Nossa base se fundamenta na educação. A força vem do caráter. Trabalhamos com independência e liberdade. Postamos aqui algumas de nossas idéias, pensamentos e ações, construindo um diário público para que as pessoas nos conheçam. Identifiquem nossos ideais e sintam-se a vontade para caminharmos juntos, na realização de nossos sonhos coletivos. Deus ilumine nosso caminho.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Diário de Classe
Tenho solicitado aos alunos soldados do 9º BPM que façam uma redação, ao final de quase todas as aulas. Alguns jovens reclamam em tem que escrever tanto. Explico que é para o bem da própria turma. A redação estimula o raciocínio dos alunos. Permite que conheçam sua própria capacidade de escrever, óbvio.
Alerto que depois de formados serão chamados para atender ocorrências policiais onde terão que escrever boletins, contando histórias do que aconteceu, baseado no testemunho das pessoas. Fora da sala de aula, não raras vezes, escreverão suas narrativas em condições adversas, sob calor intenso ou mesmo frio, sol e chuva, sob tensão, onde exercitarão o auto controle que lhes foi ensinado através de instrução militar.
A redação, explico, também serve para conhecer a letra do aluno. A caligrafia parece que está sendo abandonada. A letra de forma, escrita a mão, é coisa rara. As moças costumam ter letras melhores, mais caprichadas. Devem passar esses cuidados com a forma, aos meninos.
As redações também serviram para conhecer um pouco da história de vida de cada aluno. Sugeri que escrevessem suas histórias pessoais. Na correção lingüistica dos trabalhos fui surpreendido e presenteado com belíssimas histórias de vida. Exemplo de bons brasileiros, muitos passaram por uma maratona de sacrifícios pessoais e familiares até chegarem nesse estágio de seu desenvolvimento pessoal e profissional. Essas histórias dão um livro de peso. Aliás tenho dormido com essa idéia na cabeça. Peço a Deus que me abençoe nesse objetivo. Editar a vida desses alunos e oferecer esta obra para o povo brasileiro.
Alea jacta est!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Natal
Antes de pensar no Papai Noel neste Natal, desejo a todos os meus familiares e amigos que lembremos antes de nosso senhor Jesus: o aniversariante. Aquele a quem devemos toas as honras e proclamação de glória nesta data querida que emana tanta luz espiritual, nessa abençoada época do ano.
Feliz Natal a todos e, um Ano Novo que possamos desfrutar com muita saúde, paz e prosperidade. Deus abençoe nosso planeta, com sabedoria e fraternidade, todos os que creem no Mundo Espiritual e possa tocar e despertar a consciência daqueles que ainda são infiéis.
Um grande abraço fraterno a todos, ao lado do meu agradecimento as pessoas que nos visitam neste espaço e ainda incentivam a manutenção deste blog. Que possamos ser vitoriosos em 2010, elegendo homens e mulheres verdadeiramente do bem e dedicados a causa pública com honestidade.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Soldados do 9 BPM
Orgulha-me muito, mesmo, ministrar aulas de história da BM, para 120 novos alunos soldados em formação no 9º BPM. São jovens moços e moças vindos do interior de nosso RS, cheios de esperanças e espectativas com a nova profissão que abraçaram. Espero que estejamos todos mobilizados para corresponder aos anseios de jovens brasileiros que transbordam qualidades pessoais.
Os projetos do Governo do RS para a BM
O "Pacote do Governo" causa apreensão e divisão dentro da BM. O aumento da contribuição previdenciária proposto para os militares de 7 para 11 por cento não é justo, pois, a Brigada está entre as Polícias Militares com menor remuneração, entre os Estados da Federação.
Igualmente, foi vilania governamental "atrelar" o aumento da contribuição previdenciária, com a proposta de estender os 19,9 % da Lei Britto, pago do soldado ao capitão da BM, igualmente aos oficiais superiores da corporação.
Desde o princípio, os aumentos deveriam ter sido pagos no mesmo percentual, do soldado ao coronel da BM. O histórico "escalonamento vertical", outrora vigente na corporação, que estabelecia todos os salários da Brigada, uma porcentagem do salário do coronel, comprovou ser a forma mais justa de remuneração.
Igualmente, foi vilania governamental "atrelar" o aumento da contribuição previdenciária, com a proposta de estender os 19,9 % da Lei Britto, pago do soldado ao capitão da BM, igualmente aos oficiais superiores da corporação.
Desde o princípio, os aumentos deveriam ter sido pagos no mesmo percentual, do soldado ao coronel da BM. O histórico "escalonamento vertical", outrora vigente na corporação, que estabelecia todos os salários da Brigada, uma porcentagem do salário do coronel, comprovou ser a forma mais justa de remuneração.
Mímicos na Esquina Democrática
Ontem retornava para casa, por volta das 18:00 horas, no Centro de Porto Alegre, mergulhado naquele rio de gente da Rua dos Andradas, esquina com a Borges de Medeiros. Três jovens me chamaram a atenção. Em meio aquela corrente agitada de pessoas, os três moços se destacavam. Vestidos com simplicidade, camiseta de algodão, calça jeans e tênis, sem qualquer caracterização, senão as próprias caras marcadas de determinação, faziam mímica em coro. Nenhuma palavra, somente expressão corporal. Formavam um trio que acendia saudosa lembrança dos "Três Patetas".
A multidão passava por eles indiferente, tão absortos deviam estar com a cabeça nas compras do Natal. Alguns olhavam com curiosidade o trio biruta. Outros miravam o grupo com uma cara que dava para traduzir até de olhos fechados: - "O que estes malucos estão querendo?" Tive a pretensão de responder a essa pergunta em pensamento. Ora estão tentando nos divertir! Tentam nos dar de presente um pouco de bom humor. E eles eram engraçados e criativos. Suas mímicas tinham personalidade. Improvisavam cenas atuando com pessoas que passavam ao "largo", fugindo dos malucos. Abraçavam placas, postes, a "pedra do coronel Mendes", chamavam a atenção em latas de lixo, brincaram com os "arautos" que portavam aqueles indefectíveis "pirulitos" de propaganda que riam a toa com as palhaçadas dos patetas gaúchos e chegaram até a simular com um cavalete de sinalização de trânsito, a largada de atletas olimpicos.
Do alto de uma pequena torre de vigilância da BM instalada na esquina democrática, eram observados pelo PM de serviço. O policial, constatando que eram artistas, voltou a sua faina de olhar a multidão que passava a sua frente. O calor era tórrido. A temperatura escaldante e o suor que brilhava no rosto dos palhaços, não esmorecia a vontade que tinham de levar graça de graça, a vida das pessoas que por ali passavam.
Foram caminhando, caminhando e desapareceram nadando como golfinhos naquela onda de seres humanos que marchavam como um exército que ia para vários lugares ao mesmo tempo. Parado, na esquina, eu via a silueta dos Três Patetas Gaúchos desaparecerem na multidão. Ficou na minha memória a generosidade do grupo e sua coragem de encenar no meio de um palco da vida real, onde embora existissem milhares na platéia, poucos lhes prestavam a devida atenção.
Que Deus se compadeça da alma desses artistas de rua, lhes conceda vida longa, muita saúde e paz.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Confrontos em Brasília DF
Causou surpresa e apreensão saber que alguns Policiais Militares do DF, concentraram-se em frente a residência oficial do governador José Roberto Arruda, para manifestar seu apoio ao chefe do executivo flagrado recebendo massos de dinheiro, durante campanha eleitoral em 2006, em circunstâncias muito suspeitas.
Certamente, esta não é a posição da Polícia Militar do Distrito Federal, a mais bem paga do Brasil, uma instituição de credibilidade nacional pelo seu preparo profissional e idoneidade. A PMDF deve mostar isenção no episódio, manter a ordem pública com equilíbrio, respeitando a democracia.
O governador deve ser expulso do Democratas, caso não se antecipe e tome alguma iniciativa por conta própria.
Dia Nacional do Palhaço
Uma "coincidência", no mínimo, inusitada, o Dia Nacional do Palhaço, ser comemorado no Brasil, no dia seguinte ao Dia Mundial de Combate à Corrupção, transcorrido ontem.
Outro aspecto histórico interessante é refletir que a proposta de comemorar o Dia Mundial de Combate à Corrupção, aprovado pela ONU, não foi uma idéia finlandesa -país com menor índice de corrupção no planeta - foi uma idéia brasileira.
Casualmente, abrimos os jornais, ontem e hoje, no Brasil e nos deparamos com fartas notícias de corrupção, em todos os lados. Lendo a poesia escrita em homenagem aos palhaços de profissão, abaixo transcrita, senti vergonha de me sentir um palhaço, como muitos brasileiros se sentem, toda vez que somos enganados. Um sentimento pejorativo que deturpa o significado da vida honrada e a obra original dos verdadeiros palhaços.
A esses trabalhadores da alegria, semeadores do riso, com semblantes tristes e melancólicos, minha sincera homenagem.
Meu irmão, Adroaldo, colabora nesta postagem com texto escaneado de um recorte de revista que tinha guardado e, minha filha Natália sugere um vídeo do You Tube.
VÍDEO
"Eu quero explicar a vocês, o que é ser um palhaço. O que é ser o que eu sou. E fazer isso o que eu faço, ser palhaço é saber distribuir alegria e bom humor. E com esforço contentar o público espectador. Muita gente diz “palhaço” quando quer xingar alguém. E esse nome pronunciam com escárnio e desdém. E ao ouvir esta palavra, outros sentem até pavor. Como se palhaço fosse criatura inferior. Mas de uma coisa fiquem certos, para ser um bom palhaço, é preciso alma forte e também nervos de aço. E além de tudo é preciso ter um grande coração para sentir isso o que eu sinto. Grande amor à profissão. O Palhaço também tem suas noites de vigília, pois lá na sua barraca, ele tem a sua família. Palhaço, meus amigos, não é nenhum repelente. Palhaço não é bicho. Palhaço também é gente. Falo isso em meu nome e em nome de outros palhaços que muitas vezes trabalham com a alma em pedaços. Ser palhaço é saber disfarçar a própria dor. É saber sempre esconder que também é sofredor. Porque se o palhaço está sofrendo, ninguém deve perceber, pois, o palhaço nem tem o direito de sofrer".
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Dia Mundial de Combate à Corrupção - ONU
Abrimos os jornais hoje no Brasil, do Norte ao Sul e do Leste ao Oeste, e nos deparamos com fartas notícias falando da corrupção em nosso país. A personagem do dia está em alta. Passeia soberba nas passarelas políticas, impávida, desfila no bolso dos seus filhos desonestos.
O dia proclamado pela ONU no mundo todo é uma idéia brasileira. Tudo a ver! A iniciativa verde amarela lembra uma máxima de caserna: "moral de cueca". Aduz também a um antigo dito popular: "Façam o que eu digo. Não façam aquilo que eu faço".
Neste contexto esdrúxulo, serve de alento, os estrangeiros que nos visitam dizerem que o que de melhor tem o Brasil, são os brasileiros. Só precisamos aprender a votar agora. Quem sabe nas próximas eleições!
O dia proclamado pela ONU no mundo todo é uma idéia brasileira. Tudo a ver! A iniciativa verde amarela lembra uma máxima de caserna: "moral de cueca". Aduz também a um antigo dito popular: "Façam o que eu digo. Não façam aquilo que eu faço".
Neste contexto esdrúxulo, serve de alento, os estrangeiros que nos visitam dizerem que o que de melhor tem o Brasil, são os brasileiros. Só precisamos aprender a votar agora. Quem sabe nas próximas eleições!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Reunião de Turma - Aspirantes 1988 BM
Membros da Turma de Aspirantes 1988 da BM reunem-se a partir desta sexta-feira, até o próximo domingo, dia 06 de dezembro, no Hotel Continental, em Canela (RS). O lugar é muito agradável, a paisagem é encantadora, o clima nessa época do ano é refrescante e a infra-estrutura do hotel oferece aos seus hóspedes muito conforto.
Na pauta do encontro de confraternização e lazer, onde estarei presente, além do divertimento e do descanço merecido, o ambiente motiva conversas familiares e profissionais. O corpo e a mente colhem as boas energias da Serra Gaúcha, os aspirantes fortalecem laços de amizade, revivem memórias de caserna, constroem novas lembranças e ao final do encontro devem voltar revigorados aos afezeres de nosso corpo policial centenário. Aroldo.
O hotel Continental
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Aulas de história da BM
Uma atividade que me traz grande realização profissional é dar aulas na Brigada Militar. Já perdi a conta de quantas turmas colaborei na formação, em meus quase 25 anos de serviço ativo na Brigada. Hoje iniciei mais um novo ciclo de instrução. Passei a dar aulas de História da BM para três turmas, em formação no 9º Batalhão de Polícia Militar. São 120 alunos. Cada turma de 40 alunos terá 20 horas aula de história da corporação que este ano completou 172 anos de existência.
Tive ótima impressão dos alunos, em meu primeiro dia de aula. A maioria de famílias do interior do Estado. Estão ávidos de conhecimento. Transpiram juventude e saúde. Uns mais tímidos e outros mais extrovertidos, vem imbuídos de vontade de trabalhar. Constituem uma matéria prima humana boa de formar como paladinos da lei e da ordem. A sociedade clama por eles. Precisam ser reconhecidos e valorizados, permanentemente, com políticas de Estado, contínuas, voltadas a todos trabalhadores da área de segurança pública.
São bem vindos! Alunos sempre me remetem a idéia de oxigênio.
Sítio da Família Lima
Vida de policial militar não é fácil. Tem características de um sacerdócio. Exige, não raras vezes, muita abnegação e sacrifícios. Renúncia material é constante. Compensa e recompensa, principalmente, quando salvamos vidas.
Em meio ao turbilhão de atividades profissionais, ocorrem pausas para descanso. Um desses "stops" ficará guardado em nossas boas lembranças de caserna. Dia desses, por iniciativa do tenente-coronel Hermito Bortoluzzi, Chefe do Centro de Intendência da BM, fomos passar o dia, no Sítio da Família Lima, em Dois Irmãos. O lugar fica há 60 km de Porto Alegre, no eixo da BR-116. Caminhamos, tomamos banho no rio e saboreamos um ótimo churrasco com saladas. O espírito saiu revigorado.
O lugar é lindo, limpo e bem cuidado. Excelente para confraternizar entre colegas, amigos e familiares. Uma autêntica reserva ecológica. É um parque de lazer bem organizado, divertido, em meio a mata nativa, um rio maravilhoso, água limpa, com expressivas corredeiras e cachoeiras naturais. A higiene mental, o descanso, a paz e a harmonia é garantida, especialmente durante a semana. Nos finais de semana, normalmente, lota. Também funciona como camping. O ingresso custa R$ 10,00(dez reais), por pessoa e a diária no camping é R$ 12,00 (doze reais). O lazer proporcionado, vale cada real. Recomendo! Quem for, não pode esquecer a "máquina digital". O parque proporciona ótimas imagens, para guardar no álbum de família.
Parabéns à Família Lima e aos administradores do lugar.
Aroldo Medina.
Mapa do Tesouro Natural
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Palmadas na educação dos filhos
Hoje de manhã cedo, sete e meia da manhã, ouvia o Ricardo Boechat, na Rádio Band News FM, 99.3. O Ricardo comentava sobre uma lei que será votada na França, nos próximos dias, apresentada por uma deputada pedagoga. A lei pretende proibir no "berço do iluminismo" (esta expressão é por minha conta), palmadas nos "bumbuns" das crianças.
O Ricardo falou que era pai de seis filhos e que não havia dispensado a palmada, na criação dos seus filhos e, sempre como último recurso, depois de esgotar toda aquela fase de argumentação, até usar a linguagem da força, da autoridade de pai. Arrependeu-se depois de cada palmada, mas garantiu que não havia outro remédio e que os filhos a mereceram.
Ouvindo o comentário no rádio, lembrei do meu pai, Ivo Medina (1928-1988), in memorian, um homem do bem. Perdi ele para um ataque cardíaco quando ele iria fazer 60 anos. Meu pai tinha muita paciência comigo. Quando criança, aprontei um monte. Era arteiro, por natureza. Só fui "domado" depois de umas três surras, mais ou menos. Todas merecidas e bem dadas. E, não foi nenhuma palmadinha. A palmada não adiantava nada. Dobrei-me mesmo foi diante de uma cinta de couro que o meu pai usava para segurar as suas calças. E, não foi por falta de aviso. Olha! Tenho consciência que abusei da paciência dele e da minha mãe Nilva de Wallau Medina (1935). Sou grato a educação que recebi. O disco que mais ouvia da boca dos meus pais era: "- Estuda Aroldo. O maior bem que vamos te deixar é a educação e o estudo".
Na volta para casa, parei para jantar numa galeteria que frequento há 20 anos, a Primo Polastro, em Porto Alegre. O José Aldair Saldanha, funcionário antigo do estabelecimento, veio me recepcionar com o sorriso de sempre. Costuma me incentivar para concorrer nas eleições. Diz que tenho o seu voto garantido. Falamos um pouco sobre política e, em seguida entrei para jantar. Na saída, ainda com as palavras do Boechat na cabeça, provoquei o assunto com o José.
Fui direto ao ponto. Perguntei se ele tinha feito muita arte quando era pequeno. O José foi rápido: "- Báh! Eu era terrível. Meu professor uma vez, me deu com uma vara de marmelo nas costas. Duas lambadas..." Interrompi: "- O professor?!" Sim. O professor, disse ele. "-Faltei com o respeito, com o professor Oreste e ele me tascou a vara nas costas. Fui pra casa com o lombo ardendo. Tirei até a camisa, de tanto que ardia. Cheguei em casa meio distraído e o meu pai viu aqueles dois vergões nas minhas costas e perguntou o que tinha acontecido. Tentei desconversar, mas acabei tendo que contar pro meu pai, o que havia ocorrido. Ele pegou outra vara e me fez mais alguns vergões, dizendo que eu tinha que respeitar o professor".
Vou dormir com as palavras finais do jornalista Ricardo Boechat, ecoando na minha mente, um recado para os políticos brasileiros que gostam de macaquices: "- Eu penso que o Estado não deve interferir no modo como educo meus filhos dentro da minha casa... Eu não quero o Estado interferindo no espaço que separa a palma da minha mão e a bunda dos meus filhos". Apoiado!
82% dos franceses ouvidos em uma pesquisa sobre a matéria são contra a aprovação da lei.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Bandeira do Brasil em alta.
A bandeira como conhecemos ela hoje foi instituída por decreto do marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, em 19 de novembro de 1889. O campo verde e o losango amarelo provêm da bandeira imperial do Brasil e na sua concepção original, essas cores querem aludir a defesa da pátria pelo nosso Exército e ainda simbolizar a perpetuidade e a integridade de nosso país.
Esta informação histórica eu colhi na leitura do livro "A História dos Símbolos Nacionais", edição do Senado Federal de 2005, volume 47, páginas 72 e 73, obra adquirida em nossa recente 55ª Feira do Livro de Porto Alegre.
A Bandeira do Brasil foi o símbolo nacional mais lembrado por estrangeiros ouvidos em uma pesquisa de opinião encomendada pela EMBRATUR, divulgada pela mídia nacional no início deste mês. Em segundo lugar ficou o querido Cristo Redentor, no RJ. Na mesma pesquisa o povo brasileiro foi eleito pelos estrangeiros como o que há de melhor no Brasil, aspecto que deve nos orgulhar bastante e que aumenta muito nossa responsabilidade internacional.
Penso que podemos expressar melhor nosso amor pelo país, sendo mais patriotas.
Pesquisa com estrangeiros sobre o Brasil
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
BM 172 anos
Na vida dos gaúchos há 172 anos, a Brigada Militar está presente em todas as cidades do RS. São pouco mais vinte mil homens e mulheres na ativa, para guardar pela segurança pública de mais de 10 milhões de pessoas que habitam e visitam nosso Estado. Não incluí nesta conta, os recém incorporados novos alunos soldados, porque precisam estar devidamente formados para serem contabilizados, como escudo de defesa de nossa sociedade.
Do soldado ao coronel, todos exercem um papel determinante na manutenção da ordem pública, fator imprescindível para o desenvolvimento social e econômico do RS. No dizer do professor Voltaire Schilling, exerce a BM uma força magnética social, pouco observada, de manutenção da unidade de nosso território, desde que foi criada. Precisa ser melhor estudada. O livro mais conhecido que relata sua história data de 1972, “Crônica da Brigada Militar”, de Hélio Moro Mariante. O trabalho policial é um manancial de conhecimento ainda pouco explorado. Nossas universidades podem se constituir em laboratórios com excelentes credenciais para fomentar esses estudos.
Historicamente é uma força pública disciplinada para o bem do Rio Grande. Foi criada ainda no Império, em 18 de novembro de 1837, pelo presidente da Província de São Pedro, Antônio Elzeário de Miranda. Atuou em praticamente todos os conflitos internos ocorridos no Brasil desde então, até a presente data. Não combateu os Farrapos. Lutou na Guerra do Paraguai, contra Solano Lopez. Na sangrenta Revolução Federalista estava presente. Não se ausentou nas refregas intestinas da década de 20, nem tão pouco nas agitações do Estado Novo, em 1930. Em 1961, evidenciou-se nacionalmente pela Legalidade, sob a liderança do governador Leonel Brizola. Na Revolução de 64 cumpriu o que a Constituição lhe reservava: a manutenção da ordem pública, não lhe sendo imputada a tortura de nenhum preso político. Finda sua fase bélica e de transição, entra na sua fase policial, no início da década de 70.
Dos anos 70 até a presente data, bate-se na condição de polícia, ao lado de instituições co-irmãs, contra os inimigos da sociedade: os bandidos que não respeitam o patrimônio e a vida dos gaúchos e, tão pouco a vida dos policiais. O sangue brigadiano continua sendo derramado, pela preservação dos ideais inscritos em nossa bandeira: liberdade, igualdade e a buscada fraternidade entre os homens. Sua força e Justiça Militar, ao lado do Poder constituído de outras instituições civis é garantia do Estado Democrático de Direito.
A Brigada percorreu um longo caminho até aqui, cometendo erros e acertos nessa jornada. A honra dos seus homens e mulheres de outrora e de hoje é um patrimônio histórico e cultural que não pode ser alienado. É a base da confiança que os gaúchos nela depositam. Entre seus grandes desafios estão: a defesa incondicional da sociedade; a valorização profissional e salarial permanente dos seus efetivos, do soldado mais moderno ao coronel mais antigo; seu desenvolvimento tecnológico; o combate a corrupção e a violência policial, onde quer que ocorram.
Como presente de aniversário, seus componentes poderiam dar a si mesmos, uma fatia generosa de união e solidariedade. Deus ilumine a Brigada Militar.
domingo, 15 de novembro de 2009
República Federativa do Brasil: 120 anos.
A monarquia brasileira estava em crise, no final da década de 1880. A forma de governo não correspondia às mudanças sociais em processo. As classes sociais da época defendiam a implantação de uma nova forma de governo capaz de fazer o país avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser resumida nas seguintes questões:
- Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando descontentamento da Igreja Católica;
- Críticas de integrantes do Exército Brasileiro que não aprovavam a corrupção existente na corte. Os militares também estavam descontentes com a proibição imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa, sem prévia autorização do Ministro da Guerra;
- A classe média, composta por funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas e comerciantes, identificada com ideais republicanos, estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e participação nos assuntos políticos do país;
- Falta de apoio dos grandes proprietários rurais com grande poder econômico que desejavam maior poder político;
Diante desse cenário, sem apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país.
Assim, no dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos simpatizantes da república, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil, iniciando um governo provisório.
Transcorridos 67 anos, a monarquia chegava ao seu fim no Brasil. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiram rumo à Europa. A partir de então, o pais passa a ser governado por um presidente escolhido através de eleições.
sábado, 14 de novembro de 2009
Água na lua
Vi no noticiário desta noite que encontraram água na lua. Muito interessante a descoberta.
Água é sempre sinônimo de vida. Água boa é claro. Do tipo, sem poluentes. Imagino que a água da lua deva estar boa. Será radioativa?! Se for, deve ser saudável, pois, leio em alguns rótulos de água mineral, vendida nos supermercados, que na composição daquele líquido precioso à venda, ela é "radioativa"! Essa água da lua ainda vai dar muito o que falar.
Mais uma vez, o Google saca a "idéia das estrelas" e agrega o valor da descoberta a sua marca. Por essas iniciativas, simples e bem legais, declaro: "Sou muito fã do Google". Já gostava mesmo antes de lançarem o "Gmail" que é genial, além de ser de graça! O Google também comprou o BLOGGER que nos permite ter blogs bem legais, com grandes utilidades e, novamente, de graça para o usuário, como este que utilizo neste momento para comunicar essas idéias, aos visitantes desse espaço que são nossa razão de existir.
Se uma empresa pudesse concorrer a um NOBEL, eu votaria de olhos fechados e mãos atadas no GOOGLE, para o "NOBEL DE TECNOLOGIA POPULAR PLANETÁRIA"!
Aroldo Google Medina.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Montepio MBM: eleições e ensinamentos.
Logo ao chegar em meu local de trabalho, hoje, fui informado que havia sido nomeado pelo diretor do DLP, tenente-coronel Carlos Frederico Azevedo Hirsch, para presidir a Comissão Eleitoral que deveria colher os votos dos associados do Montepio da BM que trabalham no Departamento de Logística e Patrimônio da Brigada Militar, para escolha do delegado de nosso departamento, junto ao MBM.
Ciente da missão e sentindo-me honrado com ela, iniciei o processo eleitoral, secretariado pelo tenente Jacobsen, tendo como membro intermediário, o destemido capitão Sequeira. O cuidadoso tenente trouxe-me a urna, produzida por ele próprio. Uma caixa de papelão, devidamente encapada, como um caderno escolar de um aluno caprichoso. Em seguida, o tenente alcançou-me as cédulas eleitorais e disse em tom determinado: "- Major. O senhor tem que rubricar as cédulas." Prontamente atendi a recomendação do tenente, enquanto indagava sobre os eleitores do DLP.
Iniciamos o processo tendo dois candidatos: o major Evandro José Horn, ansioso pelo início da eleição e o tranqüilo major Bernardes.
Os trabalhos iniciados, liguei para os eleitores dizendo que o pleito estava em andamento. Um a um foram comparecendo. A major Janete, convocada a votar, logo ao entrar na sala da Divisão de Patrimônio, onde se encontrava a urna, chegou a protestar, como muitas pessoas fazem, descrentes na política das eleições. Depois de trocar de roupa, compareceu junto a mesa, devidamente fardada, disposta a votar.
A Janete foi direta. "- Vou votar em consideração a ti Medina. Tu continua o mesmo otimista desde que te conheci como cadete da Brigada". Ganhei a semana com esta frase, numa sexta-feira 13. A Janete injetou adrenalina pura na minha veia. Fortaleceu ainda mais meu ânimo de continuar promovendo a democracia pelo voto direto.
Não imaginava que Deus seria ainda mais generoso comigo neste dia. Encerrado o horário de votação, reuni a comissão eleitoral, convidei a major Marta e o major Osvaldo para testemunharem a apuração dos votos. Abrimos a urna. Contamos um a um, os votos. Disputa apertada. Final da apuração, constatamos um rigoroso empate.
Pelo regulamento deveria ser eleito o de posto mais antigo. Os dois candidatos eram majores. Fomos para o segundo critério de desempate: quem nasceu primeiro? O Horn ganhou. Veio ao mundo em 1965, o Bernardes em 1967.
Cumprimentei o Horn e liguei para o Bernardes para informar-lhe o resultado. Do outro lado da linha o Bernardes recebeu o resultado com muita disciplina. Prontifiquei-me em lhe dar informações sobre o pleito. O Bernardes me faz uma única pergunta: "- O senhor estava presente na apuração?" Claro que sim, respondi com um ar de obviedade na minha cabeça. E o Bernardes atalhou: "- Veterano, então isso me basta. O resultado atestado por um homem do seu caráter, para mim é suficiente".
Bernardes, divido contigo e com os leitores desse espaço, tua gentileza e, digo que és mais digno ainda, por reconhecer nos outros, aquilo que te sobra na tua conduta diária. O caráter de um homem verdadeiramente de bem. Como a Janete, tu e tantos outros aumentam minha responsabilidade moral e política, no mais elevado grau. Sem querer parecer piegas ou romanceiro, assevero, prefiro a morte, a transigir com a honra e transgredir a confiança que os nobres irmãos e irmãs me concedem.
Longe de ser um homem perfeito, tenho muitos defeitos. Por exemplo, luto para controlar a raiva que sinto ao me deparar com motoristas irresponsáveis no trânsito. Sou ainda perfeccionista e não consigo desligar de tentar colocar algumas coisas ao meu alcance, em ordem. Indigno-me com aqueles que maltratam crianças e ignoram pessoas idosas. Não tolero os que usam de crueldade com os animais e aqueles que destroem os rios e as florestas por ganância. Estas e outras tantas imperfeições que peço a Deus em minhas orientações, para que eu não sinta tanta raiva e possa perdoar seres humanos que agem assim.
Talvez eu nunca me eleja para um cargo eletivo como gostaria, porque me falta poder econômico para bancar uma campanha, ao cargo que meus amigos, amigas e apoiadores almejam me colocar. Mas continuo em paz com minha conciência, porque creio que estou fazendo minha parte. Também sei que poderia fazer mais, como qualquer outra pessoa, mas como qualquer outra pessoa recaio na fraqueza de me sentir pequeno diante de tantos desafios que a vida coloca, diariamente, a nossa frente.
Não desisto, vou em frente, reabastecendo meu coração, na generosidade de tantas pessoas de maior valor e mérito que me encorajam, ainda que sem saber, dizendo que sou merecedor da sua confiança. Peço a Deus que ilumine e me fortaleça o espírito e o caráter, para viver de forma a ser digno dela.
Aroldo Medina
Ciente da missão e sentindo-me honrado com ela, iniciei o processo eleitoral, secretariado pelo tenente Jacobsen, tendo como membro intermediário, o destemido capitão Sequeira. O cuidadoso tenente trouxe-me a urna, produzida por ele próprio. Uma caixa de papelão, devidamente encapada, como um caderno escolar de um aluno caprichoso. Em seguida, o tenente alcançou-me as cédulas eleitorais e disse em tom determinado: "- Major. O senhor tem que rubricar as cédulas." Prontamente atendi a recomendação do tenente, enquanto indagava sobre os eleitores do DLP.
Iniciamos o processo tendo dois candidatos: o major Evandro José Horn, ansioso pelo início da eleição e o tranqüilo major Bernardes.
Os trabalhos iniciados, liguei para os eleitores dizendo que o pleito estava em andamento. Um a um foram comparecendo. A major Janete, convocada a votar, logo ao entrar na sala da Divisão de Patrimônio, onde se encontrava a urna, chegou a protestar, como muitas pessoas fazem, descrentes na política das eleições. Depois de trocar de roupa, compareceu junto a mesa, devidamente fardada, disposta a votar.
A Janete foi direta. "- Vou votar em consideração a ti Medina. Tu continua o mesmo otimista desde que te conheci como cadete da Brigada". Ganhei a semana com esta frase, numa sexta-feira 13. A Janete injetou adrenalina pura na minha veia. Fortaleceu ainda mais meu ânimo de continuar promovendo a democracia pelo voto direto.
Não imaginava que Deus seria ainda mais generoso comigo neste dia. Encerrado o horário de votação, reuni a comissão eleitoral, convidei a major Marta e o major Osvaldo para testemunharem a apuração dos votos. Abrimos a urna. Contamos um a um, os votos. Disputa apertada. Final da apuração, constatamos um rigoroso empate.
Pelo regulamento deveria ser eleito o de posto mais antigo. Os dois candidatos eram majores. Fomos para o segundo critério de desempate: quem nasceu primeiro? O Horn ganhou. Veio ao mundo em 1965, o Bernardes em 1967.
Cumprimentei o Horn e liguei para o Bernardes para informar-lhe o resultado. Do outro lado da linha o Bernardes recebeu o resultado com muita disciplina. Prontifiquei-me em lhe dar informações sobre o pleito. O Bernardes me faz uma única pergunta: "- O senhor estava presente na apuração?" Claro que sim, respondi com um ar de obviedade na minha cabeça. E o Bernardes atalhou: "- Veterano, então isso me basta. O resultado atestado por um homem do seu caráter, para mim é suficiente".
Bernardes, divido contigo e com os leitores desse espaço, tua gentileza e, digo que és mais digno ainda, por reconhecer nos outros, aquilo que te sobra na tua conduta diária. O caráter de um homem verdadeiramente de bem. Como a Janete, tu e tantos outros aumentam minha responsabilidade moral e política, no mais elevado grau. Sem querer parecer piegas ou romanceiro, assevero, prefiro a morte, a transigir com a honra e transgredir a confiança que os nobres irmãos e irmãs me concedem.
Longe de ser um homem perfeito, tenho muitos defeitos. Por exemplo, luto para controlar a raiva que sinto ao me deparar com motoristas irresponsáveis no trânsito. Sou ainda perfeccionista e não consigo desligar de tentar colocar algumas coisas ao meu alcance, em ordem. Indigno-me com aqueles que maltratam crianças e ignoram pessoas idosas. Não tolero os que usam de crueldade com os animais e aqueles que destroem os rios e as florestas por ganância. Estas e outras tantas imperfeições que peço a Deus em minhas orientações, para que eu não sinta tanta raiva e possa perdoar seres humanos que agem assim.
Talvez eu nunca me eleja para um cargo eletivo como gostaria, porque me falta poder econômico para bancar uma campanha, ao cargo que meus amigos, amigas e apoiadores almejam me colocar. Mas continuo em paz com minha conciência, porque creio que estou fazendo minha parte. Também sei que poderia fazer mais, como qualquer outra pessoa, mas como qualquer outra pessoa recaio na fraqueza de me sentir pequeno diante de tantos desafios que a vida coloca, diariamente, a nossa frente.
Não desisto, vou em frente, reabastecendo meu coração, na generosidade de tantas pessoas de maior valor e mérito que me encorajam, ainda que sem saber, dizendo que sou merecedor da sua confiança. Peço a Deus que ilumine e me fortaleça o espírito e o caráter, para viver de forma a ser digno dela.
Aroldo Medina
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
BM em Canoas tem aula com prefeito Jairo Jorge
Tive a grata satisfação de receber convite para participar hoje, às 19 horas na ULBRA, em Canoas, de evento educacional organizado pelo Comando do CPM (Comando de Policiamento Metropolitano) e do 15º BPM.
O coronel Jorge Luiz Agostini e o tenente-coronel Carlos Roberto Bondan da Silva, dois líderes de reconhecida expressão intelectual na BM, convidaram o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, para proferir uma palestra aos 161 novos alunos do Curso Básico de Formação de Polícia Militar. Após formados, deverão trabalhar em Canoas. Uma boa notícia para a cidade.
Em sua aula magna o prefeito Jairo Jorge destacou que vê a segurança pública como uma questão de Estado. O assunto deve ser tratado acima de governos. Entende como acertado o protagonismo do PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania) desenvolvido pelo Governo Federal que chama os prefeitos para ter uma participação mais ativa na segurança do cidadão, na sua cidade.
O prefeito de Canoas falou das inovações em sua gestão. Criação do GGI (Gabinete de Gestão Integrada) que funciona como um centro técnico de elaboração de ações integradas na área da segurança pública. O gabinete reúne os atores estaduais e municipais para falar de questões afins no desenvolvimento de ações de defesa do cidadão. O trabalho é complementado por um “Observatório Municipal” que pesquisa, reúne e analisa dados relacionados aos indicadores presentes em questões de segurança pública.
Jairo Jorge destacou a importância para a cidade de Canoas receber os novos futuros policiais. Enfatizou a importância do trabalho da BM em Canoas e motivou os novos PMs a compreenderem sua responsabilidade neste cenário. Afirmou que seu papel como prefeito será assegurar a população de Canoas melhor segurança pública através da valorização do policial. Neste sentido, registrou que já estuda uma maneira de reforçar um programa do Governo Federal, o “Bolsa Formação” que paga para os policiais estudarem e se aperfeiçoarem como trabalhadores da área de segurança pública. Jairo Jorge quer pagar aos PMs que trabalham na cidade, uma segunda bolsa para que eles se dediquem ainda mais na defesa da comunidade canoense.
Antes de começar o evento sugeri ao prefeito, o desenvolvimento de um projeto na área habitacional, voltado aos praças que trabalham em Canoas, especialmente para os novos alunos que vieram do interior para trabalhar na capital, apenas com uma mala de viagem e muita coragem para enfrentar o custo de vida da cidade grande. O prefeito foi ágil. Imediatamente, acolheu a idéia e se dispôs a colocá-la em pratica. A julgar pelo bem que esta fazendo para Canoas, em apenas 10 meses de gestão, atrevo-me em dizer que o jovem prefeito irá surpreender muitos, em desenvolver mais este bom projeto para qualificar a segurança pública em Canoas.
Empolgado pelas idéias e determinação do prefeito, ao final de sua excelente palestra, mandei um cartãozinho para meu fraterno amigo coronel Agostini que coordenava os trabalhos, pedindo-lhe “dois dedos” de tempo para fazer uma breve locução. Ganhei um “balde de água fria”. O coronel não me concedeu a palavra. O protocolo da cerimônia não previu “meu entusiasmo”. Reveses que aqueles que se imaginam ainda idealistas como eu, estão acostumados.
Eu só queria dizer que havia apreciado muito, como cidadão que mora há 35 anos em Canoas, a iniciativa do Comando da BM na Região Metropolitana em ter tomado iniciativa tão louvável, integrar numa aula realmente magna, o prefeito da cidade com os novos alunos em formação.
Também queria ter podido contar que naquele mesmo auditório, há 15 anos atrás, eu havia sido empossado como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Comunicação Social da ULBRA, quando estudava jornalismo nesta Universidade. E que no ato desta posse depois de eleito, revelei aos meus colegas da comunicação que eu era brigadiano. Foi o mesmo que dizer que eu era leproso. Um silêncio geral tomou conta do auditório e depois de alguns segundos, um colega no fundo gritou: “Votamos num porco”!
Depois de desarmar o espírito de alguns colegas, fizemos a partir daquele dia, uma gestão integrada, como o prefeito de Canoas está fazendo, sem preconceitos e muito trabalho. No final da gestão, meus colegas defendiam um segundo mandato, bem cientes e conscientes de que eu era um policial militar da ativa da BM. Mas entendi que havia feito a minha parte e passei a presidência para outro colega.
Aquele auditório despertou-me esta reminiscência saudosa que quis compartilhar com todos ali presentes, como um exemplo de cidadania, assim como uma homenagem a democracia e aos líderes que nos oportunizavam um encontro com nossas consciências.
O próprio prefeito em sua apresentação evocou a importância da democracia e ainda nos ajudou a compreender nossos tropeços nela ao lembrar que o Brasil em seus 500 anos de existência, ainda não viveu 50 anos de democracia continuada. Exortou-nos ainda, o prefeito, a pensarmos que outrora conjugávamos idéias de SEGURANÇA X CIDADANIA quando deveríamos introduzir o estudo como: SEGURANÇA E CIDADANIA, com uma idéia de adição representada pela conjunção aditiva "E" e não idéia de confronto, representada pela letra "X" de versus. Grande pensamento! Um único simbolo sob o ponto de vista semiótico, pode fazer muita diferença.
Creio que esta aula do prefeito, naquele auditório, com os atores ali presentes, com mais esta pequena história, formaria um bom conjunto de informações úteis a formação dos novos alunos. Será que fui inconveniente ao pedir permissão ao professor para participar da aula com um comentário, na condição de um empolgado aluno assistente?
Por fim, compartilho com os generosos visitantes desse espaço que ainda tenho esperanças de que os homens que se debatem por ideais possam ser melhor compreendidos pelas autoridades que nos governam e comandam. Que Deus ilumine a todos nós e nos proteja nessa caminhada da vida.
Um grande abraço a todos, Aroldo Medina.
O coronel Jorge Luiz Agostini e o tenente-coronel Carlos Roberto Bondan da Silva, dois líderes de reconhecida expressão intelectual na BM, convidaram o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, para proferir uma palestra aos 161 novos alunos do Curso Básico de Formação de Polícia Militar. Após formados, deverão trabalhar em Canoas. Uma boa notícia para a cidade.
Em sua aula magna o prefeito Jairo Jorge destacou que vê a segurança pública como uma questão de Estado. O assunto deve ser tratado acima de governos. Entende como acertado o protagonismo do PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania) desenvolvido pelo Governo Federal que chama os prefeitos para ter uma participação mais ativa na segurança do cidadão, na sua cidade.
O prefeito de Canoas falou das inovações em sua gestão. Criação do GGI (Gabinete de Gestão Integrada) que funciona como um centro técnico de elaboração de ações integradas na área da segurança pública. O gabinete reúne os atores estaduais e municipais para falar de questões afins no desenvolvimento de ações de defesa do cidadão. O trabalho é complementado por um “Observatório Municipal” que pesquisa, reúne e analisa dados relacionados aos indicadores presentes em questões de segurança pública.
Jairo Jorge destacou a importância para a cidade de Canoas receber os novos futuros policiais. Enfatizou a importância do trabalho da BM em Canoas e motivou os novos PMs a compreenderem sua responsabilidade neste cenário. Afirmou que seu papel como prefeito será assegurar a população de Canoas melhor segurança pública através da valorização do policial. Neste sentido, registrou que já estuda uma maneira de reforçar um programa do Governo Federal, o “Bolsa Formação” que paga para os policiais estudarem e se aperfeiçoarem como trabalhadores da área de segurança pública. Jairo Jorge quer pagar aos PMs que trabalham na cidade, uma segunda bolsa para que eles se dediquem ainda mais na defesa da comunidade canoense.
Antes de começar o evento sugeri ao prefeito, o desenvolvimento de um projeto na área habitacional, voltado aos praças que trabalham em Canoas, especialmente para os novos alunos que vieram do interior para trabalhar na capital, apenas com uma mala de viagem e muita coragem para enfrentar o custo de vida da cidade grande. O prefeito foi ágil. Imediatamente, acolheu a idéia e se dispôs a colocá-la em pratica. A julgar pelo bem que esta fazendo para Canoas, em apenas 10 meses de gestão, atrevo-me em dizer que o jovem prefeito irá surpreender muitos, em desenvolver mais este bom projeto para qualificar a segurança pública em Canoas.
Empolgado pelas idéias e determinação do prefeito, ao final de sua excelente palestra, mandei um cartãozinho para meu fraterno amigo coronel Agostini que coordenava os trabalhos, pedindo-lhe “dois dedos” de tempo para fazer uma breve locução. Ganhei um “balde de água fria”. O coronel não me concedeu a palavra. O protocolo da cerimônia não previu “meu entusiasmo”. Reveses que aqueles que se imaginam ainda idealistas como eu, estão acostumados.
Eu só queria dizer que havia apreciado muito, como cidadão que mora há 35 anos em Canoas, a iniciativa do Comando da BM na Região Metropolitana em ter tomado iniciativa tão louvável, integrar numa aula realmente magna, o prefeito da cidade com os novos alunos em formação.
Também queria ter podido contar que naquele mesmo auditório, há 15 anos atrás, eu havia sido empossado como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Comunicação Social da ULBRA, quando estudava jornalismo nesta Universidade. E que no ato desta posse depois de eleito, revelei aos meus colegas da comunicação que eu era brigadiano. Foi o mesmo que dizer que eu era leproso. Um silêncio geral tomou conta do auditório e depois de alguns segundos, um colega no fundo gritou: “Votamos num porco”!
Depois de desarmar o espírito de alguns colegas, fizemos a partir daquele dia, uma gestão integrada, como o prefeito de Canoas está fazendo, sem preconceitos e muito trabalho. No final da gestão, meus colegas defendiam um segundo mandato, bem cientes e conscientes de que eu era um policial militar da ativa da BM. Mas entendi que havia feito a minha parte e passei a presidência para outro colega.
Aquele auditório despertou-me esta reminiscência saudosa que quis compartilhar com todos ali presentes, como um exemplo de cidadania, assim como uma homenagem a democracia e aos líderes que nos oportunizavam um encontro com nossas consciências.
O próprio prefeito em sua apresentação evocou a importância da democracia e ainda nos ajudou a compreender nossos tropeços nela ao lembrar que o Brasil em seus 500 anos de existência, ainda não viveu 50 anos de democracia continuada. Exortou-nos ainda, o prefeito, a pensarmos que outrora conjugávamos idéias de SEGURANÇA X CIDADANIA quando deveríamos introduzir o estudo como: SEGURANÇA E CIDADANIA, com uma idéia de adição representada pela conjunção aditiva "E" e não idéia de confronto, representada pela letra "X" de versus. Grande pensamento! Um único simbolo sob o ponto de vista semiótico, pode fazer muita diferença.
Creio que esta aula do prefeito, naquele auditório, com os atores ali presentes, com mais esta pequena história, formaria um bom conjunto de informações úteis a formação dos novos alunos. Será que fui inconveniente ao pedir permissão ao professor para participar da aula com um comentário, na condição de um empolgado aluno assistente?
Por fim, compartilho com os generosos visitantes desse espaço que ainda tenho esperanças de que os homens que se debatem por ideais possam ser melhor compreendidos pelas autoridades que nos governam e comandam. Que Deus ilumine a todos nós e nos proteja nessa caminhada da vida.
Um grande abraço a todos, Aroldo Medina.
domingo, 8 de novembro de 2009
Ponto para os bandidos - 2ª Parte
A vítima do furto pagou o resgate do próprio carro que foi devolvido pelos bandidos. Sentiu-se ao final da negociação, satisfeita com o resultado, mesmo ficando com uma dívida na empresa onde trabalha que lhe emprestou o dinheiro, para pagar o preço da extorção.
Chama atenção o "modus operandi" dos gangsters gaúchos. Em sintese: roubam o carro. Fazem contato com a vítima. Propõe devolver o carro se o proprietário pagar um resgate. O proprietário dá ouvidos a proposta dos bandidos. Os bandidos estabelecem as regras. 1ª) Nada de polícia. 2ª) Querem o dinheiro já. 3ª) Aterrorizam a vítima.
A negociação prossegue. O dono do carro arruma o dinheiro. Combinam o local da entrega do dinheiro. Se a vítima exigir ver o carro antes de pagar, os bandidos dizem onde ele pode ser visto "rapidinho". Estacionam o veículo furtado ou roubado numa rua, num estacionamento, num posto de gasolina onde a vítima é orientada a passar, olhar e não parar. A seguir o proprietário é orientado a ir no local onde deverá fazer o pagamento. No local do pagamento a vítima aguarda. Os bandidos vigiam o local para ver se não tem polícia na parada. Passam uma, duas, três vezes de carro, moto, bicicleta, à pé pelo local e não notando presença policial, chamam o motoboy da "sua confiança" para receber a grana. Aparece o motoboy que aborda a vítima para receber a "encomenda".
Quando o negócio é intermediado por algum "informante" entre a vítima e os bandidos, esse camarada funciona como uma espécie de garantia dos bandidos que tudo vai correr bem. O informante "fica" até amigo da vítima ou da família da vítima e vai intermediando o contato até que ele acontece. A vítima é informada que se alguma coisa der errado, tipo "pintar polícia na parada", o "informante" será "apagado"!
Com todo esse "clima", a vítima do roubo, da extorção, da ameaça de morte, sai "bem feliz", depois que tudo "terminou bem"! Pagou o resgate, recuperou o carro e volta para casa, sentindo-se "aliviado". Enquanto isso, os bandidos, as "feras do pedaço", também vão para casa comemorar, bem felizes também, porque saíram ganhando, mais uma vez.
Sem comentários.
Chama atenção o "modus operandi" dos gangsters gaúchos. Em sintese: roubam o carro. Fazem contato com a vítima. Propõe devolver o carro se o proprietário pagar um resgate. O proprietário dá ouvidos a proposta dos bandidos. Os bandidos estabelecem as regras. 1ª) Nada de polícia. 2ª) Querem o dinheiro já. 3ª) Aterrorizam a vítima.
A negociação prossegue. O dono do carro arruma o dinheiro. Combinam o local da entrega do dinheiro. Se a vítima exigir ver o carro antes de pagar, os bandidos dizem onde ele pode ser visto "rapidinho". Estacionam o veículo furtado ou roubado numa rua, num estacionamento, num posto de gasolina onde a vítima é orientada a passar, olhar e não parar. A seguir o proprietário é orientado a ir no local onde deverá fazer o pagamento. No local do pagamento a vítima aguarda. Os bandidos vigiam o local para ver se não tem polícia na parada. Passam uma, duas, três vezes de carro, moto, bicicleta, à pé pelo local e não notando presença policial, chamam o motoboy da "sua confiança" para receber a grana. Aparece o motoboy que aborda a vítima para receber a "encomenda".
Quando o negócio é intermediado por algum "informante" entre a vítima e os bandidos, esse camarada funciona como uma espécie de garantia dos bandidos que tudo vai correr bem. O informante "fica" até amigo da vítima ou da família da vítima e vai intermediando o contato até que ele acontece. A vítima é informada que se alguma coisa der errado, tipo "pintar polícia na parada", o "informante" será "apagado"!
Com todo esse "clima", a vítima do roubo, da extorção, da ameaça de morte, sai "bem feliz", depois que tudo "terminou bem"! Pagou o resgate, recuperou o carro e volta para casa, sentindo-se "aliviado". Enquanto isso, os bandidos, as "feras do pedaço", também vão para casa comemorar, bem felizes também, porque saíram ganhando, mais uma vez.
Sem comentários.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Ponto para os bandidos!
Um amigo teve o carro furtado, domingo passado, dia 01 de novembro, na frente da sua casa.
Ontem à noite me ligou dizendo que os bandidos haviam feito contato com ele para devolver o carro mediante pagamento. Perguntou-me o que fazer. Resumindo uma longa conversa, onde não consegui convencê-lo a não pagar, prontifiquei-me então a acompanhá-lo na transação. Ele quis saber o que eu faria. Respondi o óbvio. Tentaria prender os bandidos com a ajuda de outros policiais. Meu amigo perguntou se isso não era perigoso. Fui seco na resposta. É perigoso. Silêncio no outro lado da linha. Após um tempo, meu amigo respondeu, depois de pensar muito, que me manteria informado sobre os próximos passos. Fiquei aguardando sua ligação.
O tempo passou e ele não ligou. Então liguei para ele, a fim de saber alguma novidade. Respondeu que os bandidos haviam feito novo contato e que iriam combinar o local da "negociação". Novamente orientei-o a fazer contato comigo, assim que soubesse do local onde ocorreria o encontro. O tempo foi passando de novo e ele não ligou. Foi então que recebi uma ligação de sua irmã me informando que o irmão já estava com o carro. Uma sensação de frustração invadiu minha mente. Resignado, agradeci a ligação e assim que desliguei, liguei para o amigo.
Pedi que me contasse como fora a transação. Recebeu a ligação combinando o local. Foi informado onde estava o carro e onde deveria entregar o dinheiro, antes de buscá-lo. No local combinado para efetuar o pagamento, um motoboy usando capacete, abordou-o dizendo que estava ali para pegar "a encomenda". Ele entregou-lhe o envelope e foi buscar o carro furtado, estacionado onde os bandidos o colocaram momentos antes de concluirem a negociação.
Meu amigo demonstrou estar "satisfeito" com o negócio que realizara. Chegou mesmo a dizer que "eles" devolveram o carro inteirinho, tudo no lugar, exceto uma cadeirinha de bebe. Por fim, ainda comentou que o carro tava só um pouco "sujinho". "Acho que eles andaram no barro", conformou-se meu amigo que arrumou o dinheiro emprestado com seu patrão que, prontamente, dispos-se a ajudá-lo descontando o empréstimo do seu salário, em suaves prestações. Antes de desligar ainda me brindou com outra informação "interessante". "Sabe Aroldo, eles até me deram um desconto"! Nesse ponto da conversa cheguei a pensar que meu amigo, um homem verdadeiramente de bem, pai de família, um cidadão exemplar, estava achando que os ladrões que o furtaram e depois o extorquiram, eram até "bonzinhos".
Ponto para os bandidos que rendem pelo medo! Senti-me bastante frustrado como policial no dia de hoje. Desculpem se encerro por aqui, sem mais comentários.
Aroldo Medina
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Hoje perdi um pouco do juízo
Diz um antigo ditado popular que o siso é o dente do juízo. Deve ser porque nasce tarde, depois dos dezoito. Sendo assim, perdi parte desse "juízo" hoje.
Na correria do dia a dia, consegui chegar no horário marcado no dentista. Minha satisfação por chegar na hora durou pouco. Esqueci o raio X e a cirurgia teve que ser adiada. Frustrado resignei-me em ter que esperar uma nova agenda para daqui há um mês. Não conformado e ainda ansioso por ter que adiar o compromisso com o cirurgião, rezei enquanto voltava para o trabalho na Brigada. Pedi a Deus que o próximo paciente não pudesse comparecer.
Trinta minutos se passam. Estou estacionendo o carro. Meu telefone toca. Atendo. Uma gentil assistente da IBCM (Instituto Beneficente Coronel Massot) diz: "- Seu Medina!" - Sim." " - O senhor pode retornar? O próximo paciente marcado cancelou sua consulta." Minha resposta é um sim com entusiasmo e carregado de fé. Um sorriso povoa meu coração de agradecimento.
Enquanto a assistente do doutor Rodrigo da Rocha me prepara com muito profissionalismo e gentileza, conversamos. O assunto indefectível: segurança pública. Não a censuro por crer como a maioria da população brasileira que bandido bom é bandido morto. Surpreendo-a ao dizer que discordo. Penso que bandido bom é bandido preso. Conto-lhe uma história onde depois de entrar em confronto armado, mais de uma vez, com bandidos que me receberam à bala, cuidei para que não fossem mortos. Não me vejo como um justiceiro. A assistente, educadamente, me interrompe e diz que não sabe se teria toda essa consideração com eles, pelo tamanho da violência que praticam contra pessoas de bem, todos os dias.
Continuo a história e lhe conto que um dia estava trabalhando no controle de um tumulto no Presídio Central de Porto Alegre. Tenente antigo, servia no então Batalhão de Polícia de Choque da BM. Um dos chefes de galeria se dirige a mim e pergunta: "- O senhor é o tenente Medina?". Sim, eu respondo com minha tarjeta de identificação bem visível. "- Já tivemos oportunidade de matá-lo, sabia?" Não! Respondi, com um tom de curiosidade estampado no rosto. "Podíamos mas não fizemos". Deu uma pausa e continuou... "Não matamos porque o senhor é um homem de bem. Nos trata com respeito". Fez nova pausa e acrescentou: "Também porque sabemos que é um policial honesto". Fiquei olhando o homem em silêncio, pensativo. Ele fitando-me nos olhos com firmeza, encerrou a conversa arrematando: "- Nossa política com os corruptos é outra!"
O doutor Rodrigo entrou na sala e começou o seu trabalho. Poucos minutos depois, com muita habilidade, sacou um pedaço do meu "juízo".
Fui para casa de boca fechada, sem poder falar uma só palavra, carregando um siso no bolso da calça. Ganhei meu dente da assistente, enrolado numa gaze que alcançou-o dizendo: "- Dá para fazer um novo Medina", referindo-se a uma outra conversa que tivemos sobre os avanços da medicina nos próximos 100 anos.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Caos no México
Não pode passar desapercebida a série de reportagens de Zero Hora sobre a escalada de violência no México e submersão do Estado frente ao Poder dos Traficantes de Droga na região.
Fiquei impressionado com o que li nas Cartas do Editor, página 2 e nas páginas 20 à 23, da edição de ZH do dia de ontem. Inevitável lembrar do que estamos vendo no Rio de Janeiro, onde apesar dos confrontos diários entre o Estado e o Poder Paralelo, ainda não chegamos, felizmente, no nível de implosão social que os mexicanos vivem.
Urge a união dos brasileiros para defender o Rio de Janeiro e até mesmo o poderoso Estado de SP, onde os agentes do crime protagonizam grandes hostilidades contra a sociedade brasileira, em patamares ainda não conhecidos por outros Estados.
A guerra contra o tráfico de drogas deve ser vencida fora do RS, para que não chegue aqui, nos níveis em que já se encontram fora do território gaúcho.
A carta do Editor de ZH
Fiquei impressionado com o que li nas Cartas do Editor, página 2 e nas páginas 20 à 23, da edição de ZH do dia de ontem. Inevitável lembrar do que estamos vendo no Rio de Janeiro, onde apesar dos confrontos diários entre o Estado e o Poder Paralelo, ainda não chegamos, felizmente, no nível de implosão social que os mexicanos vivem.
Urge a união dos brasileiros para defender o Rio de Janeiro e até mesmo o poderoso Estado de SP, onde os agentes do crime protagonizam grandes hostilidades contra a sociedade brasileira, em patamares ainda não conhecidos por outros Estados.
A guerra contra o tráfico de drogas deve ser vencida fora do RS, para que não chegue aqui, nos níveis em que já se encontram fora do território gaúcho.
A carta do Editor de ZH
Governando as CPIs - Reportagem Especial ZH
"Seguindo o exemplo do governo Lula, Yeda Crusius conseguiu domar a CPI da Corrupção, barrando as investigações".
Este é o lead que abre a reportagem especial de ZH Dominical, dia de ontem que li hoje, no feriado do "Dia dos Mortos". Vale a pena ler.
A imprensa livre, independente e responsável num país é a maior garantia de defesa da democracia e do próprio Estado Democrático de Direito".
REPORTAGEM
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Monumentos em Porto Alegre - Tema ZH
A capital das monstruosidades, por Voltaire Schilling*.
Desde que Marcel Duchamp, um ex-artista cubista, francês de nascimento que escolheu os Estados Unidos como residência, mandou um urinol para ser exposto numa galeria de Nova York e, quase em seguida, em 1915, montou uma roda de bicicleta equilibrada sobre um pequeno banco e a fez passar por obra de arte, abriu-se a Caixa de Pandora dos horrores estéticos que a partir de então invadiram o cenário das exposições de arte.
Para acentuar ainda mais o seu deboche para com o que até então se entendia como arte, Duchamp, um pândego, um moleque crescido, pintou um belo bigode numa imagem da Mona Lisa de Leonardo da Vinci, ícone da pintura ocidental. Como ele não foi confinado num manicômio nem encarcerado por ofensas ao patrimônio estético (interessante observar que nunca o Direito Penal preocupou-se em classificar como crime hediondo quem de propósito fabricasse a feiura!), parte da vanguarda artística ocidental tomou-o como um profeta dos novos tempos. Estabeleceu-se então um deus nos acuda.
Todavia, o que particularmente nos chama a atenção como cidadãos desta nossa capital, que mais uma vez se vê intimidada pelo flagelo de uma nova “instalação”, é a notável concentração de “esculturas” e “monumentos” absolutamente espantosos. Um pior do que o outro.
Nosso calvário começa por aquela mandada erguer pelos burgueses do bairro Moinhos de Vento para celebrar sua vitória em 1964 que se encontra no Parcão (homenagem ao marechal Castello Branco, mas que também pode referir-se ao desembarque de um extraterrestre), chegando ao hediondo “timão” situado na rótula que antecede o museu Iberê Camargo.
Aliás, o primeiro “timão”, que parecia ter esterco como matéria original da sua composição, foi destruído pelos vileiros do Morro Santa Tereza, certamente indignados em terem-no nas vizinhanças (sofriam de uma injusta punição, além da pobreza tinham que encarar diariamente o exemplo da medonhice).
Este colar sem fim de mau gosto que nos assola ainda é composto pelo “cuiódromo”, encravado na rótula da Praça da Harmonia (obra que por igual pode ser entendida como a exaltação de um superúbere de uma vaca premiada), e por um tarugo de ferro enferrujado que adentra o Rio Guaíba nas proximidades da Usina do Gasômetro e que se intitula, pasmem, Olhos Atentos.
Nem os que foram perseguidos pelo regime militar escaparam destas maldades estéticas. O “monumento” que os lembra, erigido no Parque Marinha do Brasil, nos faz supor que eles continuarão atormentados ainda por muito tempo mais.
A gota d’água derradeira destas perversidades que acometem contra nós, pobres porto-alegrenses, foi a inauguração recente da Casa Monstro, situada na Rua dos Andradas. Pelo menos o autor, um jovem paulista, enfim alguém sincero no ramo, não a escondeu atrás de um título esotérico ou poético: é monstruosa, sim!
Trata-se da reprodução de um tumor que, inchado, é expelido pelas aberturas da construção e vem se mostrar aos olhos dos passantes, tal como se fora um abdômen de um canceroso recém aberto pelo bisturi de um cirurgião. Como se vê, uma maravilha!
Minha interrogação, depois de passar rapidamente os olhos sobre este vale de horrores que nos circunda, é por que Porto Alegre, cidade aprazível, moderna, povoada por gente simpática, habitada pelas mulheres mais belas do país e que abrigou artistas como Vasco Prado, Xico Stockinger e Danúbio Gonçalves, termina por excitar o pior lado de muitos que por aqui vêm expor?
Dizem-me que eles deixam estas abominações como doação (por não encontrarem compradores e não quererem arcar com o translado) e a infeliz prefeitura, constrangida, não tem como lhes dizer não.
Faço desde já um apelo ao secretário municipal da Cultura, Sergius Gonzaga, se este ano tal ameaça se repetir, mobilize-se. Levante recursos, promova uma ação entre os amigos da cidade para despachar tais coisas para qualquer outro lugar. Senão, peça socorro à ONU. Porto Alegre, aliviada, lhe será eternamente agradecida.
*Historiador
(Artigo publicado pelo jornal Zero Hora, pág. 15, em 25.10.2009)
Fonte do artigo
Debate sobre o tema:
Leitores e internautas expressam seu ponto de vista sobre o artigo
Desde que Marcel Duchamp, um ex-artista cubista, francês de nascimento que escolheu os Estados Unidos como residência, mandou um urinol para ser exposto numa galeria de Nova York e, quase em seguida, em 1915, montou uma roda de bicicleta equilibrada sobre um pequeno banco e a fez passar por obra de arte, abriu-se a Caixa de Pandora dos horrores estéticos que a partir de então invadiram o cenário das exposições de arte.
Para acentuar ainda mais o seu deboche para com o que até então se entendia como arte, Duchamp, um pândego, um moleque crescido, pintou um belo bigode numa imagem da Mona Lisa de Leonardo da Vinci, ícone da pintura ocidental. Como ele não foi confinado num manicômio nem encarcerado por ofensas ao patrimônio estético (interessante observar que nunca o Direito Penal preocupou-se em classificar como crime hediondo quem de propósito fabricasse a feiura!), parte da vanguarda artística ocidental tomou-o como um profeta dos novos tempos. Estabeleceu-se então um deus nos acuda.
Todavia, o que particularmente nos chama a atenção como cidadãos desta nossa capital, que mais uma vez se vê intimidada pelo flagelo de uma nova “instalação”, é a notável concentração de “esculturas” e “monumentos” absolutamente espantosos. Um pior do que o outro.
Nosso calvário começa por aquela mandada erguer pelos burgueses do bairro Moinhos de Vento para celebrar sua vitória em 1964 que se encontra no Parcão (homenagem ao marechal Castello Branco, mas que também pode referir-se ao desembarque de um extraterrestre), chegando ao hediondo “timão” situado na rótula que antecede o museu Iberê Camargo.
Aliás, o primeiro “timão”, que parecia ter esterco como matéria original da sua composição, foi destruído pelos vileiros do Morro Santa Tereza, certamente indignados em terem-no nas vizinhanças (sofriam de uma injusta punição, além da pobreza tinham que encarar diariamente o exemplo da medonhice).
Este colar sem fim de mau gosto que nos assola ainda é composto pelo “cuiódromo”, encravado na rótula da Praça da Harmonia (obra que por igual pode ser entendida como a exaltação de um superúbere de uma vaca premiada), e por um tarugo de ferro enferrujado que adentra o Rio Guaíba nas proximidades da Usina do Gasômetro e que se intitula, pasmem, Olhos Atentos.
Nem os que foram perseguidos pelo regime militar escaparam destas maldades estéticas. O “monumento” que os lembra, erigido no Parque Marinha do Brasil, nos faz supor que eles continuarão atormentados ainda por muito tempo mais.
A gota d’água derradeira destas perversidades que acometem contra nós, pobres porto-alegrenses, foi a inauguração recente da Casa Monstro, situada na Rua dos Andradas. Pelo menos o autor, um jovem paulista, enfim alguém sincero no ramo, não a escondeu atrás de um título esotérico ou poético: é monstruosa, sim!
Trata-se da reprodução de um tumor que, inchado, é expelido pelas aberturas da construção e vem se mostrar aos olhos dos passantes, tal como se fora um abdômen de um canceroso recém aberto pelo bisturi de um cirurgião. Como se vê, uma maravilha!
Minha interrogação, depois de passar rapidamente os olhos sobre este vale de horrores que nos circunda, é por que Porto Alegre, cidade aprazível, moderna, povoada por gente simpática, habitada pelas mulheres mais belas do país e que abrigou artistas como Vasco Prado, Xico Stockinger e Danúbio Gonçalves, termina por excitar o pior lado de muitos que por aqui vêm expor?
Dizem-me que eles deixam estas abominações como doação (por não encontrarem compradores e não quererem arcar com o translado) e a infeliz prefeitura, constrangida, não tem como lhes dizer não.
Faço desde já um apelo ao secretário municipal da Cultura, Sergius Gonzaga, se este ano tal ameaça se repetir, mobilize-se. Levante recursos, promova uma ação entre os amigos da cidade para despachar tais coisas para qualquer outro lugar. Senão, peça socorro à ONU. Porto Alegre, aliviada, lhe será eternamente agradecida.
*Historiador
(Artigo publicado pelo jornal Zero Hora, pág. 15, em 25.10.2009)
Fonte do artigo
Debate sobre o tema:
Leitores e internautas expressam seu ponto de vista sobre o artigo
sábado, 24 de outubro de 2009
Greenpeace
Sou assinante da Revista do Greenpeace. Pago R$ 15,00 (quinze reais) por mês, com débito em conta. Aprovo o trabalho da organização. Avalio seus ativistas como homens e mulheres de muita coragem. Seus protestos internacionais chamam nossa atenção para os golpes mortais que desferimos contra nosso planeta.
A organização independente de defesa da paz e do meio ambiente só aceita ajuda financeira de pessoas físicas.
GREENPEACE
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Linguagem Corporal
Recomendo a leitura do livro "Desvendando os segredos da Linguagem Corporal", de Allan e Barbara Pease, Editora Sextante, ano 2005.
É fantástica a leitura da foto publicada na capa do Jornal do Comércio (Porto Alegre-RS), 2ª edição de hoje, nº 106, de autoria do fotógrafo Claudio Fachel, à luz das observações dos autores do excelente livro. Vale a pena o exercício e as conclusões de que o corpo "fala mesmo".
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Impeachment ARQUIVADO.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Foguetório
Luna
Há dez dias atrás, dois mascotes aqui de casa, a Luna e o Toby, uma golden retriever de 3 anos e um RND (raça não definida), popular vira-latas de 11 anos, extraviaram-se. Fugiram de casa. "Alguém" esqueceu o portão aberto e os pulguentos se foram. A tristeza bateu geral. Diligências foram imediatamente desencadeadas. Motorizados, saímos a procura dos caninos. Horas de busca, nada.
Terça-feira passada, após três dias desaparecido, o Toby surgiu no portão de casa. A Janaína, nossa ajudante de ordens doméstica, deu o alarme. A alegria pegou todos que estavam em casa. A volta do "filho perdido" foi comemorada.
Hoje, aconteceu o inesperado. Minha irmã recebeu uma ligação telefônica, à cobrar. Resultado de uns cartazes que ela espalhou pela vizinhança divulgando que havíamos perdido nossa cachorra. No cartaz colocou seu telefone celular. -"Encontraram a Luna", disse após encerrar a chamada, no popular aparelho.
O rapaz que ligou, Uilliam Guilherme Rodrigues, deu o endereço para onde levara a cadela que encontrara na frente do supermercado onde trabalha, o Todo Dia, localizado ao lado da Estação Mathias Velho do Trensurb. Explicou que viu a cachorra e umas pessoas ao redor dela especulando seu valor. Constatavam que estava perdida. Determinado, o Uilliam ligou para sua irmã e perguntou se ela queria uma cachorra. Com a resposta afirmativa que recebeu, entrou no meio da roda e resgatou a Luna levando-a para a casa da irmã que lhe deu o nome de Luci.
Os dias passaram e um amigo do Uilliam ligou para ele e disse: -"Uilliam o nome dela não é Luci é Luna"!
Paramos em frente da casa da irmã do Uilliam, a Joise, na rua Guaporé, em Canoas e, minha irmã, eufórica, tentando abrir a porta antes mesmo do veículo parar, gritou: "-É a Luna".
Depois das apresentações e dos afagos, perguntei ao Uilliam quanto lhe devia. O funcionário do Todo Dia, respondeu: -"Não deve nada. Se tirarem uma cria dela, aceito um filhote". Prevendo que sua resposta poderia ser esta, por tudo que acontecera até aquele momento, levei um arranjo de vinhos numa sacola de couro, um Reservado e um Emiliana, dois vinhos chilenos de boa qualidade e presenteei os salvadores da Luna. Gostei de ver que apreciaram o gesto.
Voltamos com a Luna no porta malas da velha camioneta. Olhei para a Adriana, emocionada, e disse que tirava o chapéu para ela. Jamais poderia imaginar que uma dúzia dos seus cartazes, preto e branco, a cadela é cor caramelo, espalhados pela redondeza, pudesse surtir efeito. Também exclamei a seqüência de acontecimentos que trouxeram a Luna de volta para casa. A Adriana disse, peremptória, que não era só uma "seqüência de acontecimentos ao acaso". Questionei-lhe a respeito e ela sentenciou: "- Fiz uma promessa para Nossa Senhora Aparecida, no dia que o Toby voltou para casa".
Deus seja louvado! Sempre, ao lado de toda sua corte celestial, comandada em nosso planeta pelos grandes profetas Jesus e Maomé. Deus ilumine o caminho do Uilliam e de toda sua família, gente de índole elevada, brasileiros de alto quilate moral e espiritual.
O Toby e a Luna estão em casa. Ganharam coleiras novas, com identificação. Andam bem faceiros, ao lado da Ísis, filha da Luna, abanando o rabo até para a Xispa, a gata que é a sombra da minha mãe.
Campanha vinda do Maranhão
domingo, 18 de outubro de 2009
Voto do Dia
"Voto do Dia" não deve ser confundido com "Dia do Voto".
O "Dia do Voto" deve ser sagrado. Pode também ser chamado de "Dia da Democracia", "Dia da Liberdade", "Dia da Independência" e tantos outros nomes que podemos dar. Estou me referindo, respeito opiniões contrárias, ao "Dia" que comparecemos nas urnas para votar, para escolher o nosso candidato nas eleições brasileiras que, espero, seja cada vez mais escolhido pelo seu caráter, pela sua competência e pela honestidade. Estes predicados, não dispensam outros é claro.
Conversando neste domingo, com um produtor do meio rural que conheci hoje, senhor Ari Bueno, morador de Nova Santa Rita (RS) tive uma aula de política aplicada nas eleições, por alguns candidatos. o Ari concorreu a vereador na última eleição. Infelizmente, não se elegeu. Lá no meio da nossa agradável prosa, no aniversário de um amigo, ele saiu com a definição de "Voto do Dia".
O "Voto do Dia" é como ele chama o comportamento do eleitor que troca o seu voto por um rancho, o pagamento de uma conta atrasada (água, luz, telefone, normalmente), a compra de um remédio que está precisando, uma carga de tijolos, uma caçamba de terra, pedras ou areia, louças de banheiro (pia e vaso), uma garrafa de cachaça, um churrasco, roupas, tênis, bonés, camisetas, promessas de emprego, sacos de cimento, cortes de cabelo, dinheiro em espécie, etc. O Ari, não enumerou toda esta lista. Falou só nos ranchos, distribuídos, durante e, principalmente, em véspera de eleição e no pagamento de contas e compra de remédios. O resto da lista é por minha conta mesmo. Já vi e ouvi todas essas propostas e outras impublicáveis, aqui mesmo no RS.
Não dá para esquecer também de mencionar a famigerada "boca de urna", dá um capítulo inteiro, mais ousada nas eleições municipais.
O Ari seguiu seu raciocínio dizendo que 80% dos brasileiros votam com a barriga. Na hora da eleição pensam apenas no que vão ganhar no "dia de hoje" e se esquecem do resto. Se esquecem de que serão governados pelos quatro anos seguintes pelos camaradas que fizeram essas "trocas" que cada leitor desta página poderá classificar este "negócio", com as palavras que achar mais convenientes.
Não vi intenção de ofender os brasileiros que "trocam" seus votos dessa maneira nas palavras do Ari. Vi apenas tristeza nos seus olhos, como quem compreende que aquelas pessoas são vítimas de sua própria falta de educação. Por outro lado, notei raiva em seu olhar quando falava nos "caras" que faziam o escambo narrado.
Em nossa conversa também falamos no Toninho, Antonio Alves, pedreiro de mão cheia, evangélico, um trabalhador braçal, um mestre de obras do mais alto gabarito. Homem de bem e de caráter. Morador de Nova Santa Rita também. O que o Toninho tem a ver com esta história? Ele concorreu a vereador em Nova Santa Rita, nas últimas eleições. Infelizmente, não se elegeu.
As conclusões e outras análises nesta narrativa que poderia ser um pouco mais estendida? Deixo por conta de cada um.
Aroldo Medina.
Fonte da charge
Editoral de Zero Hora do dia de hoje
LEGALIDADE e MORALIDADE
Toda vez que um governante, um parlamentar ou um servidor público de qualquer escalão usa o próprio cargo para se beneficiar, os cidadãos se sentem ludibriados. Nada causa mais indignação do que ver o dinheiro público sendo gasto para custear vantagens pessoais de autoridades que receberam uma representação popular para trabalhar em favor da coletividade. Mesmo quando existe cobertura legal para os gastos suspeitos, a população se revolta. Foi assim na farra dos cartões corporativos utilizados indiscriminadamente por integrantes do governo federal no ano passado. Foi assim no célebre episódio do reitor da Universidade de Brasília que promoveu uma decoração milionária no apartamento funcional em que residia, com recursos da instituição. E, salvo melhor juízo, está neste mesmo patamar a compra de móveis e melhorias para a casa da governadora Yeda Crusius com recursos do Estado.
A resistência da administração em divulgar de forma ampla e transparente a lista do material adquirido para a citada residência só faz aumentar a desconfiança dos cidadãos de que os gastos não obedeceram aos critérios de estrita necessidade para o exercício do cargo. Ainda que os valores sejam pouco significativos, é essencial que sejam informados a quem efetivamente desembolsou o dinheiro. Além disso, o conceito de moralidade tem que ser o mesmo para todos – governantes e governados.
Da mesma maneira como o contribuinte tem a obrigação de estar em dia com os impostos, sob pena de ser sancionado, os administradores públicos têm o dever de prestar contas detalhadas do uso dos recursos arrecadados. Trata-se de um contrato de reciprocidade entre a sociedade e os seus representantes. Estes últimos são selecionados democraticamente para gerir as instituições e os interesses coletivos. Evidentemente, devem ser dignamente remunerados para desempenhar suas funções e receber vantagens inerentes ao cargo. Mais do que isso já passa a ser duvidoso, seja um cartão de crédito ilimitado, uma lata de lixo de R$ 800 ou um pufe de couro sintético.
FONTE DA MATÉRIA
sábado, 17 de outubro de 2009
Viagem à Dubai
Em minhas horas vagas, entre as atividades de lazer, estudo política.
Leio jornais, livros, revistas, assisto programas de TV, ouço rádio, como muitos brasileiros, para tentar compreender melhor como se faz política com mais qualidade, competência e caráter. Parece-me uma boa idéia também conhecer um pouco mais a vida dos candidatos. Creio não haver ainda melhor forma de endireitarmos as coisas erradas que acontecem no Brasil e no RS, do que através da democracia e o que ela representa: a escolha de nossos governantes.
Hoje, estaria em Dubai, Emirados Árabes Unidos, para iniciar uma nova etapa na negociação com investidores de países árabes que nos visitaram em meados de agosto do corrente ano. A memória desses encontros esta aqui no BLOG.
Nossa Secretaria de Assuntos Internacionais organizou uma missão para participar, de hoje até o dia 22 de outubro, de uma feira tecnológica, a GITEX, em Dubai. O secretário Márcio Biolchi, um jovem empreendedor de reconhecida qualificação pessoal e política, convidou-me para ir junto. Além de visitarmos a feira, iríamos fazer uma visita de cortesia e negócios ao Banco Macaseb, uma das instituições árabes interessadas em investir no RS. Infelizmente, fatores econômicos impossibilitaram minha ida.
Porém, não posso deixar de agradecer, publicamente, ao deputado Márcio Biolchi, pelo seu convite e empenho para que eu pudesse acompanhar esta Missão da SEDAI, em território árabe. O reconhecimento é extensivo ao deputado José Sperotto que também incentivou esta viagem. Um sincero muito obrigado a toda equipe da SEDAI - Josué Barbosa, Márcia Nunes, Sandra Shaefer, Sandra Ferreira, Diego e Pablo - é uma palavra que torna-se pequena para expressar todo reconhecimento e a gratidão ao grupo que recebeu-me e orientou-me em todos os preparativos para viagem, até o último instante.
O Comandante da Brigada, coronel João Carlos Trindade Lopes, assim que consultei-o sobre a viagem, prontamente, deu seu veredito, aprovando-a.
Obrigado também ao nosso pessoal do escritório da representação do Estado do RS, em Brasília (DF), a quem agradeço também na pessoa de seu chefe interino, Mário Nogueira. Não mediram esforços para possibilitar a emissão do passaporte de serviço e emissão de visto visando nossa participação na GITEX e, especialmente na visita diplomática aos investidores árabes.
Quatro anos no Governo Rigotto (2003/2006), além do trabalho na Defesa Civil do RS, o governador oportunizou-me acompanhar várias delegações estrangeiras que nos visitavam. Pega-se o jeito, como assistente militar, de recepcionar, adequadamente, essas importantíssimas delegações que vem conhecer o RS para aqui desenvolverem seus negócios e fortalecer nossa economia.
Meu pai, Ivo Medina, já em outra dimensão de vida, vendedor de duas grandes multinacionais, em toda sua vida, sempre oportunizou-me acompanhá-lo no seu trabalho, em minhas férias no colégio e ensinar-me conceitos do seu ofício, especialmente, honestidade, confiança, boa educação, cavalheirismo e sempre bom atendimento aos seus clientes. Procuro aplicar esses conceitos até hoje em minha vida particular e na BM assim como, em todos os assuntos que digam respeito a servir bem o Estado e ao povo desta amada terra do Brasil.
Um fraterno abraço a todos, Aroldo Medina.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Capoeira
Fábio Alves Camargo, um dos nobres líderes da Capoeira no RS, ao lado de outros próceres mestres e contra-mestres capoeiristas, convidaram-me para assistir na Câmara Municipal de Vereadores de Canoas, hoje, às 18:30 horas, ato legislativo que propõe a criação da Semana Municipal da Capoeira.
Jovens capoeiristas, ao lado dos líderes dos seus respectivos grupos, lotaram o plenário da Câmara Municipal. O vereador Nelsinho Metalúrgico (PT) presidiu o grande expediente.
No plenário, encontrei o mestre Paulinho, um dos mentores da Semana da Capoeira em Canoas. Lá estava também o Alfredo, diretor do Grupo Zumbi dos Palmares que compondo a mesa que comandou os trabalhos, saudou-me como apoiador das atividades da Capoeira Canoense há mais de 25 anos.
O Fábio, o Alfredo e o Paulinho, com a generosa hospitalidade que semeavam na grande sala do Legislativo Municipal, fidelizaram-me, ainda mais, com os propósitos do respeitável movimento capoeirista gaúcho. São homens que honram os capoeiristas de todo Brasil.
Desejo a todos saúde, paz, união e prosperidade nesse verdadeiro movimento de culto à liberdade e, que se constitui numa das grandes pedras do alicerce da cultura brasileira.
Dia do Professor
Fui cumprimentado hoje pelo dia do professor. Senti-me honrado com a deferência. Deixo aqui registrada minha singela homenagem a todos aqueles que labutam nessa nobre profissão, ainda carente de valorização pelos governos em nosso país, seja na esfera federal, estadual ou municipal.
Ainda haverá de chegar o dia em que terão o mesmo prestígio que tem, por exemplo, na Coréia do Sul e no Japão, onde estão entre os profissionais mais valorizados nestas nações.
Saúde, paz e longa vida aos nossos mestres de todas as idades e do ensino primário ao universitário. Perfilo-me diante deles e lhes presto fraterna e garbosa continência!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Quando eu Era Pequeno
Lá pelos idos anos da década de 60 quando ninguém sonhava ainda com computador doméstico, pois, só eram vistos pela televisão ocupando grandes salas, eu e muitos meninos, brincávamos de carrinho.
Amarrados por cordinhas, carrinhos e caminhõezinhos de madeira eram comuns por todos os lugares. Tracionados por “possantes pernas de meninos” os brinquedos de criança roncavam forte entre bocas que se comprimiam e cuspiam saliva aditivada de imaginação. O “brrrurrummm” do motor só era interrompido pelo “ihriiiii” de alguma freada brusca. E lá ia o carro adiante.
Guerras com soldadinhos de plástico eram freqüentes também. “Ptchiii! Ptchiii!” Muitos morriam bravamente entre destroços de outros brinquedos. Assim como morriam, ressuscitavam milagrosamente no dia seguinte, para mais uma grande batalha. Não raras vezes, ainda tinham regalias. Os soldados tomavam banho na mesma banheira em que se banhavam seus generais mirins.
Enquanto isso, as meninas, pelo que me lembro, tinham preferência pelas bonecas que ganhavam o nome de suas embalagens ou mesmo eram rebatizadas pelas suas novas pequenas mamães. Gostavam de passear de carinho, as bonecas. Eram muito mimadas no colo, ganhavam comidinha na boca, roupinhas e até eram censuradas como bebes de verdade quando faziam alguma arte. Também não era difícil ver as mocinhas brincando de casinha ou passeando pela rua, em grupo, levando os filhinhos imaginários para dar uma volta na quadra. Imagine isso hoje.
Bolas de gude saiam dos grandes vidros dos balcões do armazém como se fossem pãezinhos quentes no forno da padaria, antes do café da tarde. As pelotas de vidro eram manuseadas com agilidade pelos campeões do pedaço que limpavam os bolsos dos menos avisados, no esporte da “bulita”. Com 10 ou 12 anos íamos à guerra, como soldados. Também lutávamos ora como mocinhos, outras vezes como bandidos.
Era comum a confecção de armas e espadas de madeira. Não escapavam os dedos de uma paulada nesses entreveros. “Bandeide”, gaze e esparadrapo não paravam na prateleira do banheiro de casa. Artigos de primeira necessidade. Nesse arsenal, ainda entravam “fundas” ou “bodoques” municiados com bolinhas de cinamono e outros artefatos. Não dá para esquecer as “arminhas de pressão” que disparavam os “chumbinhos”. Pobres passarinhos. Com toda essa belicosidade, não lembro nenhum de meus amigos virarem a cabeça para o mundo do crime.
No extenso rol de brincadeiras de meninos e meninas tinha ainda jogar bola, o jogo de taco, de dama, de xadrez, a pandorga ou pipa, o carrinho de rolimã, também conhecido como carrinho de lomba, o jogo de botões, o ping pong, o “flaflu”, o ludo, jogar peão, ioiô, brincar de esconder, de pegar, de “cabra cega”, pular corda, jogar sapata, “raio laser” o mesmo que “mandraque”, cantigas de roda, etc.
Além dos desenhos e dos seriados é claro. Corrida Maluca, Brazinhas do Espaço, Herculóides, Super 6, Os Impossíveis, Scooby Doo, O Urso do cabelo duro, Os Jetsons, Túnel do Tempo, Terra de Gigantes, Ultra Men, Perdidos no Espaço, etc. A lista é grande. Não éramos menos felizes do que hoje a garotada com vídeo game, MP9, celular, ipod, computador (MSN, Orkut) notebook, etc. Junto com a programação de TV de hoje, bem mais liberal do que dantes, diga-se de passagem.
Todas essas memórias revivem no Dia da Criança. E por falar no Dia das Crianças, a data festiva de hoje, dia de ganhar presente para muitos, foi criada por um político brasileiro. Galdino do Valle Filho (1879-1961), médico nascido no Rio de Janeiro, vereador de Nova Friburgo em 1911, deputado estadual em 1912 e deputado federal em 1922, propõem aos seus pares, a criação do Dia da Criança, o 12 de outubro.
Aprovada, a data é promulgada pelo Presidente da República, Arthur Bernardes, através do decreto 4.867 de 5 de novembro de 1924 que só vem a vingar como comemoração nacional dos “baixinhos”, na década de 60, após a Fábrica de Brinquedos Estrela e a Johnson & Johnson lançarem uma grande campanha comercial chamada “Semana do Bebe Robusto”.
Após a promulgação do Dia Brasileiro da Criança, tivemos a Declaração Universal dos Direitos da Criança, promulgada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em 20 de novembro de 1959. Entre seus princípios, todos de grande importância, destaco o sétimo que assegura: “A criança terá direito a receber educação... A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito”.
Artigo: Aroldo Medina.
(Publicação autorizada, desde que citada a fonte).
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA
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