terça-feira, 13 de julho de 2010

O Tribunal de Contas do Estado e a Copa 2014

Participei hoje de um seminário sobre os projetos de Porto Alegre e do Estado do RS destinados a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O encontro foi promovido pelo Tribunal de Contas do Estado do RS, em sua sede, na capital dos gaúchos.

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, mostrou empolgação e arrojo em sua proposta de aproveitar o evento para modernizar a cidade. A prefeitura vislumbra obras de grande porte e de custos consideráveis. O município vai se endividar. Todos nós esperamos que todo este sacrifício, da dívida que vamos assumir, valha a pena.

O representante do Governo do Estado do RS, foi mais modesto, tímido até, eu diria, nos projetos estaduais. Além do incentivo fiscal anunciado, redução de ICMS para as obras da Copa em Porto Alegre, anunciou alguns programas de capacitação de recursos humanos, na área de hotelaria e estudo de linguas estrangeiras.

O TCE deixou bem clara sua disposição de ser rigoroso no acompanhamento das obras. Antes, durante e depois da sua execução. Oxalá, assim seja!

O ponto alto desta conversa sobre os projetos pensados para Porto Alegre, por conta da Copa de 2014, no Brasil, foi a participação dos jornalistas convidados. Paulo Sérgio Pinto, da Rede Pampa, Ozíris Marins, do Grupo Bandeirantes, Claudio Brito, do Grupo RBS e, Juremir Machado da Silva, da Rede Record. Deram um show de bola, nos argumentos.

Paulo Sérgio Pinto foi didático. Veio com uma palestra bem elaborada, chamando a atenção das autoridades presentes para evitarmos os "elefantes brancos", referindo-se aquelas obras que gastam muito dinheiro público e depois ficam inacabadas ou sub-aproveitadas.

Oziris foi pragmático e certeiro. Falou sem papas na língua, lembrando das obras dos últimos Jogos Panamericanos, no RJ. Os administradores começaram falando em gastos na ordem de 400 milhões de reais e termiraram gastando 4 bilhões de reais, com "obras de emergência", com dispensa de licitação e muita maracutaia.

Claudio Brito enalteceu o papel institucional e prático do TCE, valorizando o trabalho dos funcionários do órgão de fiscalização de contas.

Juremir Machado, poético e criativo, divertiu o auditório com bom humor e inteligência perfurante, como uma "bala" de fuzil AR-15. Brincou dizendo que enquanto enaltecíamos a fiscalização do processo de realização das obras da Copa em Porto Alegre, simultaneamente havia um grupo de malfeitores estudando como burlar as regras.

Por fim, saí me sentindo um fantasma. Apesar de ser candidato ao governo do Estado do RS, em 4º lugar na pesquisa IBOPE, divulgada no último final de semana, o protocolo do bem organizado evento, olhou-me com transparência total. Passou reto, por mim. Aliás, transparência foi a palavra de ordem do encontro.

Aroldo Medina.

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