã e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade".
- "Eu não troco a justiça pela soberba. Eu não deixo o direito pela força. Eu não esqueço a fraternidade pela tolerância. Eu não substituo a fé pela superstição, a realidade pelo ídolo".
- "Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!"
- "O escritor curto em idéias e fatos será, naturalmente, um autor de idéias curtas. Assim como de um sujeito de escasso miolo na cachola ou de uma cabeça de coco velado, não se poderá esperar senão breves análises e chochas tolices".
- "Toda a capacidade dos nossos estadistas se esvai na intriga, na astúcia, na cabala, na vingança, na inveja, na condescendência com o abuso, na salvação das aparências, no desleixo do futuro".
- "Um povo cuja fé se petrificou, é um povo cuja liberdade se perdeu".
Fonte da pesquisa
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