quarta-feira, 11 de abril de 2012

Meu terceiro dia em Abadiânia.

Sexta-feira, 23 de março, acordei um pouco mais tarde, oito horas da manhã. Depois do indefectível banho matinal, vesti a roupa e calcei minha "sandália franciscana". Servi um pouco de água fluidificada num copo plástico, abri o frasco de comprimidos de passiflora, comprado com receita do médium João de Deus, na Farmácia da Casa de Dom Inácio e, peguei uma cápsula. Levei-a até a boca. Orei e bebi a saúde de Jesus, cumprimentando o Mundo Espiritual e dando graças à Deus. Em seguida, fui tomar café. A pousada estava cheia.


Saciada a fome, voltei para o quarto onde pensei no que faria naquele dia, pós-cirurgia espiritual, após cumprir as 24 horas de repouso. Decidi que depois do almoço iria caminhar pela cidade de Abadiânia. Almocei na pousada Dom Ingrid que serve uma ótima comida. Encontrei lá, meu amigo irmão Norberto Kist. Fiquei feliz em revê-lo.

Sai a caminhar pela cidade, bem devagar, prestando atenção em tudo. A primeira coisa que me chamou atenção na rua foi o lixo espalhado. Senti vergonha, pois, ali estavam por todo lugar, visitantes estrangeiros. Resolvi ir até a prefeitura e conversar com o prefeito. Antes, porém, tomei o rumo do Correio para pegar uma encomenda. Um SEDEX que pedi para minha filha me enviar. No envelope estava uma foto recente de minha mãe que sofre de enfisema pulmonar. Aos 76 anos, fumou durante 50. Parou há 5 após uma internação hospitalar causada pelo problema de saúde.

As pessoas que não podem ir até a Casa de Dom Inácio de Loyola, podem enviar através de um familiar, uma fotografia com seu nome completo, endereço e descrição sucinta do problema de saúde, no verso da foto. Os obreiros recebem as fotos, encaminhando-as para um trabalho espiritual na Casa.


Chegando no Correio, onde fui muito bem atendido, aproveitei para despachar uns postais a familiares. O moço do balcão de atendimento da ECT ficou muito surpreso com minha atitude, dizendo que eu era o primeiro brasileiro que ele atendia ali, despachando cartões postais, lembrando que o hábito era comum entre estrangeiros. Sorri diante do curioso comentário.

Do Correio segui para a prefeitura. No caminho encontrei um belo prédio, com a imagem de Dom Inácio de Loyola, num grande painel frontal do imóvel. A porta estava aberta. Entrei e tive uma grande surpresa. Farei uma postagem na sequência, focando com detalhes o que vivi nesta visita.


Chegando na prefeitura, o prefeito não estava. Atendeu-me com muito cavalheirismo, o secretário de Meio Ambiente e Turismo, José Augusto Paralovo. Mostrou-me a prefeitura e apresentou-me os secretários que ia encontrando pelo caminho.

Quando a conversa corria solta falei para o carismático secretário que tinha achado a cidade muito suja. Senti seu constrangimento. Educadíssimo, concordou que a limpeza urbana podia melhorar, com a colaboração do povo da cidade. Pediu licença e voltou com folders da sua pasta, comprovando trabalho na área de conservação ambiental.

Andando pela cidade constatei que as pessoas gostam do prefeito, porém concordam que a coleta do lixo deve ter horários e dias da semana mais regulares. A cidade tem um único caminhão de lixo para fazer a coleta. Encontrei ele no meu caminho, segunda-feira de manhã, dia 26 de março.


As lixeiras na cidade ficam muito cheias, sem coleta nos finais de semana. Os cachorros soltos na rua fazem a festa. A proprietária da conceituada Pousada Santa Rita, Maria Odete da Costa, alinha como sugestão o controle de cães na cidade.

A técnica em gestão ambiental, Jéssica Moura, recepcionista da Pousada Nosso Lar, recomenda a colocação de mais containers para coleta de lixo nas ruas, propondo ainda a organização de um galpão de reciclagem de lixo, dirigido a catadores que também remexem as lixeiras.

Saindo da prefeitura, fui para a pousada pensativo. Caminhava motivado, desenhando em minha mente, um projeto de melhorias para Abadiânia. Sobre este projeto, o qual vou chamar de "Abadiânia 2015: sem fronteiras"; irei discorrer mais adiante.

Aroldo Medina

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