quarta-feira, 25 de abril de 2012

Projeto FX-2: consórcio Rafale na FIERGS.


A FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do RS) foi palco na manhã de hoje, de uma apresentação de empresários e autoridades da França interessada na venda de aviões de caça Rafale para o Brasil. O encontro reuniu empresas instaladas no RS, como AEL Sistemas e TAP M & E Brasil, além do Grupo GME que no ato assinaram acordos de cooperação com a Dassault, fabricante do Rafale, em parceria com suas duas maiores consorciadas Safran e Thales.


O diretor da Dassault no Brasil, senhor Jean Marc Merialdo destacou firme disposição da Dassault na transferência integral de tecnologia de fabricação do caça para o Brasil, incluindo códigos de fonte, aspecto que permitiria a incorporação de equipamentos e armamentos diferentes dos originais. A presença do representante da embaixada da França no Brasil, senhor Stéphane Mousset, cônsul econômico em São Paulo, demonstrava o aval institucional do governo francês.

A representação francesa na FIERGS estava muito bem organizada, acessível e centrada no propósito de estreitar laços com o RS, criando um relacionamento capaz de colaborar com a consumação do negócio do governo francês com o brasileiro. O governo do Estado do RS estava presente no workshop da FIERGS. Marco Franceschi, da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento no RS palestrou sobre a infraestrutura que dispõe o Estado.

Pesquisando sobre o tema na Internet constatei que o Rafale não é o avião preferido de oficiais da Força Aérea Brasileira, proibidos de se manifestarem sobre o negócio. O caça sueco Gripen teria a preferência do Comando da Aeronáutica e dos pilotos de caça brasileiros que justificam sua posição dizendo que a FAB sofre com contingências regulares em seu orçamento. A hora voo do Gripen é estimada em 4 mil dólares. Voar no Rafale custaria 14 mil dólares a hora. A segunda opção no projeto brasileiro denominado FX-2 seria o americano F-18 da Boeing.


Outro ponto digno de destaque é que a transferência de tecnologia de fabricação dos aviões a serem comprados pelo Brasil é exigência de nosso governo, desde a época do presidente Lula, em conversa com o presidente Nicolas SarKozy que atualmente disputa um segundo mandato, podendo não ser reeleito. A posição do governo federal no quesito transferência de tecnologia é influenciada por comissão técnica da Aeronáutica que defende o desenvolvimento de tecnologia por empresas brasileiras interessadas no negócio.

O consórcio Rafale fabrica onze aviões por ano, atualmente. Além da França, a Índia é o segundo país a comprar o caça francês.

Aroldo Medina


Leia mais sobre o workshop na FIERGS em: Poder Aéreo.

Na foto do painel ao lado, em exposição na FIERGS, empresas integradas na fabricação do Rafale.

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